Ele se recordaria de quem eu realmente era. Todos se lembrariam, incluindo eu. Alguém que se deveria temer.

— A guerra está próxima, e eu não sei se uma morte lenta e dolorosa está permitido para a situação. — ela murmura, perdida em pensamento protegido pela redoma de sua mente, que nem mesmo consegui ler através da ponte.

— Ele irá morrer, anjo. — eu digo baixo. Outra promessa. Uma que eu ficaria mais que feliz em cumprir. Callyen pisca uma vez antes de descer os olhos escuros para os meus. Algo completamente feroz sibila em seu olhar, algo que ao havia visto queimando e sondando no olhar de Amren quando ela era o mostro preso num corpo pequeno.

— Eu sei, eu vou mata-lo. — o brilho mortal cintilou, novamente, por trás do escuro de seus olhos. Famintos e sedentos, algo que, lutava para se soltar.

Eu não duvidei que ela faria isso. Ou que ela seria capaz de queimar Ykner apenas pela força de vontade que borbulhava como um animal enjaulado atrás de suas íris negras. Mas, se eu pudesse faria isso. Por ela. Porque, algo me dizia que Callyen se perderia, e eu não iria deixar ela queimar junto.

Me levanto, segurando seu corpo junto ao meu enquanto ela prende as pernas ao redor da minha cintura, quando eu a sentei sobre a mesa, puxando-a para a beirada, enquanto eu me mantinha entre suas coxas, puxando as pernas para se encaixarem ao meu redor. Inspiro profundamente, puxando o cheiro inebriante de sua pele para mim, antes de morder a pele exposta sobre a veia pulsante em seu pescoço, a fêmea estremece abaixo de mim, e eu sigo a trilha de volta aos lábios avermelhados e macios, afirmando que eu não terei o suficiente dela nunca.

Gemo audivelmente quando ela gruda os lábios nos meus, puxando o beijo de forma profunda e necessitada, quase desesperada. E eu a acompanho, fechando as asas ao redor quando subo as mãos para livrar do tecido de sua camisa, apreciando a forma como a pele arrepia abaixo do meu toque, e como ela suspira contra mim. Pesco seu lábio inferior com os dentes para traçar a ponta da língua por eles logo depois, invadindo para dentro de sua boca, minha outra mão subindo pela curva de sua coxa, para seu quadril puxando-a mais contra mim, e Callyen suspira contra minha boca.

Eu queria toma-la. Novamente. Eu não me sentiria satisfeito com ela, com seu corpo e gosto. Talvez porque a fome por sua parceira fosse um instinto animalesco que não havia como ser parado, ou talvez eu apenas não quisesse. E eu estava mais inclinado a segunda opção de qualquer maneira. Especialmente porque eu não havia sentido tamanha fome durante todos esses séculos. Mesmo com a paixão platônica que havia nutrido em relação a Mor eu tive outras fêmeas, entretanto, nada se compararia ao sentimento ou ao desejo que estava me consumindo agora. Era algo se significância se comparado a fome bestial que tinha em relação a Callyen.

E eu poderia ser um maldito egoísta por não me sentir satisfeito, eu concordaria com quem dissesse de qualquer forma. Eu adoraria o corpo e alma dessa fêmea, apenas porque eu podia fazer isso, apenas porque ela era minha para que eu fizesse isso.

Puxei sua camiseta por seus braços, livrando-a da peça, antes de beijar sua garganta, quando ela expôs a pele branca de seu pescoço. Eu a senti tremer abaixo de mim, quando eu arrastei a língua pela pele em sua clavícula esquerda, e depositei um beijo em seu esterno, apreciando o calor que emanava de sua pele. Suguei seu seio e ela arfou, arqueando a coluna, empurrando para mim. Desci as mãos pelas laterias de seu corpo, enganchando os dedos no cós de sua calça antes de puxar pelos quadros que ela ergueu para ajudar, para logo após, também me despir. Desci sobre meus joelhos a sua frente, o maldito sorriso predador rasgou meus lábios novamente, apenas pelo brilho de desejo que cintilou no canto de seus olhos, quando eu beijei seu tornozelo, minha mãos raspando sobre sua pele lisa num contraste com a pele rígida das minhas cicatrizes. Eu quase nunca ficava sem as manoplas ao redor das minhas mãos, não por estética, e também por elas conterem os sifões mais importantes para direcionamento do poder dominante. Mas eu não poderia sentir a mesma vergonha dessas cicatrizes ao redor de Callyen, não quando ela não tinha mais vergonha das suas ao meu redor. Com isso eu me deliciei com o arrepio em sua pele quando eu apertei as sobras de seus joelhos e a puxei um pouco mais para a beirada da mesa, observando com um rosnado mal contido o brilho úmido em sua intimidade, antes de inspirar seu cheiro doce e inebriante para então deixar um lambida lenta.

Pela Mãe, nunca seria o suficiente, nunca teria o suficiente de você, anjo.

Lancei de volta para ela depois de sentir seu gosto em minha língua quando ela quebrou, e quando eu me encaixei dentro dela sobre a maldita mesa.

— Malditamente linda. — rosnei contra a pele do seu pescoço quando eu enterrei meu nariz ali, enquanto eu me movia para dentro de seu pequeno espaço apertado, mas quente e acolhedor ao meu redor. Me impulsiono contra seu corpo, permitindo e adorando que ela toque as extensão das minhas asas e arranhe a pele das minhas costas. Uma coisinha pequena e provocadora. Ela grita quando eu me choco contra sua intimidade e ambos quebramos logo depois, suas unhas em meus ombros deixando marcas e eu prendo meus dentes em seu pescoço, marcando a pele branca e me sentindo um bastardo orgulhoso sobre isso. — O que você está fazendo comigo, anjo? — questiono profundamente, tocando sua testa com a minha, mergulhando na intensidade de seus olhos negros.

— Você me disse que eu estava salvando você algumas vezes. — ela diz e eu posso ouvir o tom do riso em sua voz doce. Eu disse isso a ela apenas porque era verdade, e ela poderia ter levado isso com ela.

— Sim... — deito um beijo casto no canto de sua boca carnuda e bem delineada. — Apenas por que é verdade.

 — Apenas por que é verdade

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Príncipe das SombrasWhere stories live. Discover now