63. Shivani

1.8K 176 71
                                    

          (CAPÍTULO SEM REVISÃO)

  – Você vai né, shiv? – Carol, minha amiga da faculdade, perguntou animada. Desde o início da semana que ela e Wesley estavam entendo me convencer em sair com eles.

– Sei não, Carol. – digo enquanto organizo meu material dentro da minha mochila. As aulas já haviam terminado e eu só iria dar mais duas monitorias. – Eu tenho que dar umas monitorias. – fecho o zipper da bolsa e ela me olha irritada.

    Carol é bem insistente quando quer.

– Ah, não, Shivani! Cancela essas monitorias! Diz que sei lá, sua irmã precisa de você em casa ou sua avó! – ela diz com um certo tom de irritação. – Sério, quem em sã consciência marcaria monitoria no dia que vai abrir a maior balada que essa cidade já viu? – Carol bufa e rio. Definitivamente, houveram muitos cancelamentos por causa desse evento, quem trocaria uma noite de bebida e música por livros e cálculos? Ae, eu.

– Olha, eu prefiro ficar em casa do que ir para baladas, então eu entendo completamente essas pessoas que preferem ter monitoria. – digo e ela me olha como se eu fosse um ET.

– Meu deus, Shivani. As vezes eu acho que você não é desse mundo – gargalho com a sua frase.

Saímos da sala e estávamos indo em direção à biblioteca, onde encontraríamos Wesley e o meu nem tão novo amigo. Risos.

– O que as duas estão rindo? – Wesley pergunta dando um abraço de lado em Carol junto com um beijo estalado em sua testa.

   Wesley estava parado, sozinho, na frente da porta da biblioteca nos esperando. Olho para os lados para ver se ele estava por ali mas infelizmente não o encontro.

– Me procurando? – ele diz parando na minha frente e eu sorrio.

– Obvio que não – digo sorrindo e o Timothy me dá um abraço.

– EU SHIPPO! – Carol grita e minha cabeça, automaticamente, nega.  O Timothy ri da brincadeira junto com Wesley.

   A gente percebe o quão o mundo é pequeno quando você reencontra com um colega de infância da escola na faculdade. Quando eu vi que era o Timothy, o amigo que wesley tanto falava que iria vir estudar na mesma sala que a gente, eu fiquei em choque porque:

1º- Eu nem lembrava mais da existência desse garoto.

2º- Ele está muito mais bonito do que antes (o tempo ajudou e muito)

3º Ele não gostava de matemática mas está cursando engenharia civil que tem número e cálculo para todos os lados.

4º Que ele era colega de infância em comum de mim e de Wesley, pois os dois jogavam futebol americano juntos.

    Logo quando ele chegou, Carol e Wesley fizeram questão de juntar ele ao nosso trio visto que o problema de sempre faltar alguém para os trabalhos de quarteto não iria mais existir e que, na visão de Caroline, ele era um ótimo pretendente para mim. Mas eu não o vejo com esses olhos. Eu ainda gosto do Bailey, muito mesmo. Sem contar que não acho certo querer superar alguém, usando outra pessoa para "tapar buraco".

  Por falar em Bailey, eu e ele perdemos quase todo o contato. A Maya e a Yon que me fazem não perder cem porcento da amizade porque se dependesse da Sofya, da Hina e de Carol eu já havia jogado ele para fora da minha vida.

Sim,elas são muito exageradas – afinal ele me magoou mas não é necessário tudo isso

   As coisas que eu sei é que o Bailey finalmente saiu daquela casa e que ele arrumou um emprego, babados que circulavam em todo lugar naquela faculdade (pense num bando de fofoqueiro).

Eu sinto muita falta dele mas ainda não existe confiança para, se quer, continuar com uma amizade.

Meus pensamentos são interrompidos pela conversa dos meus três amigos.

– ... Um absurdo isso! – Carol completa. Eu estava completamente perdida em meus pensamentos que nem se quer percebi que já estamos dentro da biblioteca.

– Você deveria ir, Shivani! Vai ser legal! – Wesley diz e eu sorrio amarelo.

– Eu não gosto de baladas. Acho que só fui para uma em toda a minha vida. – digo jogando a minha cabeça para trás, cansada da insistência de Caroline. Quando retorno, com os olhos abertos, vejo os três boquiabertos.

– COMO ASSIM? VOCÊ SÓ FOI EM UMA BALADA NA VIDA? – os três falam juntos

– Indo, ué. Primeiro que minhas amigas são caseiras e segundo que eu sou ocupada. – digo e o Timothy ri da cara de desespero de Carol.

– Definitivamente, você precisa ir! – ela diz.

(...)

    Conversa vai, conversa vem e eu nem se quer percebi que já estava na hora das monitorias. Os três acabaram de me convencendo de ir em tal balada e eu chamei da Hina e a Sofya para irem também, já que a Sofy havia terminado com o Sold há alguns dias. Programei com o Timothy dele me buscar em casa e me levar até a balada pois eu não queria ir de uber. Ao contrário dele, para o Bailey eu nem se quer precisaria pedir pois ele já faria.

Esquece ele, Shivani. – meu consciente grita para mim mesma. Eu realmente precisava esquecê-lo, ou melhor supera-lo.

(...)

– Não tá muito curto não? – pergunto para a Hina e a Sofya, que estavam em chamada de vídeo comigo, passando a mão perto da barra vestido, tentando abaixá-lo. Já era o quinto "Look" que eu provava e não gostava por completo.

– Shivani, você está P-E-R-F-E-I-T-A – a Sofya diz e eu sorrio tímida .

– Se o Timothy não quiser te beijar, eu quero. – a Hina diz e eu a olho incrédula.

– TU NUM ERA HETERO, MULHER? –a Sofya basicamente berra.

– Eu sou hetero mas ao mesmo tempo Shivanisexual.

– MEU DEUS, HINA! – digo rindo – SHIVANISEXUAL ESSA É NOVA! – Caio na gargalhada junto com a Sofya que estava vermelha de tanto rir. – E que fique claro que eu não irei ficar com o Timothy, somos só amigos.

– Você dizia a mesma coisa com o Bailey e olha no que deu. – A Hina rebate e eu reviro os olhos. Não quero lembrar dele

– Mas é diferente, eu ainda gosto do Bailey e eu não irei usar o Timothy para esquecer ele. Seria muita sacanagem.

– Eu sei mas man down. – a Hina diz fazendo a Sofya, que já havia cessado a risada, voltar a rir desesperadamente. Se ela já estava assim sem qualquer hora de álcool no sangue, imagine quando tiver tomado alguns drinks. Deus me ajude!!!

    Escuto tres batidas na minha porta, era a minha avó avisando que o Tim havia chegado. Olho para as meninas que batiam palminhas animadas.Elas realmente gostaram do Timothy, não tinha como não gostar para ser bem sincera. Me despeço rápido das meninas, desligo a chamada e dou uma última olhada no espelho, esse vestido estava realmente valorizando minhas curvas. Mordo os lábios ao pensar em qual seria a reação do Bailey ao me ver assim.

Ai não, de novo não! – minha consciência quase berra.

   Quando saio do meu quarto vejo que ele está na porta conversando com o Maya, que ainda não estava dormindo. Sorrio mas vejo que a pequena não tinha gostado de não ser o Tio Bailey. Respiro fundo ao pensar no turbilhão de perguntas que a pequena iria me fazer amanhã.

(...)

NOTA DA AUTORA

Oii, gente. Esperem que gostem do capítulo!

Qual série na escola vocês são?

Beijinhos de glitter e até domingo!

O inesperado - Maliwal / ShivleyWhere stories live. Discover now