Capitulo 5: Um Dia De Azar.

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— E se a sua mãe foi só ver os patos? — Pergunta Oliver, enquanto caminhamos até o parque.

— Isso não faz sentido Oli! — Garanto, determinado.

— Só eu para te aguentar mesmo, hein — Reclama — Paulo já deu no pé com a desculpa da prima. — Anda desengonçado enquanto continua reclamando.

— Se abaixa — Cochicho, o puxando para trás de um banco.

E lá estava ela.
Sentada em um banco distante, embaixo da sombra de uma árvore, conferindo seu relógio e tremendo a perna. Parecia bem empolgada.

— O que fazem aí? — Uma voz conhecida pergunta.

Quase gritamos de susto com a chegada repentina de Ingrid, que usava uma roupa de ginástica azul e branca, e um fone de envolvido em seu pescoço.

— Que susto menina doida — Oli diz se ajeitando.

A abaixo rapidamente, conferindo se minha mãe deu indícios de que ouviu algo.

— Se exercitando? Quem diria... — Comento com um sorriso de canto, passando meus olhos por seu outfit.

— Ainda não respondeu a minha pergunta.

Suspiro profundamente, tentando pensar em uma maneira de explicar, mas nem precisou muito, porque a mesma já começara a entender ao avistar minha mãe se levantar do banco e dar um pequeno abraço em um homem alto e desconhecido.

—  Julian? — Ingrid diz baixo, com um ar surpreso.

— Você o conhece? — pergunto, ainda mais surpreso que ela.

— Ele é o dono do Fly & Roll — responde.

Eu estava pasmo com a declaração da loira, sem palavras e boquiaberto.

— Arthur, ele deu um beijo na sua mãe! — Oliver informa, me tirando do transe em que entrei.

— O que? — Me levanto desesperado e logo sou puxado para baixo pelos meus amigos. — Que abusado! — Sussurro.

— Temos que sair daqui — Diz Ingrid, caminhando rapidamente abaixada atrás dos bancos.

Depois de uma distância que não dê para nos verem, paramos, cansados e ofegantes.

— Que legal, Arthur terá um novo papai — Oliver comenta provocativo.

Um novo papai? Me poupe! Depois de anos, ela vai querer me dar um novo pai? Eu não quero um novo pai.

— E uma irmãzinha — Ingrid acrescenta — Ele tem uma filha de sete anos, muito fofinha — Declara, fazendo uma careta estranha.

Eles pareciam estar se divertindo com o meu nervosismo por pensar em um novo homem com a minha mãe.

— Arthur, não fica desse jeito — A loira começa, colocando sua mão em meu ombro, enquanto Oli parava de rir — Não deve ser tão ruim sua mãe encontrando um novo amor.

Antes que eu pudesse reagir, escutamos um grito: "O CACHORRO!!" e nos viramos para ver de onde surgiu esse grito. E esse tal cachorro decidiu vir pra cima de mim, me derrubando no chão.

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