P.O.V MARIA LUIZA
- Quem é você? - perguntei ao olhar a moça.
Devia ter no máximo 25 anos, um rosto jovem, bonito, cabelos castanhos.
- Ela não diz nada. Só assumiu o que fez. Nome, idade, parceiros de crime, nada é dito. - o investigador disse.
- Por que pegou minha filha? - a encarei nos olhos e vi que ela olhou para baixo.
Suspirei pesadamente. Minha vontade era esfolar a cara dessa mulher.
- Olha dentro do meu olho quando eu estiver falando. - bati o punho na mesa.
- Senhora Luiza, se acalme.
- Você não vai escapar de nenhuma maneira, ou diz agora ou diz mais tarde. Tenho o dia todo. - a encarei.
- Pâmela, tenho 20 anos.
- Por que pegou minha filha? - perguntei enquanto o investigador escrevia os dados em um caderno.
- Eu recebo ordens.
- Ordens de quem? - comecei a perder a paciência.
- Não deveria ficar triste com sua filha desaparecida. Ela ganhou uma nova família. - sorriu.
- Dá sorte de eu não poder pegar a sua cara e enfiar no seu cu. - abri a porta.
- Senhora Luiza, espere com que minha parceira esteja aí fora para sair.
- Que foi, investigador? Vai dizer que eu preciso de um psicólogo igual o meu marido diz? - revirei os olhos.
Esperei até que a mulher estivesse do lado de fora e saí.
- Como foi? - Arthur perguntou.
- Passou a se interessar pelo caso agora? - o encarei e passei reto, indo até o carro.
Abri a porta e me sentei no banco do carona.
- Maria Luiza, você está estressada o tanto quanto eu, mas não tem motivo para descontar em mim. - disse entrando no carro.
- Não? Realmente, eu não posso ter esse direito, porque eu estou louca. Não é isso que você acha, Crusher Fooxi?
- Não é isso que eu acho. Eu só quero seu bem.
- A única coisa que eu preciso pro meu bem é que confie em mim e a minha filha do meu lado.
Ficamos em silêncio até chegar em casa. Me tranquei no meu escritório e comecei a pensar enquanto anotava o que a tal da Pâmela havia dito.
Tentei juntar as peças, tentei compreender o que ela dizia, mas nada fazia sentido. Não havia sentido nessa situação.
Olho meu celular para conferir se não há nenhuma ligação perdida ou mensagem.
Suspiro e desço até a cozinha, vejo, de relance, Arthur sentado no sofá, mexendo no celular, já que é só isso que faz atualmente.
Pego um copo d'água quando a campainha é tocado. Ando rapidamente até a porta e olho para Arthur, que encara a porta curioso.
- Boa noite. - desejei vendo os policiais fardados na minha porta.
- Maria Luiza Dias? - perguntaram.
- Sim, sou eu. Acharam minha filha? - perguntei e Arthur levantou.
- Você está presa. Tem o direito de ficar calada, tudo que disser será usado contra você.
- Do que estão falando? O que? Me soltem. - pedi quando me puseram de costas e me algemaram.
- Por que estão prendendo ela? - Arthur entrou em nosso meio quando estavam me levando para o carro.
- Sem perguntas, senhor.
- Nem viatura tem, e não tem motivo para prender ela.
- Policiais a paisana. O senhor pode encontrá-la na delegacia. Aconselho a pegar as chaves do carro. - um deles disse.
Eu não os reconhecia das vezes em que havia lidado com policiais, sobre o caso da Bia.
- Certo. Lu, vai ficar tudo bem. - Arthur disse e saiu correndo para pegar suas chaves.
Fui jogada no banco traseiro e fiquei quieta o caminho todo.
Não entendia o que estava acontecendo, eu estava sendo presa sem cometer algum crime.
- Licença, mas vocês passaram a delegacia. - me fiz presente ao olhar o caminho.
- Fica quieta, Maria Luiza. Sua filha vai querer te ver viva quando chegar lá.
P.O.V CRUSHER
- Não sei, chegaram, algemaram ela e levaram. Disseram pra ir até a delegacia, mas quando saí de casa novamente eles já tinham ido embora. - disse desesperado pro pessoal que já entrava em seus carros.
Dirigi apressado, e preocupado. No meu carro estava Mob, GS, Bak e Voltan. Chegamos na delegacia em poucos minutos.
- Maria Luiza Dias, acabou de ser presa, me disseram pra vir até aqui. Não sei o que tenho que fazer.
- Desculpe, senhor, mas não tem nenhuma ocorrência com esse nome. Somente o desaparecimento de uma criança, mas não é de hoje.
- Como assim? - Coringa perguntou entrando.
- Entraram dois homens na minha casa, algemaram minha mulher e a levaram.
- Viatura presente? - a mulher perguntou.
- Não. Disseram ser a paisana.
- Lamento, senhor. Gostaria de fazer o boletim de ocorrência?
- Não tô entendendo isso. Tá querendo dizer o que? - Babi perguntou.
- Um momento. Maria Luiza Dias, correto? - eu assenti.
A senhora levantou e foi até uma porta, bateu e de lá saiu a investigadora do caso da Bia.
QUEBRA DE TEMPO
- Então isso tudo quer dizer que...? - Mob perguntou.
Todos sentados na sala da investigadora.
- Sua esposa foi sequestrada, por pessoas com falsa identidade. A chance de que sejam os mesmos que sequestraram sua filha, é enorme. Preciso que você venha comigo para um retrato falado.
Eu não conseguia raciocinar o que estava acontecendo.
Minha filha e minha esposa em perigo. E eu estava sendo inútil, sem fazer nada.
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The Sister 2 | Loud
Fanfic- Achei que após o nascimento da Bia e meu casamento, seria minha hora de ser feliz. Manteve-se um silêncio curto até que ela falasse novamente. - Eu estava errada.