62. Bailey

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(Capítulo sem revisão)

     Muita coisa mudou nesses últimos dois meses. A Shivani me fez mudar. Sai da casa do meu pai, estou morando com meu amigo Krystian e arranjei um emprego na empresa de engenharia que é concorrente do meu pai - algo que ele não gostou nem um pouco.

Esses últimos meses me mostraram que eu realmente era muito privilégiado pois trabalhar, pagar as contas e cuidar de uma casa não é nem um pouco fácil mas aos poucos eu estou conseguindo me adaptar.

  Enquanto isso, eu a Shivani estamos bem distantes, ela passa a maior parte do tempo com outros três amigos da faculdade e não aceita mais minhas caronas, descartando a única possibilidade que eu tinha de estar perto dela. A Shivani parece estar bem feliz, fazendo meu coração esquentar por saber que ela tem bons amigos ao seu lado mas me entristece quando percebo que eu podia está ali aproveitando com ela, se eu não tivesse mentido. Nós ainda se falamos pelo WhatsApp mas a maioria das vezes é com um video ou áudio da Maya dizendo alguma coisa como "Tio Bailey, estou com saudades". Inclusive eu e a Yon fomos no parque junto com a pequena Maya, a Shivani não aceitou ir pois tinha um trabalho da faculdade para fazer – fiquei decepcionado no dia porque eu realmente achava que ela iria ir com a gente. O passeio foi super divertido, tomamos sorvete e brincamos bastante. A Maya e a Yonta são boas amigas – mesmo com a diferença gigantesca de idade das duas - quem vê de longe acha que são irmãs. E pra ser bem sincero, eu acho lindo a relação das duas.

(...)

- Eu não quero ir, Krys - digo largado no sofá enquanto jogava FIFA pelo PS4 do Krystian. Ele estava tentando desde a semana passada me convencer a ir numa especie de balada que iria inaugurar hoje.

- Meu filho, você vai superar esse termino quando? - ele me olha debochado e eu volto a focar mo meu jogo. - Já fazem dois meses, ela tá seguindo a vida dela normal porquê você não faz o mesmo? - reviro os olhos e dou pausa na partida, encontrando meus olhos com os dele.

- Eu já superei ela, tá? - ele levanta uma das sobrancelhas com uma cara de "sério mesmo?", típico dele. - Aos poucos eu vou superar - admito e me sento direito no sofá.

- Por isso que você tem que ir nessa balada, Bailey. Vai que ver garotas novas e beber um pouco de alcool te ajude a supera-lá. - o olho incrédulo

- Não vou usar garotas para superar a Shivani, isso é ridiculo. - ele bufa.

- Eu sei que é mas eu não tenho mais argumentos para te convencer a ir. - ele senta com tudo no sofá.

- Você não vai desistir, né? - eu digo depois de um tempo e ele nega com a cabeça. – tá,eu vou – um sorriso ladino aparece em seus lábios. – mas não prometo que irei ficar até o final.

(...)

  Me olho no espelho e certifico se estou apresentável. Uso uma camisa preta florida, com detalhes em rosa e verde e escuro, junto com uma bermuda jeans e com o primeiro tênis que eu vi no meu armário, ele era branco com o cadarço cinza. Ajeito meu topete e tento dá um sorriso. Eu definitivamente não quero ir. Tudo está programado, eu vou ficar no máximo uma hora lá e depois irei fingir uma dor de cabeça, voltando para casa.

   A porta do local, onde irá acontecer a balada, está lotada, parecia um formigueiro. A fila para entrar estava tão grande que eu não conseguia ver o final dela mas, felizmente, não precisamos enfrentá-la pois Krys tinha seus contatos. Já dentro da balada, encontramos a Sabina, Heyoon, Sina, Noah, Any, Josh e Joalin, todos com copos de bebida nas mãos e um sorriso grande nos lábios. Sorri ao vê-los felizes e animados.

– FINALMENTE!!! – a Sabina Grita ao me ver – eu pensava que vocês não vinham mais – ela me abraça.

– Sabe como o Krys é, né?– digo a olhando e todos que estavam perto riem. – Foi uma hora só para escolher a roupa e mais duas horas pra arrumar o cabelo. – recebo um tapa, fraco,  no ombro e um resmungo.  Meus amigos riem enquanto me cumprimentam, fazia tempo que eu não os via.

(...)

– Como vai o coraçãozinho aí? – a joalin diz alto por conta do som do local.

– Bem – digo tentando sorrir. Eu preferia estar com ela.

– Só se for bem mal , né? – ela diz me fazendo rir fraco e a olhar. Eu estava sentado no sofá da área VIP e a Joalin sentou ao meu lado, se virando para mim. – Eu nunca te vi assim, tão desanimado. – ela completa e seus olhos vagueiam pelo meu rosto, como se estivesse fazendo um raio-X com o seu par de orbes azuis. – Você mudou muito em pouco tempo. – concordo e beberico o meu copo de cerveja. Não queria beber mas meus amigos, basicamente, me forçaram a, no mínimo, tomar um copo de cerveja.

– Ela me fez mudar. – digo olhando para frente e vendo algumas pessoas dançarem. Uma menina me chamou a atenção. Seu corpo dançava bem ao ritmo da música e seus cabelos balançavam junto. Ela parecia estar em seu mundinho particular, como se so ela estivesse ali.

– Não, Bailey. Eu não acho que ela te mudou– ela me tira do transe – eu sinto que você mudou por ela e para ela. – ela sorri e eu suspiro.

– Será que a gente pode mudar de assunto? – digo exausto. Não queria pensar nela, não agora.

– Claro que sim. Mas eu não acho que você deve desistir dela. – a Joalin diz e eu sorrio amarelo. – Como está a sua vida de homem de negócios?

– Bem corrida mas estou gostando. É tudo novo e as vezes fica muito exaustivo mas eu estou conseguindo me acostumar.– nossos olhos se encontram e sorrimos.

– E seu pai? Aceitou de boas? – ela pergunta e eu gargalho.

– Ele surtou por completo – seus olhos arregalam – mas como eu não moro mais com ele nada aconteceu. – vejo sua expressão aliviar e nós dois sorriamos.

– MI VIDAAAA! – escuto a Sabina gritar e a vejo segundos depois em nossa frente. Ela estendeu os braços para Joalin, a chamando. – ah, oi bay! – Sabina diz me olhando –ESCUTA!– ela basicamente berra – CNCO! VEM, VAMOS DANÇAR ! – ela sai puxando a Joalin que me dá um tchauzinho e sai correndo para a pista de dança.

   Sorrio ao ver as duas dançarem juntas na pista. Eu sei o quão é difícil para as duas manterem o relacionamento mas mesmo assim elas não desistiram e continuam ai, firmes e fortes.

    Sou um gole na minha cerveja e meus olhos pairam na mesma garota mas me impeço de sustentar o olhar.

NOTA DA AUTORA

Oi, gente. Antes de tudo, preciso dizer que não compactuo com NENHUMA, absolutamente nenhuma, atitude do Bailey May da vida real.

  Espero que o Bailey evolua e aprenda com seus erros. Também espero, do fundo do meu coração, que ele aprenda a pedir desculpas  em vez de debochar e afirmar que os fatos são apenas "hate".

Beijinhos de glitter e até próximo domingo.

O inesperado - Maliwal / ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora