A pessoa certa.

125 13 2
                                    

•Bad things- Camila Cabello•

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

•Bad things- Camila Cabello•

Depois de apenas ignorar o comentário da tal Malu, eu fiquei mais alguns minutos praticamente em silêncio ao lado delas, até Nicolas voltar e eu finalmente me levantar para ir embora.
Ana e Monalisa foram simpáticas ao se despedirem de mim, mas a que aparentemente odiava minha irmã mal olhou para mim, deu apenas um sorriso fraco e forçado.

–Cara, me desculpa por ter vindo aqui, eu percebi sua cara de tédio– ele disse assim que passamos pelo portão– é que fazia um tempo que eu não me encontrava com eles, e estavam ali do lado– eu quase revirei os olhos enquanto ele se explicava, mas não quis ser rude.

–Não, tudo bem, eu entendo– o olhei sorrindo– as meninas foram legais até.

–Sério? Achei que você não ia se dar bem com elas.

–E mesmo assim você me deixou lá sozinha com elas?– perguntei um pouco indignada, e ele contraiu os lábios fazendo uma expressão de "fudeu".

–Não, não foi o que quis dizer– ele riu– é que sei lá, você não parece que sai com esse tipo de gente, tenho certeza que seus amigos são bem diferente de nós.

–"Esse tipo de gente"?– perguntei, apesar de concordar com ele, eram estilos diferentes. Eu nunca vi a Raquel, o Luan, ou qualquer colega da escola fumando maconha.

–Ok, vou falar o que eu achei de você sinceramente– ele disse como se estivesse perto de confessar um crime, e eu fiquei tensa com medo dele ter tido uma má impressão– você é meio certinha e patricinha, seu tipo de rolê não deve ser ficar andando atoa pela rua ou numa quadra fumando– não bastava o Luan, e agora ele também me achava uma patricinha, eu odiava isso– seus amigos devem ser assim também, aposto que vocês só vão à shows ou lugares chiques.

–Totalmente errado– eu parei de andar e fiquei de frente dele, pronta para dar um sermão, ele tinha me irritado– primeiro que eu não sou patricinha, não fala mais isso, você não me conhece, e segundo... você errou meu tipo de rolê, eu nem saio de casa– comecei sendo mais brava, mas decidi dar mais um ar de brincalhona no fim, pela cara de assustado que ele fez.

–Me desculpa se te ofendi– ele levantou as mãos em sinal de redenção– não era a intenção, foi mal mesmo– ele pareceu sincero, e tinha uma expressão preocupada.

–Está tudo bem, eu só não gosto que tirem conclusões precipitadas– nós voltamos a andar lado a lado.

–Ok, foi um pouco chato da minha parte– admitiu ele– mas eu também não sou muito de sair, prefiro ficar em casa como você.

–É, mas você faz isso por opção– a julgar pela quantidade de amigos. Qual é! Quem precisa de um grupo com 7 pessoas? Isso se ele não tivesse mais.

–Como assim?

–Nada não– ele não precisava saber logo de cara que eu era uma perdedora que nem conseguia fazer amizades.

A Irmã ExemplarWhere stories live. Discover now