Capítulo 8

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P.O.V MARIA LUIZA

Coloquei Bia atrás de mim, a protegendo.

- Parece que o jogo virou. - Lara riu.

Respirei fundo, com o coração apertado. Eu não desistiria.

Quando abri a boca para falar a porta foi aberta lançando Bia no chão. Corri até ela e coloquei sua cabeça em meu colo, percebi que lágrimas começaram a sair de seus olhinhos.

- Polícia. Larga a arma e mãos acima da cabeça. - ouvi uma voz feminina.

Um barulho de algo sendo lançado ao chão, olhei de relance e vi a arma no piso frio.

Continuei segurando Bia em meu colo, até que senti uma mão no meu ombro.

- Venha comigo, senhora. - um policial disse e eu levantei, pegando a Bia no colo.

- Mamãe, minha cabeça tá doendo. - apoiou no meu ombro.

- Mamãe vai cuidar de você, meu amor. Agora você tá com a mamãe de novo. - a abracei forte.

Antes de sair da casa, mais alguns policiais entraram e vi um grupo de homens examinando o local do lado de fora.

Sirenes, luzes, tudo fazia minha cabeça rodar.

Até que me estabilizei onde estava.

Foi onde vi meu marido e meu irmão.

- Bia... O papai tá ali. - sussurrei.

- Eu quero meu papai. - disse manhosa e balançou as perninhas para descer do meu colo.

Eles estavam de costas para nós, conversando com alguns agentes.

Bia levantou e saiu correndo até ele, agarrando sua perna.

Se eu não havia chorado ainda, descarreguei todas as lágrimas vendo aquela cena.

Arthur se assustou ao ver Bia, que ria com as cócegas que recebia.

Ali eu percebi que minha base havia sido reestruturada. Suspirei aliviada.

Andei até eles e abracei meu irmão forte.

- Eu te amo tanto, minha baixinha. Me desculpa não cuidar de você direito. - chorou baixinho.

- Eu te amo muito, Mobaby. - ri fraco. - Você é um irmão incrível, tenha certeza disso.

Soltei do meu irmão e senti a mãozinha da minha filha na minha blusa.

- Mamãe, papai tá tão lindo. - encarou ele.

- Lu... - andou até mim.

- Vamos conversar depois, Arthur. Vamos ter tempo suficiente. - sorri e o abracei forte.

Um abraço de verdade, e a Bia abraçou nossas pernas, ficamos ali por alguns minutos até ouvir gritos femininos.

Vi Lara saindo, algemada, me encarava furiosamente e eu apenas sorri.

- Agora o jogo não vira mais, eu ganhei. - a encarei.

Continuei perto dos meus familiares, mas estranhei o fato de ninguém ter saído com BMO ainda.

- Policial! - chamei a mulher que havia invadido a casa.

- Tenente Souza, senhora. - levantou as sobrancelhas como cumprimento.

- Maria Luiza. - sorri fraco. - Escuta, tinha um homem na casa. Vocês ainda não tiraram ele? - perguntei.

- Examinamos todo o local. Não havia ninguém além de vocês 3.

- Desculpa, mas, esse homem é um ex parceiro meu, ele é agressivo, e estava preso, não sei como foi liberado.

- BMO? Bernardo Monteiro Martins de Oliveira. Escapou da prisão umas semanas atrás. - eu assenti.

- Ele estava lá. Vocês não o tiraram ou o viram? - perguntei.

- Senhora, sinto muito.

- Lu, vamos pro hospital, pra uma revisão em você e na Bia, depois para casa e amanhã já me avisaram que teremos que ir pra delegacia, conversar sobre o que houve. - meu marido chegou por trás de mim.

Apenas assenti em resposta e lancei um olhar piedoso pra Tenente Souza, espero que ela possa me ajudar.

QUEBRA DE TEMPO

- Como foi? - Babi me perguntou de surpresa quando cheguei na sala.

Já havíamos ido ao hospital, estávamos ótimas, Bia apenas havia recebido um curativo na cabeça por conta da porta.

Eu tinha acabado de sair do quarto da mansão que era dela, já estava dormindo tranquilamente.

- Como foi o que? - perguntei me sentando ao lado do Arthur no sofá.

- Que conseguiu ficar viva! Tá óbvio que ele te queria morta! - Voltan disse e eu engoli em seco.

Lembrei de quando a tenente me disse que só havíamos nós 3 na casa.

- Fingi que ia transar com ele. - suspirei.

- Que? - todos perguntaram em coro.

- Ele deixou a arma na cômoda, junto com as algema
s. Eu fingi que ia transar com ele, e falei que queria algo selvagem. - ri lembrando.

- Que nojo. - meu irmão exclamou chegando na sala.

- É. - Arthur concordou seco.

- Vou fingir que não estou ouvindo vocês reclamando que eu algemei um criminoso e quase matei ele. - revirei os olhos me levantando.

Eu tinha sido sequestrada, e ia ser estuprada, obviamente. Era a única coisa que tinha para se fazer.

Aproveitei que já tinha trocado de roupa e apenas me deitei ao lado da minha filha.

A abracei sentindo o perfume doce do shampoo e suspirei aliviada por estar viva, em casa e com minha família.

Acabei cochilando, mas acordei quando a cama ao meu lado afundou.

- Eu te amo, Lu. Me desculpa ser um otário contigo. - mexeu no meu cabelo.

- Você me faz perder a paciência, Crusher Fooxi. - continuei de costas.

- Sua paciência não é tão grande quanto sua bunda, Maria Luiza. - sussurrou próximo ao meu ouvido e apertou minha bunda, me fazendo arrepiar.


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amém! todos vivos e em casa
kkkkkkkkkounaopormuitotempokkkkkkkkkkkkkkkkkkk

depois de tanto suspense e sequestro, vocês querem um hot da Lu e do Crusher?

The Sister 2 | Loud Where stories live. Discover now