28. Point Of View Maven Calore

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Eu não costumava considerar sapos animais muito interessantes, muito menos úteis. Mas aparetemente eu estava errado. Pois aquelas criaturas nojentas podiam continuar bem desinteressantes, contudo, para a infelicidade de pragas malquistas, sapos podiam comer até cem insetos por dia. Pelo menos foi isso que o cara da loja de anfíbios disse para nós.

Thomas e eu estávamos sozinhos daquela vez, e agora totalmente consciêntes da onde e quando seria o encontro de Mare e Kilorn.

Ah, sim!

Mare e Kilorn.

Eu queria bater minha cabeça em uma parede.

E eu pensando que quando diziam que as coisas só davam certo quando você não tentava de verdade, era mentira. Na verdade, eu ainda achavq que era mentira, mas aquilo deu certo.

Kilorn havia marcado um segundo encontro e aquilo significava muita coisa. Poderia ser como na primeira vez, em que ele fez pouco caso e preferiu socorrer Evangeline, que não precisava de socorro nenhum — pelo menos não dele. Mas um segundo bolo seria improvável. Já que não havia intervalo de tempo entre Kilorn chamá-la para sair e eles realmente saírem.

Kilorn não pensou, do nada, que queria sair com Mare de novo. Acho que foi o destino. No caso, o destino eu. Mas isso foi antes de eu jogar tudo pro alto, pensando que nunca daria certo...

Para depois dar tudo certo.

Eu não lembro examente como coloquei o nome de Mare em uma das nossas conversas. Mas lembro como soltei acidentalmente — claro que não foi acidentalmente — que Mare tinha uma certa "admiração", ou até desejo por Kilorn. Ele havia enrijirecido o corpo no exato momento. Não sei o porquê de ele parecer surpreso. Era óbvio que Mare queria ficar com ele, caso contrário teria rejeitado seu primeiro convite para um encontro.

Então Thomas disse:

— Mas agora não adianta nada. Ele furou com a garota e agora Kilorn não passa de um merdinha que ela não gostaria de ver nem pintado de ouro.

E, Deus, como eu gostaria de agradecer Thomas por ter dito aquilo.

Eu sabia que ele estava apenas o provocando. Porque Thomas exigia um encontro em que ele pudesse estragar a vida de Kilorn. E havia dado certo. Kilorn levou aquilo para o lado pessoal e chamou ela para sair novamente. Não sei exatamente para porque ele demorou tanto, mas foi necessário eu ganhar tempo com a segunda parte do plano.

Mare não querer ver Kilorn nem pintado de ouro não era exatamente um mentira, talvez um exagero, mas não mentira. Não sei quando ela leu e nem se Mare gostou da carta que enfiei em seu armário, mas aparentemente, ela levou o "perdão de Kilorn" em consideração.

— Nós podemos alugar os sapos? — Thomas perguntou ao homem que nos atendia.

O senhor que não escondia seus barba branca usava uma camiseta verde com a marca da loja, enfeitada com uma plaquinha escrita seu nome, e pareceu nem incomodado com esse pedido.

— Alugar? Como assim?

Alugar! Isso. Exatamente.

Não consigo imaginar alguém que queira comprar sapos.

Nós, obviamente, só precisaríamos deles por algumas horas.

— Sim — Thomas respondeu, simplesmente. Ele resolveu não dar muitos detalhes do que íamos fazer para o atendente, e aquilo parecia assustar o homen.

— Eles não são venenosos, são? — perguntei, antes que ele pudesse responder meu amigo.

— Não trabalhamos com animais venenosos, é perigoso para a comercialização. Até as cobras são as mais inofensivas possível — ele respondeu e eu agradeci por ele não bater soltado outra curiosidade aleatória como tanto fazia.

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