É um instinto especial, sabe?

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E meu corpo reage a cada toque... você me chama como bem entende,

trazendo à tona aquela sensação estranha e desconhecida.

Eu sinto teus lábios sobre os meus,

o sussurro da tua boca me leva a um lugar no qual eu me perco...

eu me vicio.



A pequena aglomeração na praça já havia sido dissipada e Park Jimin já se encontrava dentro do castelo, acomodado em seus aposentos. Ouvia atentamente cada palavra vinda do melhor amigo à frente, que lhe informava sobre cada acontecimento ali, vivido.

— Então pelo visto Jaebum tomou jeito... menos mal, assim fica mais fácil de lidar com ele.

— Vamos com calma. Ele pode não estar se encontrando com o Choi e cumprindo com seus deveres, mas isso é o mínimo, não?

— Deveria ser o mínimo, mas não para Jaebum e sabemos disso. — Jimin levantou-se da cama, caminhando até a enorme janela. — Ele estar andando nos trilhos está te irritando, não é mesmo?

— Não é isso... Só não quero que Jinyoung se engane com ele.

— Chanyeol... não vamos mais nos meter na vida de Jinyoung. Meu irmão completará 19 luas daqui alguns meses, já é grande o suficiente para saber o que faz da sua vida.

— O que houve com você?

— Prometi a Jinyoung que não iria me meter na vida dele e não farei.

— Não irá se meter, mas continua dando ordens para que Namjoon fique de olho em Jaebum.

— Jaebum é diferente de Jinyoung.

— Que seja!

Jimin observou o modo irritado do maior, estranhando o tom algumas oitavas mais altas. Analisou-o dos pés à cabeça, era claro que um mês longe do outro, não eram o suficiente para não o reconhecer como a palma de sua mão. Muito pelo contrário, Chanyeol continuava o mesmo e ser o mesmo; cúmplice de Jimin.

— O que houve com você?

— Nada.

— Fala!

Jimin o olhou sério, porém o mais velho não se intimidou. Chanyeol levou seus dois braços para trás, ficando em uma posição de sentido desnecessária na visão do Park. Ao notar o olhar cabisbaixo, o príncipe aproximou-se com rapidez, puxando o braço esquerdo e desabotoando as casas dos botões da blusa que o outro usava.

— Jimin, para! — Ditou entre dentes, puxando o braço, porém não obtendo sucesso.

— Qua-quando foi isso...? — Engoliu seco, à medida que as palavras pareciam ter saído sozinhas de si, sem esforço algum.

— São só... três pétalas.

— Chanyeol! Vo-você...

— Não dá para fazer nada, Jimin.

Chanyeol sussurrou, notando os olhos do amigo caírem sobre os desenhos grifados em sua pele. Fechou os olhos ao sentir as pontas dos dedos caírem sobre si.

— Você não pode morrer! Eu não... eu não aceito isso! — A voz saíra em seu tom de desespero palpável, causando agitação em ambos os corações, que pareciam sentir cada singelo sentimento.

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