14 - My dear London

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- Muito bem, e a senhora?

- Muito bem também, obrigada. - ela sorri para a nora. - Henry! Meu pequeno Henry. - ela o abraça. - Quanto tempo querido, da última vez que nos visitou Michael ainda estava do tamanho de uma jaca.

- Já lhe disse mamãe, estava muito ocupado com o trabalho. Me esforcei muito para estar aqui hoje.

- Vocês poderiam morar mais perto, assim poderíamos nos ver com mais frequência.

- Mamãe, por favor. Não vamos discutir isso agora, é a semana de Clarissa, não vamos arruiná-la. Falando nisso, onde está seu noivo, Clares?

- Joshua está ocupado hoje, infelizmente não poderá estar presente. Teve que sair a negócios com o Visconde Bassett.

- Oh sim, entendo. E papai?

- Está na sala dos fundos aguardando por vocês. Vamos, entrem.

Enquanto os Williams entravam em sua casa durante um lindo dia ensolarado para futuramente comemorar o noivado de Clarissa, na mesma cidade, a alguns quilômetros dali, o duque estava arrumando suas coisas para partir de volta aos Países Baixos, nada convencido por seu mordomo.

- Garret! Garret! Venha aqui, por favor.

O empregado aparece na porta de seu quarto.

- Sua graça. - ele o reverencia.

- Pergunte aos outros se minhas roupas de viagem estão na lavanderia, por favor, não estou encontrando aqui.

- Claro, sua graça. - ele o reverencia novamente e se retira.

Ruel partiria aquela tarde, precisava apenas terminar de arrumar seu escritório, achar suas roupas e então estaria pronto para ir embora de sua tão amada Londres. Se sentiria melhor longe dali, longe do caos, longe de...

- Sua graça? - Garret havia retornado - Suas roupas foram encontradas na lavanderia.

- Muito obrigado. Irei buscá-las assim que terminar o trabalho em meu escritório.

- Na verdade, sua graça, Sra. Newton mandou avisá-lo que não precisa ir até lá em baixo, ela mesma as trará em breve para seu quarto. Se o senhor concordar, é claro.

- Tudo bem, então. Diga a ela que lhe agradeço.

O homem apenas o reverencia e se retira do cômodo. Ruel aproveita para ir até o escritório, precisava colocar o resto de suas coisas na mala. Sua velha Amsterdã o aguardava.

Depois de tanto mexer em papéis, separá-los em pastas e colocar as pastas em malas, Ruel escuta passos firmes se aproximando, para então a figura de Anthony aparecer na porta.

- Sua graça. - ele o cumprimenta. - Como está?

- Indo, e você?

- Garret está indo bem com a administração da arrumação da casa. Ainda tem certeza de que deseja partir?

- Toda.

- O senhor não prefere...

- Anthony. - ele o interrompe - já disse que iremos embora. Agora tenho muito o que fazer aqui, se me permite... - ele aponta para a saída.

- É claro, com licença. - ele caminha para se retirar.

Quando Anthony já estava quase na porta, leva um susto com um barulho denso de algo batendo contra a madeira vindo de trás dele. Virando-se, se depara com Ruel praticamente debruçado sobre a mesa, com o rosto contorcido de dor.

- Sua graça! - ele corre em sua direção - Por Deus, o senhor está bem? O que aconteceu? Sente-se, por favor.

- Estou bem, Anthony. Me deixe.

Through the time • RuelWhere stories live. Discover now