Comings and goings ||Kakashi Hatake

Capítulo 8

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Chapter 8

Eu chorei por mais horas que poderia contar nos dedos, estava impressionada como ainda havia água pelo meu corpo. Não quis jantar. No dia seguinte não compareci nem no café da manhã nem no almoço, eu estava acabada. Estava em um jejum involuntário, apenas porque não queria olhar para a cara dos meus pais, mais especificamente de Heyoon.

Há 1 semana e meia eu estava dentro do quarto, sem receber visitas, sem trabalhar ou estudar. Não consegui sair da cama. Savannah Lynd tentara puxar assunto comigo, fez de tudo para que eu conversasse ou pedisse alguma coisa, mas eu não conseguia sequer abrir a boca.

Às vezes com raiva, às vezes depressiva, às vezes com tanta raiva que chorava. Peguei a outra carta do 3° hokage e abri, suspeitava que fosse o formulário de inscrição para o exame Chunnin. Eu não vou aceitar ficar presa nesse cativeiro.

Depois de uma luta entre meus sentimentos, decidi que a raiva iria me dominar. Eu não serei submissa. Comecei a pensar em formas para me livrar desse casamento arranjado, afinal...eu só tenho 6 anos, não irei me casar agora, esses planos só virão depois de velha, lá para os 20 ou mais, eu preciso virar o inferno em pessoa para que o príncipe me odeie tanto que implore aos seus pais para cancelarem o contrato, e enquanto aos meus pais, preciso transformar a vida deles num inferno também, com chantagens e birras. Vai dar certo, eu sei que vai.

Esse casamento arranjado pode me trazer benefícios enquanto não se concretizar. Olhei para o formulário de inscrição, não demorou mais do que 1 minuto para pensar na primeira chantagem.

-Bendito seja o terceiro que me fez essa proposta||murmurei.

Preenchi todos os dados e pedi para Savannah entregar à Eleanor. Repassei o endereço para ela, a carta deve ser entregue diretamente ao 3° hokage, quero que ele saiba da minha resposta desde já. Minha dama de companhia pulou do seu posto, pegou a carta e saiu correndo pela porta.

Pedi à um guarda que avisasse aos meus pais que eu requeria a presença deles neste exato momento, e deixei o motivo em segredo. Depois de dada a ordem, corri para tomar um banho rápido e pôr uma roupa mais apresentável. Eu sei que assim que fizer a ameaça, terei declarado uma guerra contra eles, e que assim seja.

Não demorou muito para que meu pai chegasse, ele entrou desconfiado no quarto e eu permaneci cética.

-O quê foi minha filha?||Ele quis saber, se aproximando de mim preocupado.

-Eu tenho uma condição para fazer em relação ao casamento||Falei, séria.

-Casamento?||Indagou com uma sobrancelha arqueada.

Curvei a cabeça, ele não parecia ter discernimento sobre o assunto.

-Sim, o contrato feito com o país da Lua para condenar a minha miserável vida em um casamento arranjado||Ironizei.

-Quem assinou esse contrato? Do quê você está falando?||Ele quis saber.

-Minha mãe, sua mulher, a Rainha de Kurisutarureiru. Estou falando que ela assinou o contrato e agora quando ficar mais velha terei que me casar com uma pessoa que eu não amo por causa de terras.

Ouvi a porta do quarto abrir e desviei meu olhar para Heyoon, entrando cautelosamente no quarto. A raiva no meu peito voltou a crescer, e a minha vontade de voar em um soco na sua cara também se intensificou.

-Que história é essa Heyoon?||Meu pai disparou, nervoso||Por que assinou um contrato sem falar comigo antes?

Ela bufou e me lançou um olhar gélido, que eu encarei com mais frieza ainda. Uma pessoa que eu não deixarei me intimidar fácil será ela.