Rhys fica em silêncio do outro lado da ligação, conhecendo-o, supus que estaria comunicando aos outros sobre o incidente. As feridas de Callyen não estavam cicatrizando como deveriam. Impressionantemente, percebeu-se que a fêmea tinha um fator de cura muito rápido se comparado ao dos outros feéricos, a curandeira afirmou isso quando conseguiu recuperar as asas e tratou de seus primeiros ferimentos e depois, percebi isso no uso de seus poderes. Agora entretanto, a ferida em sua barriga ainda insistia em correr sangue e a ferida em sua bochecha, mesmo sendo menor, parecia ser a mais grave.
“Estamos indo.” Rhysand responde após o silêncio.
“Rhysand… traga uma curandeira” peço antes de desativar a comunicação mental.
A fêmea treme sobre a cama, suor escorrendo por sua testa, ela estava perdendo muito sangue. Precisava estancar até a chegada dos outros com a curandeira.Puxo a Reveladora da Verdade da bainha em minha coxa e se quer peço desculpa antes de puxar a lâmina pelo tecido do vestido, rasgando-o na parte do corte para facilitar a limpeza. Imediatamente, Nuala e Cerridwen surgem das sombras num canto com uma bacia com água e outra com tecidos limpos. As minhas subordinadas me auxiliam na limpeza do ferimento, enquanto tento estancar o sangramento em seu estômago, Cerridwen limpa sua bochecha. O veneno entretanto, se espalha rapidamente e toda a região está com a coloração verde arroxeada, e agora, a macha está tomando o pescoço descendo para o colo.
Os minutos seguintes pareceram horas quando Rhysand passa pela porta do meu quarto, os outros a alguns passos atrás. Cecília, a jovem curandeira do acampamento passa por eles em direção a cama e toma o lugar das espectros para analisar as feridas.
— Veneno. — ela diz observando a marca em sua bochecha. Bufo com a constatação, se ela não falasse eu nem saberia.
— De que tipo?! — a questiono. Ela olha novamente a colorações ao redor do machucado, e sacode a cabeça.
— Do tipo que eu não reconheço. Mas temos que parar o avanço ou ela morrerá nos próximos minutos, caso alcance o coração.
Cecília diz, enquanto prende os cabelos crespos no alto da cabeça com uma fita de couro e corre para a bacia com água limpa para lavar as mãos.
— Vou precisar de ajuda, Grã-Senhora. — a fêmea diz, e rapidamente Feyre de acomoda ao lado da cama junto com a curandeira.
Me afasto, observando, e sendo observado. Deixando que Cecília e Feyre tenham seus cuidados com Callyen.
— O que aconteceu? — É Cassian quem questiona primeiramente, mas sei que a questão estava em todos.
— Fomos atacados, fosse quem fosse, os inimigos conseguiram quebrar a barreira de feitiços e simplesmente abriram um portal dentro da cidade.
Então contei, a forma como Callyen havia falado, e principalmente, agido. Eu sabia que ela tinha algo haver com os invasores, mas não necessariamente com a invasão. Ao meu redor, as sombras estavam caladas, o que realmente chegou a ser uma surpresa, uma vez que, depois da chegada da fêmea elas se mantiveram agitadas e inquietas e raramente, completamente caladas como estavam agora.
Rhysand tentou invadir a mente de Callyen, entretanto, as barreiras construídas firmemente ao redor de seus pensamentos era intransponível mesmo que ela estivesse desacordada.
Contei sobre a menção do Senhor a qual Valissa falou, que aparentemente, teria sido ele de quem Callyen fugira. Fora isso, não tínhamos muitas respostas e teríamos que esperar até a fêmea acordasse novamente e contasse por ela mesma.
Entretanto, eu sabia que mesmo ela tendo algo com toda essa situação, não era algo que ela almejava. Se Callyen realmente fugiu, seus motivos foram fortes o bastante para defender essa cidade, para lutar.
Observo quando Cecília termina de rasgar a parte superior do vestido de Callyen, deixando os seios a mostras, parcialmente cobertos pelo tecido de um sutiã, as sombras se agitam minimamente quando sinto os olhares dos machos sobre ela, mas não me movi, e as seguro novamente tentando mantê-las em silêncio. Vejo quando Cecília pede para que Feyre despeje o sangue nos lábios entre abertos de Callyen, minha Grã Senhora assim o faz, transformando um dos dedos em garra ela corta o pulso e deixa que o sangue flua para a boca da fêmea, percebo que ela o bebe com dificuldade, chegando a se engasgar com o líquido.
Cecília instrui a Feyre despejar um pouco sobre a ferida do veneno na bochecha de Callyen, e então ela o faz. Rapidamente, percebo que funcionou. A região escurecida começou a tomar uma coloração normal a medida que poder de Cura herdado pelo Grão Senhor da Crepuscular, Thesan começa a ter seu efeito. Demora, mas aparentemente, a ação de sangue serve para ao menos, deter o avanço do veneno na corrente sanguínea de Callyen, e limpar seu sistema.
Agora, pelo que Cecília disse após limpar o sangue dos ferimentos e fechar a ferida maior, era esperar a reação dela a cura, e que as feridas iniciassem a cicatrização, para que a fêmea acordasse.
Inspiro profundamente quando saio do quarto, seguindo com o restante do grupo para o escritório de Rhysand. Tínhamos que, mais uma vez, reerguer partes de nossa cidade, refazer os encantamentos de proteção com mais cuidado que antes e acalmar nosso povo.
E mesmo assim, meus pensamentos retornaram a fêmea desacordada sobre a minha cama.
Aguente firme.
N/A: CUOFOI CAMBADA DO MEU COREEE ❤️ Tudo bem? E esse domingo que parece meio de semana e meio de semana que parece domingo? Guenta mais não gente.
Pra felicidade geral da nação óia eu liberando post cedo hoje e vai desculpando qualquer coisa.
Gente essa semana eu vou tentar liberar capítulo, mas já aviso que é minha última de férias, e logo estarei trabalhando novamente (alguém me salvaaaaaaaa) então, os posts podem demorar a sair depois disso. Mas já tô avisando, não vou desistir da história, só vai ter menos postagem na próxima semana, mas vai ter.
Enfim é isso, gostaram?
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Príncipe das Sombras
Fanfic- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld "Azriel sempre se considerou um bastardo, não merecedor de ninguém, um ser sem luz... Principalmente devido as sombras que sempre o acompanhavam, sussurrando em seus ouvidos a verdade sobre to...
CAPÍTULO 22
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