37. Erased memories

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OBS: LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Me sentei na poltrona ao lado do loiro, puxando o cinto de segurança da cadeira com minhas mãos inquietas em seguida e suspirando fundo em nervosismo.

— Tem medo de altura, Binnie? – soltou um riso baixo ao analisar minha expressão assustada.

— Não é isso Lix... é que sei lá, esse sonho vem me incomodando há semanas e te atormentou durante anos. – arregalei os olhos, inspirando e suspirando o ar de forma pesada durante os breves segundos nos quais permaneci em silêncio.

— É um pouco assustador saber que a resposta de tudo isso pode estar há poucas horas de distância, não? – questionou, e eu assenti.

— E além disso, talvez o que estamos buscando seja assustador, e se escutarmos algo que não queríamos ouvir?

— Pare com isso Changbin! Nós estamos procurando pela resposta, teremos que aguentar, seja lá o que for. – disse em tom confiante, dando de ombros.

Parece até que isso estava me afetando mais do que a Felix, o que de certa forma é preocupante. Eu me aflijo por sua causa, tenho medo que, se caso esse pesadelo realmente tenha um significado, ele descubra algo que o deixe mal ou que o machuque,
porque eu sei o quanto meu coração se parte quando o menino demonstra tristeza, e eu só quero protegê-lo disso.

— Você tem razão. – sorri para si, tentando me manter positivo, afinal, não queria acabar com suas expectativas.

— Eu sempre tenho razão. – falou convencidamente, também com tom de ironia é claro.

— É sério Lix. – soltei um riso nasal, segurando em sua mão — Finalmente vamos poder dormir em paz!

— Pois é, assim eu espero. – abriu um grande e esperançoso sorriso, contagiando-me com sua alegria e me provocando um sorriso também.

— Esperamos.

Depois disso passamos um tempo conversando, Felix me contou sobre alguns lugares de Sydney os quais ele queria me levar neste fim de semana. Após algumas horas no avião o garoto adormeceu, e eu fiquei ali com meus fones de ouvido, ainda muito pensativo e sem absolutamente nenhum sono. Permaneci escutando música por um certo tempo, até que uma sensação estranha começou a tomar conta de meu corpo, minha visão borrou e meu estômago começou a revirar. De início estava apenas ignorando, mas com o passar dos minutos o enjoo me incomodava cada vez mais, e eu pressentia que a qualquer momento poderia vomitar.

Retirei o cinto e me levantei da poltrona, quando senti uma tontura imediata junto com o escurecer de minha vista, que demonstravam minha pressão caindo, entretanto, depois de breves segundos ela pareceu melhorar um pouco, logo, caminhei rápida e desajeitadamente pelo corredor até chegar no banheiro do avião. Assim que cheguei tranquei a porta, virando-me e sentindo uma fraqueza tomar conta de minhas pernas, o que me fez cair sobre meus joelhos na frente do vaso. Não levou sequer um segundo para que eu vomitasse tudo o que havia comido no dia além de muita água, e  foi nesse exato momento que eu me recordei de não ter comprado os remédios que me foram passados naquela manhã.

Assim que meu corpo liberou tudo o que podia eu tentei levantar, porém além de ainda não ter forças o suficiente para isso, minha pressão estava baixando novamente e meu campo de visão começou a escurecer mais uma vez, o que não durou muito já que logo caí ali mesmo e apaguei.

[...]

Despertei no chão do banheiro com os olhos semicerrados, tendo certa dificuldade em me levantar dali, ademais de uma tontura que se fez presente quando finalmente fiquei de pé.

Straight  ༄ changlixOnde as histórias ganham vida. Descobre agora