Capítulo 58

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Jamie Dornan

Por volta das dez da noite, Dakota volta. Estou sentado numa das poltronas do quarto dos meninos. Eles já dormem.

- Que cara é essa? - pergunto para ela, depois de a beijar.

Seu rosto parece confuso, triste. Um misto de emoções.

- Nada. Só estou cansada.

Ela olha para a cama no meio da cama de Zoe e Jack.

- Eu mandei colocar. Não ia deixar a minha mulher dormir numa poltrona nada confortável.

Ela ri e esconde o rosto no meu peito.

- Dak, amor. Me conta o que se passou. Foram as meninas que não reagiram bem a você vir aqui passar a noite?

- O quê? Não! Elas até reagiram muito bem. Queriam vir até os conhecer, mas eu disse que hospital não era lugar para crianças.

- Aposto que Elva perguntou 'Então porque nascemos num?'. - ela ri e olha para mim, confirmando. - Eu também já lhe disse isso e ela fez-me a mesma pergunta.

- Não sei como ainda me surpreendo com as perguntas delas. - ela fica séria de repente.

- Tem a certeza que não me quer contar?

- Não agora. Vá para casa, descanse. Ah, as meninas disseram para você passar no quarto deles e lhes dar um beijo.

- Eu vou fazer isso.

Ajudo Dak a deitar.

- Amanhã pela manhã, estou aqui, para dar alta a Jack. Assim você passa o dia em casa com as meninas e ajuda ele se adaptar.

- E Zoe? - pergunta olhando para a garotinha.

- Amanhã era a minha folga. - ela me.okha brava. - Só vou dar alta a Jack e depois fico com Zoe.

- Você pode ficar com Jack...

- Não. - eu a interrompo. - Você consegue lidar melhor com as meninas do que eu. - mexo nos seus cabelos. - Eu fico aqui. Não se preocupe.

- E quando Zoe terá alta?

- Como eu sou um excelente médico e ela vai ter a sorte de ir para a minha casa, talvez amanhã, para o final da tarde. Depende de como passar a manhã.

- Você é muito convencido, sabia?

Beijo a sua testa.

- Eu posso ser convencido, mas você me ama na mesma. - ela sorri e fecha os olhos. - Agora vamos dormir.

- Você pode ir indo.

Só vou embora quando tiver a certeza que você eata dormindo. - ela bufa, mas não diz mais nada.

Continuo os carinhos nos seus cabelos. A sua respiração vai ficando mais tranqüila. Depois de uns dez minutos, me levanto da cama, dou um beijo nos seus lábios, um beijo na testa de Jack e de Zoe e saio do quarto.

Passo pela sala de enfermagem e aviso a enfermeira de plantão sobre Dakota estar a dormir naquele quarto, então para não fazerem muito barulho, quando lá forem.

Entro no meu carro, depois de ter passado pelo meu escritório e ter deixado o jaleco e pegado minha pasta. Dou partida e sigo até casa. O trânsito está tranqüilo, mas também ja era de esperar, já que são quase onze.

Quando paro o carro na garagem da casa, apenas a luz da entrada está ligada. Entro com cuidado em casa, mas logo alguma coisa está a chocar com as minhas pernas.

- Papai! - olho para baixo e vejo a minha loirinha número dois, Harriet.

- Hey, princesa. - pego nela ao colo. Cheiro o seu pescoço. - Hum... Você cheira bem!

- Mamãe me deu banho.

- E você não devia de estar na cama.

- Vim beber água.

Às vezes até me esqueço no quanto as minhas filhas são dependentes.

- Vamos voltar a dormir então? - pergunto, já subindo as escadas.

- Posso dormir com você?

Eu não costumava deixar elas dormirem comigo. Apenas abria uma exceção quando estão doente ou quando estava a trovejar, mas desde que Dak entrou nas nossas vidas, isso mudou.

- Pode sim filha.

- Só vou buscar Filippo. - ela diz se referindo ao seu coelho de pelúcia.

A coloco no chão e ela vai até ao seu quarto buscar o coelho. Enquanto isso, eu entro no meu, tiro a roupa e visto uns calções de dormir. No lado onde Dakota costuma dormir, faço uma barreira com almofadas.

Eu sei que ela vai dormir agarrada a mim, mas eu prefiro me prevenir. Quando Har volta, já eu estou deitado na cama, apenas com o abajur ligado. Ela se deita ao meu lado e se aconchega a mim.

- Com foi o dia hoje?

- Foi normal. - ela diz, fazendo desenhos imaginários no meu peito.

- Não fez nada de especial?

- Não. Eu senti a falta da mamãe e de você.

- Eu sei, princesa. Mas a partir de amanhã vai mudar. Eu prometo.

Ela levanta a sua cabecinha e me olha, com expectativa.

- Podemos ir de férias, outra vez.

Rio da sua pergunta e bato meu indicador na ponta do seu nariz.

- Não, amor. Papai tem que trabalhar é resolver uns problemas.

- Porquê?

- Porquê o quê?

- Porque você tem que trabalhar?

- Você gosta de comer chocolates né? - ela balança a cabeça. - Papai trabalha para puder comprar chocolates, gomas, sorvetes... Essas porcarias que vocês gostam de comer.

- Não são porcarias. São comidas muito gostosas.

- Ok menina. - digo rindo. - Vamos dormir. Amanhã e um novo dia.

Ela boceja e se agarra mais a mim.

- Eu te amo, papai.

- Também te amo, filha.

For You (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now