Sorrio com o gesto quando ele abre as imponentes asas membranosas, enormes, e lindas, preparando para o vôo. Eu entretanto, apenas olho para sua mão, colocando um dos pés para fora da beirada, lhe direciono um sorriso, quando impulsiono o corpo para frente, deixando que ele caia beirada abaixo pelo precipício, consegui ouvir um xingamento de Cassian quando eu fiz o movimento.

Concentro para retirar a magia que encobre minhas asas, até que as sinto despontando nas minhas costas, deixo que ar transpasse por elas, e me impulsiono de volta para cima, a tempo de acompanhar o macho Illyriano que planava de pé no céu noturno.

— Exibida! — ouço Cassian gritar enquanto eu me distancio ao lado de Azriel do pico da casa dos ventos.

— Exibida! — ouço Cassian gritar enquanto eu me distancio ao lado de Azriel do pico da casa dos ventos

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Eu amava isso. Sentir o vento correndo através do meu corpo, através das minhas asas e planar junto com ele. Ergo o olhar para o céu noturno acima de minha cabeça, estrelas brilhantes pintavam em manchas como um mar de diamante num tecido negro, lindo, e tão perto que parecia que se podia tocar.

Olho disfarçadamente para o lado, o mestre espião de Rhysand estava voando ao meu lado. O bater de asas leves e ritmado, o rosto incrivelmente sereno, percebo que os olhos estão fechados, sentindo o vento morno bater contra a face. Ele parecia estar apreciando.

Por um momento suas palavras se chocam contra mim novamente, e como se lendo meus pensamentos, ele os olhos em minha direção, fazendo com que eu desviasse os meus para paisagem de Pinheiros parcialmente coberto pela neve abaixo. Agora eu entendia porque eu sentia esse cheiro nele, cheiro de casa, o cheiro específico do caminho que ele sempre fazia e que era algo intrínseco a ele, o cheiro que o próprio vento carregava em sua corte.
Observo o território montanhoso abaixo, as clareiras e picos altos, e até certo ponto a linha prateada do mar Ocidental no horizonte, que desapareceu a medida que subimos mais em direção ao norte.

Foi quando aconteceu.

Primeiro eu senti a presença, como se as proprias sombras tentassem me avisar do que viria e depois, o zunido dos dardos cortando o ar em nossa direção.

— Emboscada. — ouço Azriel dizer em algum lugar, entretanto não capaz de ver exatamente onde.

Deixo o poder percorrer dos meus ossos para minha pele, e puxo parte das sombras para mim enquanto as lanço a frente tentando proteger-nos da saraivada de dardos que é lançada em nossa direção. Quase imediatamente um escudo de poder puro e azul entra ao meu redor, mas não ajuda muita coisa quando percebemos que os dardos os transpassam com facilidade. Muita facilidade. Solto um xingamento sonoro quando um dardo passa de raspão no meu braço, causando uma ardência, e sinto meu corpo começar a pender.

Procuro por Azriel no céu, e não o acho, xingo novamente quando uma outra saraivada de dardos sobe em minha direção, puxo as sombras que não produzem resistência quando as novo em minhas mãos produzindo um escudo maciço. As rajadas param e eu aproveito para lançar as sombras em direção a eles, enquanto desço junto na mesma direção que as rajadas saem.

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