Capítulo 4

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P.O.V MARIA LUIZA

- Não acredito nisso, Arthur! Puta merda, cara! - resmunguei entrando na casa, o vendo sentado no sofá.

- Lu, eu fiz isso pro seu bem. - se levantou vindo até mim.

- Não quero papo com você, Crusher Fooxi. Tô indo. - peguei a chave do meu carro e saí.

- Maria Luiza! Pra onde você vai? - me gritou da porta quando entrei no carro.

Eu não estava louca, eu só queria a minha filha novamente nos meus braços, recebendo meu carinho.

Em alguns minutos já estava na mansão antiga, e entrei.

- Malu? - Bradoock me olhou confuso com aquela cara de pão fofo.

- Oi. - disse tímida.

- Vê só, se não é a menina mais linda desse mundo. - Shariin disse e corri em sua direção o abraçando.

- Oi, Shariin! - baguncei seu cabelo.

- Me conta o que aconteceu. - me puxou para o sofá e Bradoock sentou conosco.

- Eu tive uma briga com o Arthur. - suspirei.

- Poxa, logo nesse momento? - Bradoock perguntou.

- Ele marcou psicólogo pra mim, todos acham que estou louca. Eu só quero minha filha de volta. - choraminguei e eles me abraçaram.

- Maria Luiza. - Ike afirmou, ao me ver, em um tom estranho.

- Sou eu. - sorri amarelo.

- Falando igual robô, mano. - Bradoock riu.

- Sabe o que eu acho? - Shariin perguntou.

- O que? - perguntamos em coro e Ike saiu da sala.

Sempre tão misterioso esse menino.

- A Malu precisa da noite das meninas! - Shariin disse.

QUEBRA DE TEMPO

- Bradoock! Não pode, cacete. - resmunguei vendo ele tirar a touca rosa.

- Mano, eu nem tenho cabelo direito. - fez bico.

- Mas tem que deixar o pouco que tem hidratado. - ajeitei a touca.

- E já pode limpar minha unha, dona Luiza? - Vini esticou os braços mostrando as unhas pintadas de vermelho.

Os meninos saíram comigo e fizemos algumas compras para uma noite das meninas, fiz uma maquiagem no Shariin, hidratação no Bradoock, máscara facial no Will, unhas do Vini e o Ike se manteve trancado no quarto.

Nem meu irmão nem Arthur me ligaram, Shariin deve ter avisado a eles que estou aqui.

Ficamos algumas horas nessa da noite das meninas, depois eles tiveram que treinar e eu fiquei na sala, vendo TV.

- Assistindo o que? - Ike perguntou brotando do além na porta.

- O caralho, que susto. - coloquei as mãos no peito.

- Não devia xingar, tem uma filha, pra ela você é um exemplo. - se sentou ao meu lado no sofá e eu o encarei.

- Está falando sério? - me olhou.

- Maria Luiza, eu sinto muito. - pegou nas minhas mãos.

- Desculpa, eu não tô entendendo. - tirei minhas mãos das suas.

- Eu só preciso que me perdoe. - chegou mais perto.

- Ike, tá falando do que? Você sabe algo sobre a Bia? - levantei ficando de costas pra ele, engolindo o choro.

- Bia? Não, não... Não fala dela. - levantou do sofá e senti seus braços em volta de mim.

- Ike, está louco. - tentei tirar seus braços.

- Isso vai te fazer me perdoar.

- Eu não tô gostando disso, me solta. - tentei mais uma vez tirar suas mãos e fracassei.

- Você ouviu a minha esposa, Ike. Solta ela. - Arthur invadiu a sala sendo acompanhado do resto dos pro players.

- Crusher, você também tem que me perdoar. - a voz dele se arrastava.

Suas mãos se afrouxaram e corri para Arthur.

- Ele não tá bem, ele tá muito estranho. - disse.

- Acho que deve ser isso aqui. - Will apareceu com um pote vazio de analgésicos.

QUEBRA DE TEMPO

- Os médicos disseram que daqui algumas horas ele deve acordar. - falei saindo do corredor indo até a sala de espera.

- Por que o Ike fez isso? Ele não é disso. - Vini falou.

- Ele repetia... - tentei falar.

- O que ele repetia, Lu? - meu marido segurou minha mão.

- Ele repetia que era pra eu perdoar ele. Então... Então eu perguntei se ele sabia algo da Bia. - olhei para os garotos.

- Não acha que ele é capaz de algo, né? - Bradoock me olhou.

- Claro que não! Mas não faz sentido. - afundei as mãos no rosto.

- Eu fui pra lá, Lu, pra te buscar. A polícia ligou. Conseguiram reconhecer quem levou a Bia.

Meu coração inquietou-se.

QUEBRA DE TEMPO

- É ela. Ela assumiu ter levado a menina do colégio, ter entrado no carro, informou até mesmo a placa, mas não disse o nome de quem dirigia ou de quem ordenou que pegasse a menina. - a investigadora nos dizia enquanto olhavamos através do vidro, para a sala em que o companheiro dela, também investigador, estava.

A mulher estava de costas para nós, tinha cabelos longos castanhos e não me lembrava ninguém.

- E se eu tentar falar com ela?

- Senhora Luiza, presumo que não seja uma boa ideia.

- Não, eu não preciso ficar sozinha com ela. Seu parceiro pode continuar ali. - insisti.

- Entre. - a investigadora abriu a porta fazendo sinal para seu parceiro.

Assenti. Encarei Arthur que revirou os olhos, dando meia volta e saindo.

Ignorei e entrei na sala, cumprimentei com olhar o investigador e encarei a mulher.

E não pude acreditar no que vi.

The Sister 2 | Loud Where stories live. Discover now