Capítulo 32 - Revelações

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Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling, com exceção de Caroline Tonks, Hollie Carter, Susan Jones, Julia Simmons e Nicole Green, que pertencem a everard21. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Hasta el destino necesita ayuda" postada em 2014 no Potterfics por everard21.

Capítulo 32 - Revelações.

Não devia demorar muito para que Remus retornasse do trabalho. Por pedido de Nymphadora, Andrômeda lhe ajudou a preparar um jantar especial, em parte porque não tinha muita experiência fazendo essas coisas, e também porque se distraía o tempo todo provando a comida. Não é que fosse ruim, mas naquele ritmo não terminaria nunca.

O jantar já estava pronto, assim como ela. Pensou por um momento em pôr um de seus vestidos, mas pensou que isso já seria muito suspeito. Então escolheu uma camiseta solta que a deixava confortável e suas clássicas calças. Estava sentada na cama, comendo alguns morangos com creme batido que ficou com vontade durante a tarde.

Estava nisso quando escutou um carro estacionar na frente da casa e pouco depois o som da porta se abrindo. Tinha chegado a hora. Sentindo-se nervosa, deixou os morangos sobre a mesa e foi recebê-lo.

— Olá, Remus, como foi o seu dia? — cumprimentou-o como costumava fazer.

— Olá, Dora — ele a cumprimentou também, aproximando-se para beijá-la na bochecha — Foi um bom dia, mas aconteceu uma coisa estranha.

— Estranha? Como assim? — disse com curiosidade.

— Bom, hoje era dia de Sirius fazer exame de rotina — começou a contar e ela ficou um pouco tensa ao lembrar do acontecido — Segundo James, tem que obrigá-lo a ir e ele não volta até o dia seguinte. A primeira parte aconteceu, mas algumas horas depois ele voltou, mas não foi isso o estranho, o estranho é que chegou cansado, calado, pensativo e até deprimido. Não lembro de já tê-lo visto assim.

— Tava tão mal assim?

— Sim, nem mesmo quis falar o que tinha acontecido. Nos preocupou que pudesse fazer alguma estupidez, mas não nos deixou acompanhá-lo, praticamente me expulsou.

— Nossa.

Parece que o que aconteceu com Hollie foi mais forte do que tinha pensado. Mesmo que seu tio dissesse que precisava arrumar, tanto ele quanto sua querida amiga eram dois cabeças duras. Talvez conseguissem ajeitar as coisas sozinhos, mas quando isso acontecesse seu filho já estaria na universidade. Seu filho. Toda aquela conversa a fez esquecer momentaneamente o que tinha que fazer naquela noite.

— Cheiro bom — comentou Remus, trazendo-a de volta à realidade — O que você cozinhou?

— Ah, não é nada. Só uma massa e alguma coisa que eu não lembro — foi até a sala de jantar.

— Não sabe o que cozinhou? — ele perguntou curioso e meio divertido enquanto a seguia.

— Bom, é que minha mãe me deu uma forcinha — foi sincera.

— E por que isso? — ela apenas deu de ombros, ele já saberia depois.

Remus ainda com a dúvida na cabeça, foi até a mesa e viu um prato com vários morangos e do lado um pote com creme batido.

— Que isso? — ele perguntou.

— Ah, só um capricho — ela não deu importância.

— Clássico desejo de grávida — disse em tom de brincadeira, fazendo com que ela soltasse uma risada nervosa — Bom, é melhor comermos antes que esfrie.

— Sim, mas antes queria falar contigo — Tonks sentou-se à mesa, séria.

— Certo, diga — ele também sentou-se, não era muito normal que aquela alegre jovem atuasse com tanta seriedade, devia ser algo sério.

— Bom, é que tarde, fui com Hollie e minha mãe ao hospital — começou — Não foi nada sério — acrescentou ao ver sua expressão preocupada — Lembra que nos últimos dias estive um pouco estranha?

— Foi fazer alguns exames então? — ele deduziu.

— Sim, eu já sei o que aconteceu. E na verdade é culpa sua — disse em brincadeira, era o seu jeito de liberar a tensão.

— Minha culpa? — ele repetiu sem entender.

— Sim, bom, lembra que uma vez me disse que queria ter uma família? — ele assentiu — O que você acharia de formar uma família comigo? — perguntou como se estivesse falando do clima.

— Tenho que confessar que não pensei que fosse você quem começaria esse assunto — Remus confessou — Bom, eu não acho que seja uma má ideia, só que agora a nossa relação não está tão...

— Isso é um não — ela disse inquieta.

— Não, claro que não — garantiu — É só que é uma decisão muito importante, e tem que pensar bem antes de dar esse passo.

— E se acontecesse, continuaria me amando?

— É claro que sim, isso nunca mudaria — aproximou-se para acariciar o seu rosto.

— E se não tivesse escolha? — comentou de novo nervosa, confundindo-o.

Antes que Lupin pudesse perguntar, ela pegou sua mão que estava a acariciando e com suavidade a guiou até o seu ventre. A atitude e a reação dela eram muito estranhas, o cérebro dele estava trabalhando para trazer sentido na situação. Depois de um tempo, ele chegou à conclusão que era a mais óbvia.

— Não — disse — Não pode ser.

— Foi o que eu disse, mas é — respondeu, sabendo por onde ia — Remus, estou grávida.

Mesmo com tudo isso, a notícia caiu como um balde de água fria. Tinha mesmo dito que estava grávida? Ia ter um filho, um filho dele, parecia tudo surreal, há pouco tempo tinham aceitado o que sentiam e agora estavam a ponto de ser pais.

— Não vai dizer nada? — perguntou ao homem que ficou calado — Olha, eu sei que nós nunca planejamos isso, mas não pode ser tão ruim...

— Dora — a interrompeu — Isso é bem inesperado — ele acariciou o seu ventre — Tem certeza que...

— Sim, é seu — disse automaticamente.

— Não! Tem certeza que tá grávida? — terminou sua pergunta.

— Claro que sim! Eu te disse que fomos no hospital!

— E você tá bem? Digo, a sua saúde?

— Sim, mas me deram uns suplementos pra tomar e outra consulta pra acompanhar.

Remus assentiu, não tinha ideia do que dizer. Em completo silêncio, foi se inclinando até encostar a testa no ventre dela. Sem poder evitar, começou a derramar algumas lágrimas, foi levantando-se lentamente diante do olhar estranhado de Dora, que não estava entendendo nada.

— Vamos ser pais? — disse com um leve sorriso.

— Sim — ela respondeu, mais relaxada ao ver seu sorriso.

Aproximou-se dela e deu um beijo em seus lábios. A situação era bem surreal, e a única forma que encontrou de demonstrar o que estava sentido era isso. O beijo continuou e se intensificou, acompanhado de carícias por parte dos dois. O jantar ficou esquecido.

Até o destino precisa de ajudaWhere stories live. Discover now