52. Shivani/ Bailey

2.4K 224 49
                                    

         
SHIVANI PALIWAL

   Já fazem quatro meses desde que eu e o Bailey começamos a realmente ficar sério. E apesar de ter tido medo "entrar no barco", hoje, eu percebo que foi uma das melhores escolhas que eu podia ter feito. Se antes ele já me mimava, imagine agora que nós temos realmente algo. Nossos passeios são constantes  igual as suas passadas lá em casa.

         Eu passeie mais nesses quatro meses do que nesses meus dezoito anos de vida. Sim, pode parecer exagero mas eu juro que não é! Como todos sabem minha mãe não saia de casa e eu, consequentemente, também não mas depois que eu saí definitivamente de casa, o dinheiro apertou, ainda mais, impossibilitando que eu e a Maya saíssemos todo final de semana – por exemplo.

      Minha avó já está em casa, sendo cuidada por mim e por uma cuidadora , quando eu não estou em casa  (e convenhamos é a maior parte do tempo). Ela está bem, na verdade, está novinha em folha! Ainda não anda sozinha, por conta da cirurgia no fêmur mas o seu problema no coração foi "curado".

    Por conta disso, minha rotina continua ainda mais agitada. Se antes cuidar da Maya, da casa, trabalhar e estudar já era difícil, agora que eu tenho além de tudo isso cuidar de uma espécie de relacionamento e de cuidar da minha avó, as coisas se tornaram mais corridas. Entretanto, eu tenho alguém do meu lado, me apoiando, ajudando e me fazendo companhia, esse serzinho virou uma peça chave na minha vida desde que decidimos "amigar". Rio só de lembrar a palavra dita por ele.

Enquanto eu servia e limpava mesas acabei lembrando de um dos nossos últimos passeios...

*Flash back*

"
– Vem logo, Shiv! – Bailey diz puxando meu braço para cima, para que eu levantasse da areia.

– Eu não quero! – disse manhosa e colocando todo o meu peso para baixo, mas é óbvio que se o Bailey fizesse um pouco mais de força no meu braço ele iria conseguir me levantar dali.

Vem logo, mamãe! A auga tá quentinha!!! – ela diz pulando, completamente animada. A Maya ama a praia, que nem a irmã. Eu sou extremamente apaixonada, principalmente, pelo mar.

– Acho que a sua mãe tá precisando de uma ajudinha para levantar. Você não acha, Maya?– ele a olha sapeca e eu faço uma cara assustada.

Ele ia aprontar

– Claro que não – digo me levantando – tá vendo? Eu levantei sozinha. – a Bailey mostra a língua e eu rebato mostrando a minha.

E em um piscar de olhos, eu estou nos ombros do Bailey sendo levada para o mar.

–BAILEY???!! – digo de cabeça para baixo enquanto escuto as risadas histéricas da minha irmã. "

Sorri ao lembrar desse dia, ele tinha sido mágico. Acabo limpando as mesas com esse sorrisinho bobo plantado nos meus lábios. Quando foi que eu fiquei uma adolescente boba apaixonada?

(...)

– Pensando em mim, formiguinha?– Me assunto ao vê-lo ali, sentado na próxima mesa que eu iria atender.

–Bailey? – digo surpresa. – O que você tá fazendo aqui? – completo curiosa.

– Vim ver a minha garota, posso? – "minha garota" meu coração quase quis sair do lugar ao ouvi-lo pronunciar essas duas palavrinhas.

– Claro que pode, bobão. – sorrio direcionando o olhar para o seu rosto e para minha surpresa pude ver uma mancha roxa ao redor do seu olho direito. Por que diacho o Bailey está com um hematoma roxo? Ele havia se envolvido em briga ontem a noite quando me deixou em casa? – Você se machucou? – indago preocupada e vejo sua expressão mudar.

– Hm... não – ele diz meio incerto. – Agora a senhorita, ainda não respondeu a minha pergunta. Estava ou não estava pensando em mim para ter esse sorriso bobo nos lábios? – ele tenta desconversar mas eu o conhecia para saber disso. Seus dedos batucando sobre a mesa de madeira da lanchonete deixava claro que ele estava nervoso. Mas porquê?

– Estava pensando no dia que a gente foi na praia – sorrio de leve. – você tá se achando muito viu?! – digo brincando e ele ri, nervoso? – Tem certeza que não aconteceu nada ontem a noite depois que você foi embora lá de casa? – eu indago e ele sorri amarelo e faz um sim com cabeça.

– Não aconteceu nada, formiguinha. Acho que o roxo que você tá falando é que eu tava ajudando a Yonta a fazer um desafio criativo da escola dela e a cabeça dela chocou com a minha, perto do meu olho esquerdo. – bingo, ele estava mentindo! A marca roxa está no olho direito! Pego no flagra, Bailey May. Pelo visto, ele não quer me contar o que aconteceu, então preferi não insistir. Se ele quisesse me contar o que aconteceu ele iria.

BAILEY MAY

    Esses, definitivamente, tem sido os melhores meses de toda a minha vida. Ter alguém como a Shivani ao meu lado me faz ter coragem para enfrentar tudo o que me cerca. Esse "tudo" equivale ao meu Pai, ele sabe que eu estou tendo algo com alguém e isso não agrada nem um pouco a ele. Minha vida já estava pronta e eu fiz favor de estraga-lá. Isto é o que ele disse para mim assim que eu confirmei que estava me relacionando com uma garota que,por um acaso do destino, não é a Joalin.

   Por causa disso, nossas brigas e discussões viraram rotina e, cada vez mais, tem sido difícil continuar viver nessa casa. As marcas roxas espalhadas por todo o meu corpo estão mais difíceis de escondê-las. Deixando com que a Shivani, as vezes, perceba esses machucados, me fazendo mentir – algo que eu estou definitivamente odiando.


NOTA DA AUTORA:

Oii, gente! Desculpa pela demora mas eu não estou muito bem nesses últimos dias. Eu sempre fui a nerdzinha da minha sala e sempre tive uma rotina de estudo mas com essas aulas EAD essa minha rotina não está existindo, fazendo com que eu fique decepcionada comigo mesma. Espero que vocês consigam entender que essa fanfic é uma especie de válvula de escape e um local para que eu possa colocar minha criatividade para jogo! Eu amo escrevê-la por isso não gosto de fazer de qualquer jeito e como ontem eu não estava bem eu preferi deixar para escrever quando eu estivesse melhor!

Beijinhos de glitter!

O inesperado - Maliwal / ShivleyWo Geschichten leben. Entdecke jetzt