Fim da paz

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Perceber e aceitar que de fato estou me apaixonando por Park Jimin me parece um absurdo em um primeiro instante. Mas já estou me acostumando, mesmo que lentamente, ao fato de que esse loirinho é irresistível demais para que isso não acabasse acontecendo em um momento ou outro.

Jimin me faz bem, ele me faz rir por coisas bobas, me faz sorrir como um idiota somente por conta de sua presença, me deixa parecendo um tolo por ficar o observando. Ele me faz feliz de uma forma que nenhum outro alguém fez.

Não desse jeito.

Romanticamente falando.

Mais um mês se passou. Mais beijos aconteceram também, afinal estamos a cada dia mais próximos e os beijos simplesmente acontecem, tal como os toques simples ou ousados, inocentes ou repletos de malícia. É bom saber que Jimin me entende da mesma maneira que eu o compreendo.

Simplesmente bom.

Tivemos outros momentos mais íntimos, agora Jimin quase mora em meu apartamento de tanto tempo que passa lá junto a mim. Mas nós ainda não fomos até o final, se é essa a dúvida da maioria. Quase aconteceu, isso posso afirmar com toda certeza do mundo, mas... o máximo que realmente rolou foi oral. É estranho falar sobre isso, mas, é verdade mesmo.

Vou admitir aqui uma única vez: eu chupei um homem. E tudo bem que esse homem foi Park Jimin, mas não deixa de ser estranho para mim o fato de que eu coloquei o pau de outro cara na minha boca.

E pior que isso: eu gostei disso. Gostei tanto que nem quero mais que Jimin faça oral em mim, eu é que quero fazer nele. Céus! Isso soa tão errado, não é?

O que importa é que tudo com ele é muito simples e leve, Jimin me faz ter essas novas experiências mais do que prazerosas e depois ele que fica todo tímido, dizendo que só por eu ter gostado já valeu a pena.

Bom, sexo oral não foi a única descoberta que fiz. É um pouco vergonhoso falar sobre tudo, mas vamos lá! Teve um dia em que Jimin me vendou e me prendeu na cama, dizendo que a única coisa que eu faria seria sentir. Ele me tocou por inteiro — e quando digo por inteiro, é por inteiro mesmo — e foi uma das nossas melhores noites.

Outro dia ele me fez... como posso dizer? Prepará-lo? Sabe, colocar os dedos dentro dele e tal? Pois é, ele disse que era importante eu saber disso antes de chegarmos ao ponto de realmente transar. Como eu disse: tudo com Jimin é simples e leve.

E teve algumas outras experiências prazerosas também, mas... as sentimentais foram muito mais assustadoras e, ao mesmo tempo, libertadoras. Porque, veja bem, eu não estou adaptado a ter um romance com outra pessoa, então quando me vi em uma loja escolhendo um presente para o Park, me senti... esquisito, porém muito bem. E ele adorou o presente, então tudo valeu a pena.

Olhar filmes com ele se tornou rotina também, assim como encontrá-lo para o almoço ou jantar, passear aos fins de semana e, o principal de tudo, dormir agarradinho com ele quase todas as noites.

Secar suas lágrimas também entrou em vigor em um desses dias, quando Dahyun resolveu incomodá-lo um pouco mais e isso o desesperou. A ideia de precisar denunciar meu próprio amigo foi insana em um primeiro momento, e mesmo que Jimin tivesse dito que não havia necessidade de tanto, isso ainda rondava minha mente diariamente.


Jimin

| Quer dizer que você daria para mim?


Ah, isso é outra coisa que também havia se tornado rotina: troca de mensagens.

Eu estou no trabalho, Jimin deveria estar estudando, mas estamos conversando. Acabei resolvendo que faria todas as disciplinas desse semestre da faculdade à distância, pois elas são mais teóricas e não há necessidade de eu estar presente. São apenas cinco matérias e todas elas falam mais sobre a história da fotografia e da arte do que qualquer outra coisa.

Namorado Por Encomenda | jjk + pjmWhere stories live. Discover now