O estado da Shivani é preocupante. O cheiro do álcool presente em seu sangue e roupa poderia ser sentido em quilômetros de distância.
Ok, talvez eu esteja exagerando mas estava claro que ela havia bebido bastante.
Eu, a any, a Hina e a Sofya levamos a Shivani para sua casa assim que o policial saiu do local. Ninguém mais tinha vontade de beber ou curtir depois do que aconteceu com a Shiv. Sem contar que todos nós estávamos preocupados com ela. Eu fui dirigindo já que eu era o que havia bebido menos e porque não deixaria, de forma alguma, elas irem de uber sozinhas e levemente alcoolizadas. Ademais, eu queria ajudar a cuidar da minha pequena e garantir que ela estaria segura – e bem longe daquele babaca
A Shivani dormiu durante todo o percurso, agradeci a Deus por isso. A shiv não era muito de beber, ela já havia me dito isto, então as chances dela vomitar ou passar mal com o balanço do carro eram grandes. E de forma alguma eu estava preocupado com sujar ou manchar meu carro com o seu vômito– muito pelo contrário – e sim aflito com o seu mal- estar.
A Sofya e a Hina ficaram responsáveis de abrir a porta da casa e explicar a situação para a avó da Shivani, caso ela estivesse acordada, enquanto eu e a Any ficamos com a função de tirar a Shiv do carro.
– Shiv, acorda. Chegamos na sua casa. – a Any, que estava sentada ao lado da Shivani, disse doce.
A garota nem se quer se mexeu.
Eu, que estava encostado na porta aberta do carro, segurei no seu ombro e a chamei. Mas não obtivemos nenhuma mudança, fazendo meu coração acelerar.
– Shivani? – a any disse um pouco mais alto. E eu puxei, levemente, o pulso da minha ex futura namorada para certificar sua pulsação, mesmo não tendo a mínima ideia de como fazer isso.
– Shiv! – digo um pouco mais alto que a Any, fazendo a Shivani se assustar e abrir os olhos rapidamente. Meu coração relaxa as batidas.
– Graças a deus! – a any diz em um suspiro. – Chegamos na sua casa, vamos? – a cacheada estende a mão para a indiana que logo a aperta. A shiv se apoia, meio mole, em um dos ombros da Any.
Meio incerto, pego seu braço livre e apoio no meu ombro. Ela não rejeita, muito menos recua do meu toque– me deixando feliz a saber que ela não me odeia. Como a any não conhecia a casa, muito menos onde é o quarto da Shiv, eu indiquei o caminho para a Any e assim seguimos juntos, "carregando" a nossa amiga. Quando passamos no corredor, eu vi de relance a Hina e a Sofya no outro quarto – provavelmente conversando com a avó da Shivani.
Assim que colocamos a Shivani delicadamente na sua cama, para não acordar a Maya que estava ao seu lado dormindo, a japonesa e a loira entram no quarto e observam, junto com a gente, a Shivani observar o teto do quarto enquanto ria baixo.
– O que a gente faz com ela? – a Hina pergunta sussurrando.
– Falando assim parece que a gente matou ela. – any diz no mesmo tom causando risadas entre elas.
– Ela devia tomar um banho. – eu digo olhando para a Shivani que havia fechado os olhos e parecia estar cochilando.
– Sim, a água fria aumenta o açúcar no sangue– a Any diz.
– Na verdade – a Hina interrompe – a água gelada só ajuda no mal-estar. De fato, ela não hidrata e nem aumenta o açúcar no sangue. – nos três, eu,Sofya e any, viramos para a Hina.
– Como?... – a Sofya balbucia.
– A Shivani disse para mim naquele dia que você ficou bebada – a Hina responde relaxando os ombros.
– As vezes eu esqueço que ela é muito inteligente – eu digo e elas riem baixinho.
– Se você esquece, imagine eu que a conheço bem pouco. – a any completa nos fazendo rir, de novo.
Eu sai do quarto depois de ter ajudado elas a levar a Shivani para o banheiro. Não iria auxiliar elas no banho pois acho uma falta de respeito com a Shivani já que ela está basicamente desacordada estando vulnerável e eu como homem e amigo dela devo dar o respeito de fazer qualquer coisa com a sua autorização, principalmente quando essa coisa envolve ela estar nua.
Fui na cozinha e procurei no armário um pote ou sachê de café em pó, e assim que o achei fui esquentar água para preparar um café bem forte e com bastante açúcar. Lembro que o Krystian me encheu disso depois daquele dia que eu prefiro não lembrar.
Com o café em mãos, me direcionei até o quarto da Shivani para entrega-lô e ver se tava tudo bem. Assim que abri a porta, vi minha baixinha com o cabelo molhado sentada na ponta da cama falando alto. Ela está usando uma calça de moletom cinza e uma blusa preta bem soltinha, seu rosto está sem nada de maquiagem dando assim uma contraposição com o que ela usava antes, que era um vestido colado e uma maquiagem forte, um conjunto que a deixava mais linda do que já é – algo que eu achava impossível. Inclusive, percebi depois que a garota que estava dançando na pista de dança que eu observei no sofá e me senti atraído, algumas horas atrás, era ela.
– Bailey? – a Shivani diz me tirando do meu pensamento. – o que você tá fazendo aqui? – ela diz embolada.
– Vim ajudar as suas amigas cuidarem de você. Toma esse café. – digo estendendo a xícara para ela que pega.
– Você tem que falar baixo, Shiv. Se não você vai acordar sua irmã! – a any a repreende.
Observo a Shivani fazer uma careta quando beberica a xícara com café. Ela estica o objeto para longe, rejeitando beber.
– Tem que tomar, pequena. – digo pegando a xícara e levando bem perto da sua boca. Ela grunhi mas toma um pouco do líquido.
– Isso é muito ruim – ela diz meio drogue nos fazendo rir.
Depois que a Shivani tomou toda a bebida, ajustamos ela na sua cama e esperamos ela dormir. Antes de sairmos da sua casa, deixamos na cômoda um copo com água e um comprimido para dor de cabeça – pois é previsível que ela irá acordar com ressaca amanhã.
(...)
NOTA DA AUTORA
Oii, gente! Me desculpem sei que fiquei sumida mas é porque eu estava muito cansada e resolvi da uma pausa para mim mesma 😂
Espero que gostem do capítulo de hoje. Nunca bebi bebida alcoólica, muito menos fiquei bebada então não sei qual é a sensação.
O que vocês acreditam que o Tim possa fazer algo? Se sim, diz aí!
Beijinhos de glitter ✨
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O inesperado - Maliwal / Shivley
FanfictionOnde Shivani teve que abandonar sua maior paixão, a dança, para conseguir cuidar e sustentar Maya, sua irmã de três anos. Em um dia comum, Paliwal conhece Bailey May, um estudante de engenharia civil do quinto período e seu futuro aluno de monitoria...