Capítulo 5

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P.O.V MARIA LUIZA

- Quem é você? - perguntei ao olhar a moça.

Devia ter no máximo 25 anos, um rosto jovem, bonito, cabelos castanhos.

- Ela não diz nada. Só assumiu o que fez. Nome, idade, parceiros de crime, nada é dito. - o investigador disse.

- Por que pegou minha filha? - a encarei nos olhos e vi que ela olhou para baixo.

Suspirei pesadamente. Minha vontade era esfolar a cara dessa mulher.

- Olha dentro do meu olho quando eu estiver falando. - bati o punho na mesa.

- Senhora Luiza, se acalme.

- Você não vai escapar de nenhuma maneira, ou diz agora ou diz mais tarde. Tenho o dia todo. - a encarei.

- Pâmela, tenho 20 anos.

- Por que pegou minha filha? - perguntei enquanto o investigador escrevia os dados em um caderno.

- Eu recebo ordens.

- Ordens de quem? - comecei a perder a paciência.

- Não deveria ficar triste com sua filha desaparecida. Ela ganhou uma nova família. - sorriu.

- Dá sorte de eu não poder pegar a sua cara e enfiar no seu cu. - abri a porta.

- Senhora Luiza, espere com que minha parceira esteja aí fora para sair.

- Que foi, investigador? Vai dizer que eu preciso de um psicólogo igual o meu marido diz? - revirei os olhos.

Esperei até que a mulher estivesse do lado de fora e saí.

- Como foi? - Arthur perguntou.

- Passou a se interessar pelo caso agora? - o encarei e passei reto, indo até o carro.

Abri a porta e me sentei no banco do carona.

- Maria Luiza, você está estressada o tanto quanto eu, mas não tem motivo para descontar em mim. - disse entrando no carro.

- Não? Realmente, eu não posso ter esse direito, porque eu estou louca. Não é isso que você acha, Crusher Fooxi?

- Não é isso que eu acho. Eu só quero seu bem.

- A única coisa que eu preciso pro meu bem é que confie em mim e a minha filha do meu lado.

Ficamos em silêncio até chegar em casa. Me tranquei no meu escritório e comecei a pensar enquanto anotava o que a tal da Pâmela havia dito.

Tentei juntar as peças, tentei compreender o que ela dizia, mas nada fazia sentido. Não havia sentido nessa situação.

Olho meu celular para conferir se não há nenhuma ligação perdida ou mensagem.

Suspiro e desço até a cozinha, vejo, de relance, Arthur sentado no sofá, mexendo no celular, já que é só isso que faz atualmente.

Pego um copo d'água quando a campainha é tocado. Ando rapidamente até a porta e olho para Arthur, que encara a porta curioso.

- Boa noite. - desejei vendo os policiais fardados na minha porta.

- Maria Luiza Dias? - perguntaram.

- Sim, sou eu. Acharam minha filha? - perguntei e Arthur levantou.

- Você está presa. Tem o direito de ficar calada, tudo que disser será usado contra você.

- Do que estão falando? O que? Me soltem. - pedi quando me puseram de costas e me algemaram.

- Por que estão prendendo ela? - Arthur entrou em nosso meio quando estavam me levando para o carro.

- Sem perguntas, senhor.

- Nem viatura tem, e não tem motivo para prender ela.

- Policiais a paisana. O senhor pode encontrá-la na delegacia. Aconselho a pegar as chaves do carro. - um deles disse.

Eu não os reconhecia das vezes em que havia lidado com policiais, sobre o caso da Bia.

- Certo. Lu, vai ficar tudo bem. - Arthur disse e saiu correndo para pegar suas chaves.

Fui jogada no banco traseiro e fiquei quieta o caminho todo.

Não entendia o que estava acontecendo, eu estava sendo presa sem cometer algum crime.

- Licença, mas vocês passaram a delegacia. - me fiz presente ao olhar o caminho.

- Fica quieta, Maria Luiza. Sua filha vai querer te ver viva quando chegar lá.

P.O.V CRUSHER

- Não sei, chegaram, algemaram ela e levaram. Disseram pra ir até a delegacia, mas quando saí de casa novamente eles já tinham ido embora. - disse desesperado pro pessoal que já entrava em seus carros.

Dirigi apressado, e preocupado. No meu carro estava Mob, GS, Bak e Voltan. Chegamos na delegacia em poucos minutos.

- Maria Luiza Dias, acabou de ser presa, me disseram pra vir até aqui. Não sei o que tenho que fazer.

- Desculpe, senhor, mas não tem nenhuma ocorrência com esse nome. Somente o desaparecimento de uma criança, mas não é de hoje.

- Como assim? - Coringa perguntou entrando.

- Entraram dois homens na minha casa, algemaram minha mulher e a levaram.

- Viatura presente? - a mulher perguntou.

- Não. Disseram ser a paisana.

- Lamento, senhor. Gostaria de fazer o boletim de ocorrência?

- Não tô entendendo isso. Tá querendo dizer o que? - Babi perguntou.

- Um momento. Maria Luiza Dias, correto? - eu assenti.

A senhora levantou e foi até uma porta, bateu e de lá saiu a investigadora do caso da Bia.

QUEBRA DE TEMPO

- Então isso tudo quer dizer que...? - Mob perguntou.

Todos sentados na sala da investigadora.

- Sua esposa foi sequestrada, por pessoas com falsa identidade. A chance de que sejam os mesmos que sequestraram sua filha, é enorme. Preciso que você venha comigo para um retrato falado.

Eu não conseguia raciocinar o que estava acontecendo.

Minha filha e minha esposa em perigo. E eu estava sendo inútil, sem fazer nada.

The Sister 2 | Loud Donde viven las historias. Descúbrelo ahora