Ouvi meu sobrenome reverberar pelo ambiente aberto, fazendo o eco enfurecido soar por todos os lados. Parei entre o tumulto do corredor e franzi o cenho, estranhando, me virei para trás lentamente, apenas espiando quem diabos havia me chamado. E como o mar vermelho, as pessoas de abriam para Kilorn passar, caminhando diretamente em minha direção.
Arqueei as sobrancelhas, e virei todo o corpo, esperando ele chegar até mim. Ele chegou, e eu entendi toda a fúria da sua voz quando ele agarrou a gola da minha camiseta e prensou minhas costas contra os armários de metal. O impacto fez um barulho alto, as pessoas em volta se afastaram poucos passos e as outras pararam o que estavam fazendo para entender o que estava acontecendo, assim como eu.
Seus rosto estava perto demais do meu, sua respiração ofegante e o rosto coberto de uma raiva explícita. A chances de aquilo ser apenas uma zoeira era mínima, e agindo por impulso, tirei suas mãos da minha camiseta e o empurrei. Ele cambaleou e eu me afastei dos armários.
— Que merda você está fazendo? — perguntei, sua euforia passando para mim de repente.
Ele voltou a se aproximar, não se intimidando.
— Você dormiu com a Mare — não foi uma pergunta, sua acusatória foi firme e severa.
Ela apenas continuou me encarando, sem dizer mais nem uma palavra ou me tocar.
— Ela de disse isso? — perguntei.
— O que você acha, caramba?! — ele me empurrou novamente.
As pessoas em nossa volta começaram a cochichar, curiosas e animadas por qualquer confusão. Kilorn abaixou o tom de voz quando voltou a falar.
— Eu confiei em você, pedi que ficasse longe dela.
— E eu disse que não ficaria — contestei, mas aquilo só iria alimentar sua raiva. — Mas eu tentei.
— E não conseguiu controlar a porra do seu pau?!
Apertei os dentes, trincando o maxilar. Aquilo era ridículo.
— Você é meu melhor amigo! — acusou. — Sabia que estávamos juntos, que eu gostava dela.
— Não foi assim que aconteceu. Você não sabe de nada.
— Você transou ou não transou com ela? É verdade que aquele sutiã que achei no seu quarto era dela? — alto demais, muita gente em volta, aquela confusão já era o suficiente para bastante fofocas rolarem por aí.
Cheguei mais perto dele, sussurrando entre os dentes cerrados.
— Tenho certeza que aqui não é o lugar de termos essa conversa.
— O que você propõe, então? Que chamemos ela pra tomarmos um chá a três?
— Não está vendo toda a confusão que está armando?
Ele olhou em volta e só então pareceu perceber, abaixou a cabeça, se acalmando por um segundo e deu um passo para trás.
Vi a multidão ser cortada, Elane passando entre entre as pessoas até nós. Os passos pesados e punhos cerrados. Ela olhou para nós, arqueeou as sobrancelhas e depois se virou para a multidão.
— Vocês não têm o que fazer? — ele se calaram, cessando todos os sussurros. — Caiam fora, idiotas! Isso é uma escola, se quiserem ver brigas terão que pagar! — ela vociferou, e quando Elane se aproximou da multidão, eles se dissiparam em passos de formiga.
Em seguida se virou para nós, e eu lhe agradeceria por isso depois.
— Que merda estão fazendo? Tentando levar uma suspensão? — se colocou entre nós, espalmando suas mãos nos ombros de Kilorn.
KAMU SEDANG MEMBACA
Help-me | Mareven
AcakDesde que se mudou para Sacramento, na Califórnia, Mare não cansou de observar seu novo vizinho loiro e bronzeado da janela do seu quarto, por isso não ficou suspresa quando percebeu que sentia uma certa atração pelo garoto. No entanto, Kilorn, seu...