Os olhos negros do macho se mudaram para Callyen, e o sorriso predatório aumentou quando eu avancei em sua direção. Uma maldita força me prendeu no lugar, me tornando incapaz de atacar e cortar sua garganta apenas pela forma como o macho a observava. Então eu soube, quem o desgraçado de fato era.

— Eu não faria isso. — o macho adverte quando eu tento me mover novamente, mas sei que a advertência não era para mim. Ao meu lado Rhysand ainda rosnava em direção do macho e de Callyen que ainda mantinha Feyre num aperto de morte. Eu sabia, todos sabíamos que Feyre já poderia ter atravessado para longe do aperto, se não tivesse algo de errado.

— Quem é você? — Cassian questiona, avós tenda e o corpo ainda mais. Todos estávamos presos num poder invisível. Até mesmo Rhysand não conseguia dar que mais poucos passos adiante antes de estancar novamente sob o olhar negro do macho, que riu em escárnio.

— Bem, achei que fossem mais espertos para saberem isso. Mas agora, vendo o quanto o demoraram para tentar burlar minhas runas... Não creio que meu pai fora derrotados por criaturas como vocês.

— Ykner. — o nome sibilou ao meu lado quando Rhysand diz.

— Desculpem-me, mas não tenho tempo para apresentações, Grão Senhor.

— Solte-nos e nós nos apresentamos como deveríamos. — Rhys diz num rosnado baixo e sombrio, o desgraçado a frente solta uma nova risada. Eu não ligo. Por mais que eu deseje rasgar a garganta do desgraçado de uma orelha a outra, e pela Mãe eu faria isso, agora, eu queria - precisava - trazer Cally de volta.

— Receio que isso não será possível. —  o macho diz, não deixando claro se para Rhysand ou para meus pensamentos, entretanto.

Ykner se aproxima de minha fêmea, o desgraçado teve a ousadia de toca-la. E sorri ainda mais quando tento me livrar das amarras invisíveis que me me mantém preso no lugar, rosnando na direção do desgraçado.

— Não toque nela. — sibilo em sua direção.

— Oh, então você é maldito bastardo que a roubou.

—  Eu não a roubei de você... Ainda estava claro quando ela fugiu de suas mãos. — cuspi de volta, e o desgraçado ainda sorriu.

— Então nada mais justo que ela voltar para onde pertence. — ele diz se aproximando um pouco mais de Callyen, que segurava uma Feyre desacordada. — Mate todos.

Isso não deveria acontecer. Ainda que Ykner fosse estivesse mantendo seu feitiço para nós manter sem movimento algo se desfez quando ele ordenou o ataque, principalmente quando ele ordenou Callyen. Eu senti, o Poder emanando pelo lugar quando eu via os outros já em batalha contra os soldados inimigos, Cassian já estava com as mãos manchada de sangue negro, a mesma coloração do sangue dos soldados que atacaram Velaris.

Amren e Morrigan tinham ido ao socorro das fêmeas no campo a frente que estavam cercadas pelo inimigo. Nesse momento, estávamos apenas Rhysand e eu prontos para arrancar a cabeça de Ykner de seus ombros. E eu faria isso, se ela não entrasse na minha frente. Os olhos completamente negros, os cabelos bagunçados erguidos ao vento, mesmo que agora já não ventasse, as gavinhas de Poder negro em sua pele, como veias finas correndo por seu sangue consumindo.

Quando ela soltou Feyre, jogando o corpo de minha senhora longe, Rhysand a alcança antes que ela se choque contra o tronco de um dos pinheiros e avançou contra mim eu tentei chama-la através da ponte. Eu gritei para ela e o silêncio e escuro que me recebeu do outro lado foi esmagador. Ela não estava lá.

Callyen me ataca, as mãos em garras que passam raspando em meu pescoço, e eu me abaixo, segurando seu punho e girando-a junto comigo, e a prendendo em um aperto. Suas costas grudadas em meu peito.

Príncipe das SombrasWhere stories live. Discover now