Até o destino precisa de ajuda

Capítulo 17 - Quando chega a inspiração, tem que aproveitar

Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling, com exceção de Caroline Tonks, Hollie Carter, Susan Jones, Julia Simmons e Nicole Green, que pertencem a everard21. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Hasta el destino necesita ayuda" postada em 2014 no Potterfics por everard21.

Capítulo 17 - Quando chega a inspiração, tem que aproveitar.

A noite estava sobre ela, seu corpo descansava pacificamente aprisionando ao corpo de seu marido com suas mãos, mas sua mente não descansava. Um sonho extremamente estranho a invadia, era como se revivesse aquele primeiro momento em que expressaram o seu amor, mas não eram exatamente eles, eram espíritos ou corpos feitos de vento dando voltas ao redor do outro, vendo-se, insinuando-se, amando-se, uma união mais do que carne, algo maior, mais profundo, mais lindo.

Tonks abriu os olhos, examinou o escuro quarto, lembrando do que fizeram desde a tarde anterior até a madrugada. No relógio oscilavam as quatro da manhã, só tinha dormido algumas horas. Virou para o lado onde o companheiro jazia nu igual a ela, submerso em um profundo sonho. Sonho, lembrou-se de uma vez, esse estranho e colorido sonho que a tinha acordado. Nunca antes sonhou algo assim e algo lhe dizia que foi graças a noite que passou com Remus. Só de lembrar-se, sorriu travessamente, e então soube, tinha que retratar aquele sonho o quanto antes.

Levantou-se com cuidado da cama para não acordar o castanho. Procurou por todas as partes, mas só conseguiu encontrar as suas pantufas, então lembrou-se aquele não era o seu quarto e que sua bata tinha ficado jogada no chão da sala. Calçou as pantufas e saiu do quarto, no caminho procurando por sua bata, encontrou as roupas do homem espalhadas, realmente não tinham perdido tempo. Já mais vestida, foi até o seu estúdio, acendeu as luzes e, procurando as suas coisas, preparou uma tela para começar a pintar.

O sol começava a entrar pelas janelas da casa, e em seu quarto o homem acordava um pouco desorientado. Várias imagens chegaram como flashes de câmera, um traje sensual preto, a sua esposa flertando com ele, e a linda e atraente expressão em seu rosto enquanto transavam, sem dúvidas tinha sido só um sonho.

Mas se fosse um sonho, por que podia jurar que sentia aquele perfume doce da mulher? Por que estava sem roupa, sendo que ele nunca dormia assim? Abriu os olhos para examinar o quarto e quando viu, aquelas roupas que lembrou que estavam ali, jogadas e esquecidas no chão depois de cumprir a sua missão. Isso não tinha sido um sonho, era a pura realidade.

Levantou-se da cama depois de concluir que tudo que tinha acontecido era verdade, procurou entre as suas coisas pela cueca boxer e sua blusa. Já passava das sete da manhã quando saiu do quarto. Quando não a viu ao seu lado, pensou que talvez estaria no seu quarto ou no banheiro, então se surpreendeu quando percebeu sons vindos do seu estúdio. Sem perder tempo, subiu até o segundo andar onde encontrou sua querida trabalhando em uma enorme tela, parecendo muito animada. Pensou em cumprimentá-la para chamar a sua atenção, mas não precisou, ela mesma se deu conta, dando de cara com ele. Deixou o pincel e as telas de lado, correu para cumprimentá-lo pendurando-se em seu pescoço e o beijando na boca.

— Bom dia — cumprimentou a mulher depois de um tempo.

— Bom dia — respondeu — O que houve? Está bem feliz.

— E como não? Vem! — o aproximou-se da sua área de trabalho — Viu? — mostrou o que estava fazendo — Ainda não está pronto, claro, mas quando estiver, vai ser perfeito! Eu tive uma inspiração em um sonho depois de... Bom, do que fizemos. E quando acordei, comecei a trabalhar nisso, vai ser o que vou mostrar a Burbage, estou animada e tudo graças a você — voltou a beijá-lo.

— Que bom que consegui te ajudar — foi a primeira e única coisa que pensou em dizer — E acordou que horas?

— Umas quatro.