Capítulo 7

1.2K 124 100
                                    

P.O.V MARIA LUIZA

Ele tirou minhas algemas e me mandou sentar na cama. Fiquei inquieta, sem saber o que fazer.

- Tá nervosinha, né? - tirou a blusa, mostrando sua barriga definida e cheia de tatuagens que alguns anos atrás não estavam ali.

- Só não quero que encoste na Bia. E espero que não tenha encostado. - tentei engolir a voz trêmula.

- Ô, baixinha. - segurou meu maxilar.

- Não me encosta, por favor. - tentei tirar o rosto e ele segurou mais forte.

- Eu não encostei na tua filha, não, Maria Luiza. Eu sou escroto mermo, mas não sou tanto. Ainda tenho um coração. Quebrado por tu, mas tenho.

Gargalhei alto. Mas logo me arrependi, recebendo um tapa no rosto.

- Tá achando que seus tapas... - me calei ao pensar.

Iria terminar minha frase dizendo que os tapas dele não me fariam parar de dizer certas verdades. Mas mudei de ideia.

- Meus tapas o que, caralho? - me olhou nos olhos.

- Tá achando que seus tapas não me dão mais tesão? - sussurrei próximo ao seu ouvido.

Senti sua pele se arrepiar e sorri.

Ele não disse nada, apenas suspirou pesadamente e me deitou na cama. Me deu um selinho demorado e me encarou.

- Senti sua falta, garota. - riu.

- Eu tenho uma surpresa. Uma coisa que aprendi. - sorri sapeca.

- Ah, é? Me mostra. - sorriu de canto maliciosamente.

- Sim, mas tem que fechar os olhos, e se eu ver que você abriu, não faço surpresa mais. - fiz uma cara emburrada que ele riu.

- Tudo bem. - disse e saiu de cima de mim.

Deitou de bruços e assim ficou.

- Não tá espiando, né? - brinquei.

- Não, não. - riu.

Meu coração disparou. Eu não acreditava no que estava prestes a fazer.

P.O.V CRUSHER

Entramos nas viaturas e fomos em direção a Cracolândia. O desespero que tomou conta de mim foi maior que tudo.

Nunca tive tanto medo na minha vida, de perder as pessoas que eu amo. A Maria Luiza e a Bia são tudo pra mim.

- A Pâmela disse algo sobre onde fica essa casa? - perguntei para a policial.

- Não. Ela não abre a matraca. Mas nos separamos em grupos e qualquer pista que tivermos, vamos eliminando partes do lugar. - ela afirmou e parou o carro em frente uma casa.

- Desce e bate na porta. - ordenou pro parceiro.

Assim ele fez, abriu a porta do carro e saiu, indo até um portão de ferro.

O abriu e bateu na porta, que em seguida foi aberta por uma senhora.

Não sei o que conversaram, mas o semblante da idosa se amedrontou.

- E aí? - a policial perguntou.

- Sabe quem é o irmão da Pâmela, disse que mora no pico disso aqui. Me passou as coordenadas, mas pediu anonimato.

- Ótimo, vamos para lá agora.

Acelerou o carro e a cada casa que eu encarava, via olhares de pais e mães assustados, puxando seus filhos para dentro de casa, desligando luzes.

The Sister 2 | Loud Where stories live. Discover now