Capítulo 24

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P.O.V CRUSHER

Mais alguns minutos se passaram e estávamos na sala, alguns gravavam stories, outros só existindo, e Babi e Coringa de amorzinho.

- Vou mijar. - Bak soltou do nada fazendo Carol revirar os olhos.

- Eu vou na porta ver se o carro ainda tá lá. - ela disse.

- Ô, Carulina! É perigoso. - Babi advertiu.

- Eu só vou da janela. - riu.

Continuei no Instagram, visitando o perfil de fã clubes.

- Caralho! - todos gritaram juntos quando ouvimos barulho de tiro.

Descemos correndo e encontramos Voltan parada em frente a porta.

- Eu nem fiz nada. - gaguejou.

Saí com os rapazes e pegamos uns elementos de defesa, vulgo foice e pedaços de madeira.

Abrimos a porta e lá estava o carro do Coringa vindo em nossa direção. Logo foi freado, e a porta de trás se abriu, revelando a minha filha.

Larguei minha arma de defesa e a abracei.

- Eu te amo tanto, Bia. - passei a mão pelo seu cabelo.

- Também te amo, papai. - apertou os braços em volta do meu pescoço.

- Meu carro! - Coringa sorriu de orelha a orelha e recebeu uma cotovelada da Babi. - Quer dizer, quem é o amor do dindo? - riu sem graça.

Continuei olhando Bia, que abraçava um por um, com um sorriso enorme que logo fechei quando encarei Maria Luiza.

Eu não estava com ódio, com raiva e sim decepcionado.

- Não! - ela gritou quando Coringa ameaçou ir até o carro.

- Por que? - cruzou os braços.

- Ele tá meio... Meio sujo. Mas eu vou limpar depois. Não acho que seria bom você ver ele agora. - Maria Luiza disse.

- Quem sujou? - meu amigo deu mais um passo.

- O tio RD. - Bia soltou.

- Tio RD, né? - encarei a Maria Luiza.

- Arthur, não é o que você tá pensando, eu juro. - andou até mim.

- Não, Maria Luiza. Eu vou pro Rio agora, porque não quero conversar com você sobre isso. - arqueei uma sobrancelha.

- Arthur, eu sei que eu errei, e errei feio. Coloquei a vida da nossa filha em risco, deu tudo certo, mas poderia não ter dado, e eu sei que sou impulsiva e sempre tô errada, mas eu te prometo que eu mudo, que eu melhoro, só preciso de mais uma chance. - escorreu uma lágrima de seu rosto.

- Eu acredito em você, Maria Luiza. Acredito em você e na sua capacidade de se tornar uma pessoa melhor, de verdade. Mas isso não vai mudar, nem tão cedo, a decepção que você causou pra mim. - disse. - E não precisa chorar, não tem motivo pra isso. Já passou, tá tudo bem não só com a Bia, com você também, eu amo vocês duas, são as mulheres da minha vida. Mas como eu disse, você me decepcionou.

- Acho que a Malu e a Bia precisam de um banho e... Malu, isso é sangue? - Babi perguntou indo pra trás dela.

- Tá de chico. - GS riu.

- Meu carro, porra! - ouvi o grito do Coringa sendo acompanhado do que eu chamaria de voz embargada.

- O que foi? Caralho, teve uma chacina aqui? - Babi foi até lá.

- Foi o tio RD. Ele... - Bia começou.

- É um amigo das meninas, ele foi baleado no morro e eu levei ele pro posto. - Maria Luiza a cortou. - Não se preocupa, Coringa, eu mesma vou limpar seu carro. Me desculpa. - afirmou e abriu a porta de trás pegando uma mochila, logo em seguida abriu o porta malas pegando mais duas.

The Sister 2 | Loud Where stories live. Discover now