5 - ME DEIXE AJUDAR

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- Se querem que eu fique aqui, consertem os malditos degraus. Não quero lembrar do som do pescoço de meu pai se quebrando toda vez que tiver que usar essas malditas escadas.

Ela não esperou uma resposta, apenas continuou a subida de forma determinada e sumiu no fim do corredor.

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- Eu devia ter percebido isso - Cassian disse se afundando na poltrona em que Nestha estivera sentada minutos antes. - Devia estar mais ao atento ao que a afetava.

- Devia ter percebido o que? - Elain disse ao sair da cozinha com uma bandeja de chá e biscoitos em suas mãos.

Feyre rapidamente explicou a Elain o que acabara de acontecer apontando para Maleah e o objeto em suas mãos. Então ela colocou a bandeja na mesinha de centro e gesticulou para que todos se servissem. Mas aquilo não se aplicava a mim, pois ela caminha em minha direção com uma xicara de chá. Elain me entregou a xícara e se sentou ao meu lado.

- Como essa pessoa conheceu meu pai? - Elain perguntou se dirigindo a Maleah com a voz um pouco embargada. - A pessoa que te presentou - Ela completou.

Não sei por qual motivo, mas Maleah parecia menos confortável do que antes ao responder:

- Provavelmente em algum momento enquanto estava abaixo da muralha. Algumas fêmeas Illyrianas fogem para o reino humano quando têm oportunidade - Ela disse de forma seca - Nossas orelhas redondas e as asas mutiladas servem como uma boa camuflagem.

Então eu senti, aquilo me atingiu em cheio. Não era o rosto de Maleah que demonstrava algum tipo de desconforto. Eram suas sombras, suas sombras estavam inquietas e de alguma forma eu podia sentir aquilo. De alguma forma nossas sombras partilhavam aquela inquietação.

Ela pareceu não perceber, pois continuou:

- Séculos atrás fui vendida, violentada e aprisionada em uma jaula - Ela falava com determinação - Meu sangue nem havia descido e aqueles desgraçados já faziam o que bem entendiam comigo - Os olhos dela se umidificaram.

Minhas mãos e as de Cassian estavam fechadas em punhos. Era impossível ouvir aquilo e não nos lembrarmos do que havia acontecido com nossas mães. De como elas tinham sido tratadas por eles.

- Com o passar do tempo, percebi que algo dentro de mim estava mudando - Ela disse colocando as mãos sobre o peito - Um poder até então desconhecido estava despertando, um poder que até hoje não domino em sua totalidade. E então certa noite ele veio com força total. - Ela levantou um pouco o queixo em desafio ao dizer - Me libertei e matei todos eles.

Elain se remexeu desconfortável na poltrona ao meu lado, Cassian exibia um ar de satisfação como nunca vira antes e Rhysand assentiu em aprovação para ela.

Os olhos dela se arregalaram um pouco.

- Vocês não estão incomodados com o fato de eu ter matado aqueles homens? - Maleah perguntou com surpresa.

Cassian soltou uma risada sincera e disse:

- Vocês nos fez um grande favor, menos babacas Illyrianos para lidarmos. E alias - Ele completou com um sorriso largo - Fiz praticamente o mesmo com o antigo acampamento de minha mãe.

Maleah deu um sorrisinho sem graça que não chegou aos seus olhos.

- Após me libertar, fugi com algumas pessoas daquele lugar. Cendra, a filha de Devlon era uma delas - Ela disse cortando a empolgação de Cassian - Construímos nosso próprio lar e lá vivemos em igualdade, machos e fêmeas. Aceitamos qualquer um que precisar de abrigo, a menininha que me deu esse entalhe e sua mãe foram uma delas.

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