Misce Metallum

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O menino se deparou com um ser enorme que logo ficou anão, era uma Caipora,  com cabelos vermelhos, orelhas pontiagudas e pelugens espalhadas por algumas áreas do corpo, caiporas eram extremamente travessas então "transformavam" o corpo esticando para assustar os invasores. Uma vez a diretora Dourado em uma visita a Hogwarts, enquanto ouvia o diretor reclamar do fantasma pirraça, perguntou se ele não queria passar um dia lidando com caiporas para ver oque realmente era um problema.

- São caiporas - Amélia falou com um tom meio irritado.

- Os seres da floresta ? achei que não podíamos vê-los assim..., que tinham que ser invocados - ele disse segurando a varinha com bastante atenção.

- E precisam, eles só aparecem quando querem, só nos deixam ver quando estão a fim, e o pior é que são criadores de confusão natos. - a menina lembrou do feitiço que o Scorpius usou e logo o alertou- na próxima vez não tente petrificar uma caipora, ela pode espelhar o feitiço pra você.

A diretora após ouvir uns gritos também logo entendeu do que se tratava, então quebrou o feitiço de tradução que pairava sobre a escola (a final a escola abriga alunos de vários países) e começou a falar uma língua antiga longe do tupi, latim e outras, ela espantou os seres com uma cantiga, e eles saíram reclamando, desaparecendo no ar.

- bom, perdemos o clima da festa não é - a diretora disse após restaurar o feitiço de tradução - peço gentilmente que se dirijam novamente a seus dormitórios e amanhã os alunos novos podem se instalar nas acomodações de suas respectivas famílias.

- até amanhã malfoy - Amélia disse tirando a máscara - te vejo na sala das onças então.

- sim tutora, não precisa ficar ansiosa- disse irônico, - acabamos de nos conhecer e já quer me ver todos os dias ?

- não sonha garoto - ela disse enquanto saiu andando, pensando em várias maneiras que queria amaldiçoar o professor Zumbi.

Ao chegar no quarto Thayná ainda não estava lá, e Amélia não se preocupou com o paradeiro da menina, a final ela já tinha uma ideia de onde ela estava.  Amélia caiu num sono profundo, mas extremamente rápido. E então o sonho..

"Ei, Ei, eu preciso de ajuda, eu sei que você está aí. Por favor me ajuda, ei eiii"

A menina acordou assustada aos calafrios, já era manhã, Thayná já estava no quarto e correu para a cama da amiga preocupada.

- Oque foi que aconteceu? - disse se sentando ao lado da menina

- tive um pesadelo, eu não sei, ouvia gritos de socorro- disse enquanto colocava a mão na cabeça

- você deve ter comido pitaya demais ontem - riu levemente, não dando tanta credibilidade a garota.

Amélia se levantou, tomou seu banho e novamente vestiu o uniforme de sua família, pegou sua varinha e colocou entre um dos coturnos. Desceu a escada e de cara encontrou seu recém chegado, sua pele extremamente branca dava um contraste interessante com o novo uniforme.

- Está atrasada - o menino disse enquanto ajeitava seu blusão.

- certo a primeira aula de hoje é canalização de feitiços - Amélia soltou se quer parando e apenas seguindo em frente pelo corredor - você vai precisar de uma nova varinha. Nós aqui não usamos apenas varinhas de madeira, nossas várias possuem cristais na ponta, que ajudam a canalizar e direcionar melhor os feitiços, até por que os ancestrais da nossa magia, usavam apenas as mãos, depois com a chegada dos europeus começaram a influenciar no uso da magia, os cristais são uma herança africana de concentração de poder, então misturaram tudo.
  
A varinha da menina era feita de pau-Brasil, com um cristal amarelo na ponta, tinha cobre entrelaçado. Scorpius olhou a varinha dela e se sentiu levemente leigo.

Castelo bruxo Where stories live. Discover now