Capítulo 16

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P.O.V CRUSHER

- Sai, Coringa. Nojento! - gritei quando ele veio todo suado me abraçar.

O fut rolava solto. Em um time, tínhamos Babi, Milena, GS, Bak e no outro, Mob, Coringa, Voltan e eu.

- Chato pra caralho, só tô comemorando meu gol. - resmungou.

- Gol contra, né? - Voltan revirou os olhos.

- Minha querida loira do tchan, eu joguei durante 15 anos no Barcelona e mais 20 no Manchester e mais...

- Porra, você desde espermatozóide jogava. - Babi riu.

- Vocês não dão valor aos meus dotes artísticos. - se fez de ofendido.

- Melhor a gente entrar, já tá ficando escuro. - Milena observou.

- A gente aproveita e toma um banho. - Bak olhou pra Voltan.

Aproveitando a deixa, Babi encarou Coringa, e Mob encarou Milena.

E meu coração apertou por não ter a Lu pra encarar com aquela cara de safada, enquanto morde o lábio e mexe no cabelo.

Aquela praga de mulher sabia me estressar e me excitar no mesmo nível.

Entrei sem dizer nada a ninguém e fui até meu celular.

Liguei mais uma vez pra Maria Luiza, que não atendeu. Abri meu Instagram e procurei pelo perfil dela, nada postado.

Suspirei e fui tomar um banho, peguei uma camisa e bermuda minhas que o Coringa tinha roubado.

Abro o Instagram novamente e reposto algumas publicações de fã clubes, abro meu direct e vejo que um menino me mandou uma foto.

Curioso, abro e aceito a solicitação de mensagem.

"Oi Crusher. Hoje eu encontrei a Maria Luiza e ela disse que você ia me mandar codiguin."

Soltei um sorriso involuntário.

Vi a foto dele e da Lu durante horas. Mandei o codiguin pra ele, que agradeceu bastante.

Não fui burro, perguntei onde ele morava. Consegui o endereço e fui até o Mob avisar que ia dar uma saída rápida até o Rio.

P.O.V MARIA LUIZA

Me levanto do sofá logo quando a porta é aberta.

- Manu! Amiga, me desculpa. Eu não quis... - comecei a me explicar.

- Relaxa, aí. Só não vacila de novo. - me abraçou.

- Aí, mulherada, tô na larica. - Maju apareceu com uma toalha na cabeça.

- Vamos no bar aqui do lado comer um hambúrguer. - Manu animou.

Pensei em falar que não era uma boa ideia, mas apenas calcei meus chinelos e coloquei um casaco na Bia e fomos.

Andamos um pouco numa rua iluminada pelos postes, tinha vários homens andando, alguns armados e outros não.

Chegamos num barzinho desses com cadeiras vermelhas e parede verde. Tinha uma área com uma mesa de madeira, papéis e canetinhas. Bia e o Luizinho correram até lá enquanto eu e as meninas pedimos 1 litrão.

- Vai dizer que tua vida de luxo é melhor que isso aqui? - Manu se sentou do meu lado com uns copos, deixando-os na mesa.

Apenas ri em resposta e começamos a beber. A cerveja tirou minha vontade de hambúrguer, então pedimos uma porção de fritas com calabresa.

Olhei em direção minha filha, para perguntar o que ela queria comer. Quando notei, ela estava abocanhando um X-Tudo.

- Bia! - chamei.

- Oi. - correu até mim e limpei sua boca com o polegar.

- Tirou esse hambúrguer da onde? - olhei desconfiada.

- Tio RD me deu. - sorriu e eu fechei a cara.

Bia voltou pra mesinha e pro X-Tudo. Percorri os olhos pelo bar e vi que o tal do RD tava saindo. Levantei rápido e fui atrás dele.

Já tava mais pra lá do que pra cá por causa da cerveja. Tanto tempo sem beber e eu já tava fraca.

- Aeou, caraio. - chamei meio tonta.

- Qual foi, madame. Perdida de novo? - RD virou cruzando os braços.

- Quem te autorizou a dar comida pra minha filha? - pus a mão na cintura.

- Vai embaçar por causa de um hambúrguer, porra? Da uma sugada aqui, dá. - revirou os olhos e me deu as costas.

Bufei impaciente. Odeio que me ignorem.

- Você não me dá as costas não, que eu tô falando contigo. - o puxei e ele me empurrou, me deixando entre ele e o muro atrás de mim.

- E tu não mete marra pra cima de mim, não, porra. Tá se achando demais, madame. - me encarou no fundo dos olhos.

- Eu quero você longe da minha filha. - falei entre dentes.

- Vai dar não. - ele riu amargo.

- Pedófilo nojento! - cuspi na sua cara e me arrependi logo depois.

Ele me encarou no fundo da alma e pensei que ia me matar alí mesmo, mas apenas me soltou e deu as costas.

Eu suspirei pesadamente e coloquei a mão no peito, pra ver se ainda sentia meu coração bater.

Voltei pro bar e as meninas não perguntaram o que aconteceu. Só fiquei sentada comendo batatas e olhando minha filha.

Eu faria de tudo pra proteger ela, e não é o tal do RD que vai mudar isso.

The Sister 2 | Loud Onde as histórias ganham vida. Descobre agora