▸Capítulo 26.

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ATENÇÃO!! Qualquer burrice sobre partos e pós partos que eu tenha cometido, me corrijam. :'( E EU SÓ REVISEI UMA VEZ PQ QUERIA MANDAR.




Jungkook não entendeu de imediato o que estava acontecendo, dava para perceber, mas ele sabia que era alguma coisa "ruim" a julgar por como seu rosto se contorceu numa mistura de medo e desespero. Aliás, levou quase um minuto de arfadas e choramingos para que ele entendesse.

É engraçado como as coisas acontecem sem que você entenda nada quando está vivendo algum sentimento muito intensamente. Naquele caso, Tae estava vivendo alguns. Dor e felicidade principalmente. Jungkook o socorreu, o levou para o hospital, falou com ele por horas (ou assim ele achava, não tinha noção nenhuma de tempo) e eles foram atendidos. Ainda assim, Taehyung só entendeu que estava na maca, com o médico demandando sua atenção, quando... Bem, quando ele estava na maca com o médico demandando sua atenção. 

Fora inevitável, ainda assim, que ver a agulha da aplicação da injeção anestésica o levasse para um outro dia, um que ele estava tendo dores absurdas e chorando de alegria. Não que hoje ele não estivesse feliz, mas as circunstâncias eram totalmente diferentes. Hoje ele realmente sentia a dor, quando naquele dia ele estava cego de felicidade. Hanu não tinha nada a ver com todo o seu drama, com toda a vida de merda que ele teve; ele não queria comparar os dois, ele se esforçava. Mas Sori vinha à cabeça, não tinha jeito nem de barrar aquelas ideias. Elas surgiam antes mesmo que ele as travasse.

Agora, no entanto, ele estava pensando em Hanu também. Em todos os momentos em que ele não quis ter um filho depois de Sori e nos que se recusava a dar um nome. Nos momentos em que os sonhos com Jungkook eram demais para ele, muita carga emocional - a pressão de vê-lo de novo, saber que eles têm algo em comum e que Taehyung precisava urgentemente contar (e no entanto, levou quatro meses para isso). No momento em que Jungkook descobriu tudo e foi mal, foi rude, mas foi real, de como ele voltou no outro dia parecendo um menino perdido. No quanto eles trabalharam juntos para mudar o quarto de Sori, e no quanto Taehyung chorou para doar as roupinhas e sapatinhos. Hanu ia ficar só com os brinquedos do seu primogênito, que não eram muitos também porque não deu tempo mimá-lo demais. Eles não estavam dispondo de muito dinheiro na época, embora Tae ganhasse bem. 

Taehyung já havia passado por muita coisa, e no entanto, aquela parecia a última gota. Ter Hanu era o seu limite, e se ele não pudesse ter isso, ele preferia não ter que acordar depois que fechasse os olhos de cansaço. Era ruim ter uma epifania e de uma hora para a outra aceitar a desistência, porque desde pequeno ele tinha um senso aguçado de merecimento. Sua mãe o ensinou que para se ter, você deve conquistar. Então desde os oito ele conquistava. Começou com pequenas coisas, como conquistar o direito de comer um bombom após o almoço, até conquistar a clareza de que se não for pra ser dessa vez, ele não terá outra oportunidade.

Não é que para viver ele precisava de Hanu. É que as coisas cansam um dia. Ele apanhou tanto, sempre se levantando do seu jeito torto... Esse golpe seria o último. Perder Hanu era a última coisa que ele podia esperar da vida.

Ele não sabia porque estava pensando em perdas, justamente agora que se encontrou nos braços de Gu. Piscou excessivamente com a ideia de não vê-lo de novo, de não ter Hanu com ele. Jungkook estava colocando luvas plásticas ao longe, tão longe...

Então sobre o açúcar depois do almoço, que ele estava pensando antes e tinha que conquistar para ter. Ele tinha que limpar seu quarto E fazer uma tarefa na casa. Limpar o quarto todos os dias, impecavelmente, era uma obrigação. Se ele fizesse a tarefa na casa mas não limpasse o quarto, tudo era invalidado, e ele não ganhava bombom algum. Geralmente ele guardava as louças (os armários eram embaixo da pia) ou limpava a sala. Ele levava horas para fazer uma limpeza, e mesmo que sua mãe fosse rígida, ela não se importava que ele demorasse, mas isso desde que fosse pela manhã. Após o almoço também não valia, afinal, depois do almoço era hora do pagamento. Assim, com tudo limpinho, ele ganhava o doce. E se ela estivesse se sentindo bondosa, dava umas moedinhas para que ele juntasse.

Begin -- jjk+kthWhere stories live. Discover now