— E se a sua mãe foi só ver os patos? — Pergunta Oliver, enquanto caminhamos até o parque.
— Isso não faz sentido Oli! — Garanto, determinado.
— Só eu para te aguentar mesmo, hein — Reclama — Paulo já deu no pé com a desculpa da prima. — Anda desengonçado enquanto continua reclamando.
— Se abaixa — Cochicho, o puxando para trás de um banco.
E lá estava ela.
Sentada em um banco distante, embaixo da sombra de uma árvore, conferindo seu relógio e tremendo a perna. Parecia bem empolgada.— O que fazem aí? — Uma voz conhecida pergunta.
Quase gritamos de susto com a chegada repentina de Ingrid, que usava uma roupa de ginástica azul e branca, e um fone de envolvido em seu pescoço.
— Que susto menina doida — Oli diz se ajeitando.
A abaixo rapidamente, conferindo se minha mãe deu indícios de que ouviu algo.
— Se exercitando? Quem diria... — Comento com um sorriso de canto, passando meus olhos por seu outfit.
— Ainda não respondeu a minha pergunta.
Suspiro profundamente, tentando pensar em uma maneira de explicar, mas nem precisou muito, porque a mesma já começara a entender ao avistar minha mãe se levantar do banco e dar um pequeno abraço em um homem alto e desconhecido.
— Julian? — Ingrid diz baixo, com um ar surpreso.
— Você o conhece? — pergunto, ainda mais surpreso que ela.
— Ele é o dono do Fly & Roll — responde.
Eu estava pasmo com a declaração da loira, sem palavras e boquiaberto.
— Arthur, ele deu um beijo na sua mãe! — Oliver informa, me tirando do transe em que entrei.
— O que? — Me levanto desesperado e logo sou puxado para baixo pelos meus amigos. — Que abusado! — Sussurro.
— Temos que sair daqui — Diz Ingrid, caminhando rapidamente abaixada atrás dos bancos.
Depois de uma distância que não dê para nos verem, paramos, cansados e ofegantes.
— Que legal, Arthur terá um novo papai — Oliver comenta provocativo.
Um novo papai? Me poupe! Depois de anos, ela vai querer me dar um novo pai? Eu não quero um novo pai.
— E uma irmãzinha — Ingrid acrescenta — Ele tem uma filha de sete anos, muito fofinha — Declara, fazendo uma careta estranha.
Eles pareciam estar se divertindo com o meu nervosismo por pensar em um novo homem com a minha mãe.
— Arthur, não fica desse jeito — A loira começa, colocando sua mão em meu ombro, enquanto Oli parava de rir — Não deve ser tão ruim sua mãe encontrando um novo amor.
Antes que eu pudesse reagir, escutamos um grito: "O CACHORRO!!" e nos viramos para ver de onde surgiu esse grito. E esse tal cachorro decidiu vir pra cima de mim, me derrubando no chão.
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Vida Adolescente
Teen FictionDois jovens totalmente diferentes e ao mesmo tempo tão legais, tendo que lidar com a loucura da adolescência, com os dias mais loucos da história, com problemas familiares e ainda sim com um conflito tão grande chamado "Amor". Uma palavra tão pequen...
Capitulo 5: Um Dia De Azar.
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