59. Shivani

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( 04/?)

Nem sei quanto tempo eu fiquei ali na minha cama colocando toda a minha dor para fora mas só percebi que já haviam passado horas quando ouvi a minha irmã me chamar, me fazendo sentar na cama e enxugar as minhas lágrimas.

– Mamãe! – ela grita animada – eu e a pérola fomos num blinquedo inflavio gigante.

– Sério, meu amor? Que legal – digo sorrindo. Apenas ela conseguia arrancar um sorriso de mim em qualquer circunstância.

– Você ta tliste, mamãe? – ela se senta na cama e poe a sua mãozinha na minha bochecha, alisando o local. Mordo o lábio inferior tentando impedir que eu voltasse a chorar.

– Não, meu amor. A mamãe tá feliz, ó – digo e abro um sorriso grande para a minha pequenininha. – Me conta mais desse passeio. – digo levemente animada. Minha irmã conseguia levantar o meu astral de uma forma quase imediata.

– mamãe, a senhora não sabe – ela diz imitando a sofya, me fazendo rir – eu e a pérola pulamos muitooooo no blinquedo de jacalé e depois a gente tomou sorvete de cocoiate.

– Foi muito divertido? – eu pergunto animada. Eu já sabia a resposta pois estava bem evidente em sua expressão e roupa melada de sorvete. Minha pequena concorda animada. – Que bom, meu amor. Agora tá na hora do banho, né? Porque a senhorita – toco a ponta do meu dedo indicador em seu nariz – está toda suja de chocolate – ela sorri sapeca.

– E que minha roupa quelia tomar sorvete. – gargalho com a sua frase.

(...)

Depois da Maya ter tomado banho, nós duas fomos para sala e tive a surpresa de encontrar a Sofya e a minha avó conversando.

– Finalmente o tatu saiu da toca! – minha avó diz risonha. Sua frase me fez rir fraco e a Sofya entrar numa crise de riso.

– AI, VÓ! A SENHORA NÃO DÁ! – a Sofya diz entre risos. – Tatu! – mais risadas – na toca – a Sofy pousou a mão sobre a barriga como se lá estivesse doendo de tanto rir. Devia ser ela que estava rindo antes da Maya entrar no meu quarto, consegui escutar sua risada escandalosa lá do meu quarto.

– Sofya, você tem sérios probleminhas. – digo me sentando no sofá, ao lado delas. A Sofya me responde me mostrando a língua e depois volta a rir.

– Titia fofa! Vovó! Mamãe! Vamos blincar! – a Maya diz se sentando no chão da sala com algumas Barbies na mão. Essa criança havia saído da sala desde quando? Meu deus.

– A vovó não pode se sentar no chão, meu amor. Eu ainda estou dodói – minha avó diz carinhosa e a Maya se levanta para dar um beijinho nela. – Eita, que beijo bom! Assim eu fico boa logo,logo! – minha avó diz fazendo todo mundo rir.

(...)

- O que aconteceu? - a Sofya sussurra para mim. Nós duas estamos sentadas no chão da sala, brincando de My Little pony com a Maya. A minha irmã está tão concentrada com a sua Twilight Sparkle , a pônei roxa da sua coleção, que nem se quer percebeu que eu e a Sofya estávamos conversando.

- Eu e o Bailey terminamos - sussurro de volta.

- O QUE?! - ela grita, chamando a atenção da minha irmã que não gostou nem um pouco de saber que nos estávamos conversando.

- Fala baixo, menina! - digo baixo enquanto movimento a Fluttershy. - ele estava mentindo para mim esse tempo todo! inclusive ele tem alguma coisa com aquela modelo, Joalin Loukamaa.- digo e vejo os olhos da Sofya arregalarem.

- MEU DEUS! Ele é um idiota, shiv. Se eu ver esse moleque na rua,eu esgano!- rio baixo com a sua fala - mas como você soube? Tava stalkeando o insta dele né, safada?

- Não, Sofa. - balanço minha cabeça para os lados. - Eu tive o desprazer de conhecer o pai do Bailey e ele surtou, contando tudo para mim. Ele não aceitava o fato do filho ter algo com a Joalin e estar se envolvendo com uma "favelada" como eu. - faço aspas com as mãos.

- QUEM ESSE FILHA DE UMA PUTA PENSA QUE É? - ela grita, de novo, e eu a olho incrédula.

- Sem palavrões perto da Maya - a repreendo e a Sofya sussurra um desculpa.

- Que idiota, sério. Agora dá pra perceber que a idiotice é de família. Deve estar no DNA deles. - ela completa me fazendo rir.


(...)

Aproveitamos o finalzinho da tarde e o inicio da noite dessa forma: brincando com a minha irmã e conversando com a Sofya - me fazendo esquecer de tudo que tinha acontecido algumas horas atrás.

Perdi a noção do tempo com a Sofya e a minha irmã que acabei esquecendo de tudo, inclusive do meu celular que até então estava largado na comoda. Só quando ela foi embora, logo depois de termos atacado uma pizza grande de mussarela, que eu peguei o aparelho e o pude ver de primeira, em destaque, mais de dezessete ligações perdidas do Bailey. Meu coração apertou, ele nunca havia me ligado tantas vezes seguidas. Talvez pudesse ter acontecido algo sério, eu dizia para mim mesma, mas ao mesmo tempo desconfiava que era apenas ele querendo dizer mais desculpas esfarrapadas e eu não estava com saco para ouvi-las. Dessa forma, observei a Maya dormir tranquila na cama enquanto afastava pensamentos de retornar a ligação do Bailey, como depois de tanta coisa eu ainda ficava preocupada com ele? E a voz da minha mãe me dando um conselho na quarta série ecoou pela minha cabeça.

Eu tinha em torno de nove anos, e era a nerd da sala que só tirava dez em matemática, e um certo dia o Timothy, um garoto da minha sala que nem sequer olhava para mim nas aulas, pediu ajuda em um assunto de matemática pois ele estava com dificuldade e a nossa prova seria em menos de duas semanas. Eu disse que não ia ajuda-lo porque ele só falava comigo quando era conveniente para ele. Quando cheguei em casa e contei para minha mãe, ela me repreendeu. Disse que eu tinha total direito de não ajuda-lo mas que ela me conhecia e sabia que esse tipo de atitude não condizia comigo, afinal eu sempre ajudei a todos e nunca esperei algo em troca. Ela também disse que mesmo ele sendo um idiota, por só falar comigo quando quer algo em troca, eu devia ampara-lo pois independente de quem e porquê ajudar o próximo faz bem para nos mesmos e para o próximo.

A memória veio tão nítida na minha mente que pude ouvir e sentir o cheiro da minha mãe. Sem pensar mais, pego meu celular e retorno a chamada.

esse telefone encontrasse indisponível no momento. Tente mais tarde. Pi........Pi........Pi.....

Revirei os olhos quando essa voz irritante chegou aos meus ouvidos. É talvez não seja nada demais. Larguei de novo o celular na cômoda e fui tomar um banho para relaxar.

NOTA DA AUTORA

Oi,gente. Como vocês estão? Gostaram do capitulo? O que estão achando da maratona? 

 O que vocês acham que irá acontecer?

Eu também irei dedicar esse capitulo a minha melhor amiga, gisely, que está aturando meus surtos e bloqueios de criatividade, me ajudando e dando dicas do que por em cada capitulo. Só ela pra aguentar os meus áudios de 6 mins falando da fic😗✌🏻

E vão prestar atenção na aula online! tô de olho viu 👀

Beijinhos de glitter e até amanhã!

O inesperado - Maliwal / ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora