Até o destino precisa de ajuda

Capítulo 3 - Pondo-se em dia

Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling, com exceção de Caroline Tonks, Hollie Carter, Susan Jones, Julia Simmons e Nicole Green, que pertencem a everard21. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Hasta el destino necesita ayuda" postada em 2014 no Potterfics por everard21.

Capítulo 3 - Pondo-se em dia.

Domingo, belo domingo. Dia de tranquilidade e paz, um dia em que as pessoas costumam aproveitar para o relaxamento e introspecção, ou pelo menos deveria ser. Para o azar do castanho, parecia que o domingo era o dia ideal para perturbá-lo e levá-lo para o outro lado de Londres.

Não fazia muito tempo desde que terminaram de desfrutar de um dos deliciosos cafés da manhã de Lily Potter. Tinham sentado-se na sala, conversando e lembrando dos velhos tempos quando, sem aviso prévio, a porta da frente abriu-se e um homem de cabelos escuros e olhos cinzentos irrompeu de forma nada silenciosa na casa. Chegou com o argumento de que já que os marotos tinham se reunido depois de tantos anos, era hora de tomar o dia e fazer um esquenta. Sem esperar por uma resposta — porque sabia de antemão que seu amigo negaria por completo —, pegou Remus pelo braço e o tirou da casa. James Potter levantou-se do sofá, pegou as jaquetas dele e de Remus e seguiu os amigos com a desculpa de que ia vigiá-los. Uma vulgar e ofensiva mentira, já que Lily sabia perfeitamente que quem punha ordem no grupo era Remus, ele sempre foi o mais sensato.

O itinerário de Sirius Black não estava tão planejado como se poderia pensar, de fato só estiveram perambulando por alguns parques que costumavam frequentar, passaram um tempo observando uns centros comerciais, vendo tudo sem comprar nada, mas sobretudo estavam conversando e pondo em dia a vida de cada um. Qualquer um que os conhecesse, diria que era uma atitude não comum deles, mas Sirius só estava os distraindo, levando-os de um lugar para outro, já que a sua principal diversão não abria até as sete da noite. Essa era a hora mágica que Sirius esperava com ânsias. Fazia um tempo que queria levar os seus amigos para a farra e nem se importava que tivessem trabalho no dia seguinte.

Estavam terminando de comer algo tranquilamente em um restaurante quando o alarme do relógio de Sirius começou a apitar. Imediatamente o homem levantou da cadeira, chamou o garçom pedindo a conta que nem sequer viu, tirou várias notas — que esteve guardando para aquele dia —, que claramente era mais do que deviam pagar, dizendo apenas "fique com o troco", pegou os seus amigos e os levou dali praticamente arrastando-os, deixando para trás os pratos com comida pela metade e um garçom muito feliz. A hora mágica que estava esperando finalmente tinha chegado e agora a única coisa que o separava da diversão era o tempo que demoraria para chegar.

O clube que Black os levou era um particularmente novo, mas tinha aceitação de muitas pessoas, a prova disso era que não se passaram nem quarenta minutos desde a abertura e o lugar já estava praticamente lotado de pessoas — em sua maioria, jovens. Muitos dançando no ritmo da estrondosa música, as luzes fracas e lâmpadas de neon, outros no bar pedindo bebidas e outros mais espalhados por todo o lugar tentando flertar com alguém. Sem dúvidas um paraíso para Sirius Black, não era de se estranhar que em um momento investiu dinheiro para que o abrissem. Sem perder mais tempo, o moreno se dispôs a entrar na bagunça para buscar umas bebidas, sem importar-se que seus dois acompanhantes estivessem tão incômodos. Um porque se a esposa descobrisse, poderia se despedir da ideia de ter outro filho ou filha, e o outro porque se sentia muito velho para esses lugares.

— Vamos, seus estraga prazeres! Unam-se à comemoração! — ele reclamou ao ver a falta de entusiasmo e, segurando-os pela gola de suas camisas, os carregou por todo o lugar até o bar.

— Não sei como pensou em nos trazer aqui, Almofadinhas! — reclamou o castanho, levantando a voz para que o escutasse.

— Tranquilo, Lupin, só relaxa. Não é, James? — pediu ajuda a seu amigo, que o olhou de forma repreensiva.