Jeito certo.

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O almoço que Rafael havia preparado estava realmente gostoso, e apesar da vergonha de ele me achar gulosa, eu não disfarcei em repetir o prato

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O almoço que Rafael havia preparado estava realmente gostoso, e apesar da vergonha de ele me achar gulosa, eu não disfarcei em repetir o prato.
Depois de comermos, eu o ajudei a limpar a bagunça, e decidimos assistir algum filme, e eu fiquei bastante animada com a ideia, bem sabia o que acontecia quando duas pessoas que se gostam iam "assistir um filme". Ele colocou alguns travesseiros no sofá para ficar mais aconchegante.
Porém, ao contrário do que eu esperava, nós estávamos realmente assistindo ao filme, eu não conseguia não prestar atenção quando passava "brilho eterno de uma mente sem lembranças" e ele parecia ser tão fã quanto eu.

—Eu acho essa mulher incrivelmente maravilhosa— eu sempre assistia ao filme babando na beleza da Clementine.

—Ela é linda mesmo— ele respondeu admirado.
Ele estava encostado no braço do sofá e as pernas esticadas, e mesmo com receio eu havia me aproximado e me aconchegado ao seu lado, o que ele recebeu de bom grado me abraçando de lado e me puxando ainda para mais perto.
Em certo momento eu não aguentei mais sentir o seu corpo do meu sem fazer nada, eu já tinha visto aquele filme várias vezes, e decidi me distrair um pouco dele. Quando os carinhos em seus braços começaram ele já me olhou de lado, um tanto sem graça, mas fiquei feliz quando ele pousou sua mão em minha coxa, sinal de que estava retribuindo.
E como eu já sabia que era impossível tocar nele sem beijar ele, eu me inclinei perto de seu rosto o pegando de surpresa, mas que outra vez não recusou, e assim ficando por alguns minutos, nos beijos que sempre eram como o paraíso.
Eu tentava me posicionar mais para cima dele, mas ele sempre me mantinha no lugar, parecia relutante e cada vez eu ficava mais preocupada e insegura, me perguntava se ele não estava gostando.

—Vamos assistir ao filme— ele disse entre beijos enquanto mais uma vez empurrava minha cintura para sair de cima dele.

—Tudo bem— aceitei sem questionar, minha vontade era de correr ao banheiro para chorar, ele demonstrava gostar dos beijos, mas porque não me deixava aproximar mais? Talvez eu não fosse tão atraente quanto a Sarah.
Terminei o filme em silêncio, ele sempre comentava alguma coisa sobre, mas eu não respondia, não porque estava o ignorando, mas estava com vergonha dele, ele não me queria porque estava pensando nela? Provavelmente ele queria que ela estivesse aqui agora.
Quando o filme acabou, eu me levantei para ir ao banheiro, e quando voltei ele continuava deitando passando os canais na tv.

—Acho melhor eu ir para casa— disse tímida, parada na porta. Ele se sentou no sofá.

—Por que? Achei que iria ficar até amanhã, foi o que combinamos— ele parecia chateado, mas homens sabiam fingir bem, eu sentia que ele queria que eu fosse embora.

—Sei lá, não quero te incomodar— olhei para meus pés. Ele se levantou e veio até mim, segurou em meu queixo e levantou minha cabeça para olhá-lo.

—Você não me incomoda, Sam— ele fez carinho na minha bochecha com seu polegar— muito pelo contrário.

—Pensei que talvez você quisesse ficar sozinho— dei de ombros.

A Irmã ExemplarWhere stories live. Discover now