Capítulo 42

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Jamie Dornan

Dakota sai correndo, assim que Christian fala aquilo.

- Dulcie, leva as manas para brincar na areia.

Minha filha pega as irmãs pelas mãos e se afasta de nós. Encaro Christian e falo com uma voz nada calma.

- É esse o respeito que a sua irmã merece? Ela nunca deixou faltar nada a vocês, sempre fiz de tudo para vocês terem uma vida boa e vocês a tratam assim?

- Virar puta é algum trabalho?

Me calo. Não é trabalho, mas foi o único sítio onde Dak conseguiu "trabalho" para conseguir dar uma vida boa aos irmãos, já que o desnaturado do pai deles o ms abandonou.

- Ela alguma vez deixou vocês passarem fome?

Eles negam.

- Ela esteve sempre com vocês. Deu-vos amor, educação, tudo que vocês precisavam, a vossa irmã deu-vos. Vocês magoavam-se e quem estava ao vosso lado? A Dakota. Vocês, especialmente você, Christian, acha correto a forma como tratou a sua irmã.

- Ele preferiu estar a apanhar banhos de sol, do que estar a divertir com nós. - Ana fala chateada.

- Eu trouxe vocês até aqui, para descansarmos, sair um pouco da rotina. A vossa irmã não merece ser desrespeitada.

- Tá. Que seja. - eles falam juntos e começam a caminhar pela areia.

Agora pronto. Estao chateados por eu os ter chamado a atenção, por eles terem feito o que fizeram. E Dakota está desaparecida.

Chamo minhas filhas. Elas logo perguntam pela mãe, mas eu digo que ela foi a um lugar e elas acreditaram.

Encontro os irmãos da minha namorada encostados aos carros, com a maior cara de emburrados.

Os levo até casa, deixando Dulcie como a responsável, já que os meus cunhados não são capazes de fazer, neste momento.

Chego à praia e começo a chamar por Dak. Chego a uma parte mais deserta da praia. Há algumas rochas.

Avisto duas pessoas sentadas de costas para o de estou. Reconheço uma delas. É ela!

Caminho até lá e posso ouvir soluços, vindos do meu amor.

Tudo que eu menos queria era que ela chorasse.

- Oi. - elas se assustam com a minha presença.

Dakota se levanta e corre para me abraçar. Eu a aperto com toda a minha força e deixo que ela liberte a sua tristeza.

- Oi. Sou Rita! - a moça que estava sentada com a minha mulher, fala sorridente.

Como consigo, estendo a minha mão e ela aperta.

- Prazer, sou Jamie.

- Eu sei. Coqui me falou bem de você. - sorrio.

Dakota aperta mais os seus braços à minha volta.

- Bem eu vou indo. Minha esposa já deve de andar à minha procura.

Ela sai, deixando-nos sozinhos. Faço Dakota olhar para mim, mas ela desvia o olhar.

- Ei! Não fica chateada comigo.

- Não estou. Só não acho justo a maneira como os meus irmãos me trataram. Eu, que sempre fiz de tudo. Ok, não os coloquei na escola mais cedo, mas isso era porque eu queria perder o crescimento deles, sendo que à noite ia para o clube. Será que foi isso?

- Você não errou em nada. Se você não os colocou na escola mais cedo, foi porque achou melhor. Seus irmãos é que estavam habituados a terem você só para eles e agora tem as minha filhas.

- Eu não vou deixar as minhas filhas, por causa de dois garotos com ciúmes. - fala se afastando.

- Mas se for o necessário...

- Não Jamie. Eu não vou deixar minhas bebês. Eu amo muito os meus irmãos, realmente amo, mas o que eles estão a fazer agora não tem explicação. Ciúmes? Eles sabiam que mais tarde ou mais cedo eu ia arranjar alguém.

- Mas esse alguém veio com quatro filhas.

- Sendo que uma delas e minha com esse alguém. Jamie, meus irmãos não sabem o que é ter uma mãe. Eles só tiveram a mim e à Dona Dolores. Nunca levei a ver nossa mãe e agora com o que eu descobri, não sei se quero que eles a conheçam. Eu podia ser outro tipo de irmã e deixar eles num orfanato, mas aquelas miniaturas, são tudo para mim.

Ela limpa seu rosto e me olha.

- Eu sei que no fundo os meus irmãos só reagiram assim por eu estar a descansar em vez de brincar com eles e as meninas.

- Eu expliquei a eles que você precisava de descansar e eles viraram costas.

- E não terem te dito que você não era pai deles, já foi uma sorte.

Eu rio, pois eles eram bem capazes de me dizer isso.

- Não, eles não disseram. - ela respira fundo. - Vamos para casa? Você está gelada.

- Não quero falar com eles. Estou magoada com eles.

- Seus irmãos não te irão incomodar. Vamos para casa, você toma um banho e depois brinca com as meninas, ou simplesmente vai ver um filme, no quarto.

- Bem que você podia me fazer companhia, assim não seria tão seca.

- Bem, dado ao tempo que você irá demorar no banho, eu consigo ajudar as meninas no banho, dar de jantar e as deitar.

Ela ri e eu fico mais aliviado por a ver assim. Eu só quero a felicidade dela.

Chorar? Só se for de alegria.

- Que engraçado que você é. Já pensou em ser comediante?

- Você também daria uma ótima comediante.

E a meio de provações, num ambiente mais descontraído, fomos para casa.

For You (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now