Capítulo 1: A pulseira

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— Você o chamou de caçador de fantasma? — pergunta retoricamente — adorei — comenta gargalhando.

— Se brigar com ele o faz emprestar o casaco, então você deve dar esse concelho para as doidas apaixonadas por ele — diz Violeta, comendo os amendoins que comprou.

Mas antes que desse tempo de eu rir, uma garota alta, ruiva e de olhos azuis, Leila, se aproximou junto com suas amigas.

— E então Ingrid Jones? Deixando muitas pulseiras nos casacos de garotos? — Pergunta terrivelmente aterrorizante.

— Hã... Como é que é? — pergunto confusa, na verdade, bem incomodada.

A ruiva se aproxima de mim com um olhar mortífero e sombrio, fazendo eu e minhas amigas estranhar a situação.

— Se quiser ele para você, primeiro vai ter que vencer a guerra, mas seria impossível comigo viva — informa, logo se distanciando e seguindo seu rumo com suas amigas.

Se eu soubesse que essa história do casaco era tão impactante para tantas pessoas, eu vendia para Hollywood.

— Essa Leila é doidinha pelo Arthur — comenta Priscila, rindo da ruiva.

— E o que eu tenho com isso? — pergunto confusa.

— Você meio que se tornou inimiga dela quando vestiu aquele casaco — Explica Violeta, dando de ombros.

— Só porque eu aceitei o casaco? É cada louco que aparece em minha vida — Digo tomando os amendoins de Violeta e começando a comer.

P.O.V: Arthur

No intervalo, geralmente, eu e meus amigos ficamos no pátio da escola, conversando ou jogando algum jogo, e foi isso que fizemos hoje, estava tudo indo bem, até vermos a Leila por meio a alguns alunos totalmente enfurecida, de uma maneira que dava medo.

— Acho que ela está assim por sua causa, galã. — comenta Paulo, dando uma cotovelada de leve em mim.

— E por que? — Pergunto, mas acho que sei a resposta. 

— Nossa, é um galã, mas é burrinho — brinca, Oliver, me fazendo revirar os olhos. — será que você não percebeu que a Leila está morrendo de ciúmes?

Francamente! Ciúmes? Por causa do casaco? Se eu soubesse que essa história é tão interessante, eu escrevia um livro sobre isso, imagina: O Casaco Dos Problemas. E olha que eu só fiz aquilo a pedido da minha mãe.

— Mas e aí, você não contou direito o que aconteceu — Diz Paulo, curioso.

E assim fui obrigado a contar a minha "briga" com Ingrid, e eles somente riram da situação, e não os julgo, aliás, eu faria o mesmo.

— Olha, mesmo sendo hilário o motivo da briga de vocês, temos que concordar que você foi um pouco cruel — Comenta Paulo, ainda rindo da história.

— Eu sei, acho que eu descontei o meu estresse nela — Digo, concordando com meu amigo. — Só que isso me trouxe consequências, porque daí minha mãe pediu para eu ser "cavalheiro" — explico, relaxando meus ombros.

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