— Eu não vou deixá-la... — começo a formentar uma fala, quando sou interrompido pelo som de escárnio vindo da outra fêmea, Valissa.

Ela olha, um sorriso de escárnio estampando no rosto bonito.

— Será que o casalzinho já acabou de discutir a estratégia? — Valissa questiona sarcástica, enquanto observa as mãos sujas com sangue. — Olá Callyen, querida.

— Valissa. — A fêmea ao meu lado responde com aceno de cabeça enquanto conserta firmemente a postura, em defesa.

— Sabe, meu Senhor está muito, muito zangado porque você fugiu.

CALLYEN✨

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CALLYEN


Valissa me olha com o mesmo olhar sádico que sua irmã. Ao meu lado, vejo Azriel apenas observar a cena se desenrolando calado, mas consigo enxergar a acusação em seus olhos castanhos dourados e foi difícil, extremamente difícil não deixar a sensação ruim se apossar do meu estômago.

— Sabe, meu Senhor está muito, muito zangado porque você fugiu. — a fêmea diz com um biquinho. Eu quis segurar seus lábios e arrancar com as unhas, juro que senti as pontas dos dedos coçarem para isso. Mas eu não me movi, não eu não me moveria e não a daria a chance de ter um ataque efetivo contra mim, ou os outros, por um deslize meu.

Ao invés disso eu apenas sorri de volta e disse:

— E você, como a boa cadelinha de caça de Ykner, veio até mim... Tsc, sinto-me lisonjeada. — pelo aperto em sua mandíbula e o tremor louco em sua pálpebra vi minhas falas surtiram efeito. Não sorri entretanto, apenas continuo a observa-la.

Valissa, era linda. Os cabelos longos cor de cobre, presos numa trança de batalha cuja ponta estava enrolada numa lâmina de ponta dupla. Ela sabia usar bem aquilo, já a vi cortar gargantas apenas de balançar a trança com aquela coisa. Os olhos verdes, a pele clara, o corpo, coberto por marcas de cortes de guerra e tatuagens. A única coisa que diferia de sua irmã, era a cor dos cabelos. Enquanto Valissa era uma ruiva, Callena tinha os fios dourados, mas ambas eram igualmente bonitas e sádicas. Parte das minhas cicatrizes eu devia a elas.

— Você, vadia, vem comigo. — ela sibila, lentamente, então eu a sinto, sinto sua magia serpenteando em minha pele.

— Vem pegar. — digo, dessa vez não contendo o sorriso quando a vejo dar início ao ataque com sua magia.

O poder ensurdecedor de Valissa me atingiu e eu senti a vertigem e o odor ocre de magia. Ergo os escudos mentais e deixo a parte de poder que eu tenho algum controle rastejar pela minha pele, sinto as marcas entalhadas na carne começarem a arder. Eu precisava ser rápida, não podia me dar ao luxo de ter um surto e desmaiar; ou deixar essa — que a mãe me perdoe — vadia me levar.

Valissa avança em minha direção e eu me preparo, junto ao ataque mágico veio o ataque físico, e foi mais difícil que eu imaginei deter ambos. Observo pela visão periférica que Azriel atravessou metade dos civis que estavam sob controle de Vallisa e matou seus seus soldados. Percebendo isso ela se enfurece, avançando contra mim, girando a trança fazendo a ponta passar e rasgar minha bochecha. Inferno! Eu sinto o veneno que ela despeja na lâmina começar a fazer efeito, o sangue brotando da ferida, ardendo e queimando; inibindo a minha magia.

Valissa sorri, satisfeita com o resultado, e gira novamente, apontando a espada contra a minha barriga a qual eu defendo, Valissa entretanto aproveita o giro para mais uma vez, fazer a lâmina da trança tentar me atingir, dessa vez entretanto, permito que a trança se enrole em minha mão e tomo pleno cuidado de não deixar que a lâmina me corte novamente. Enrolo seus cabelos em meu pulso e o puxo, com força, fazendo Valissa desequilibrar e puxo a minha espada em seu cabelo, cortando-o ao meio fora. A fêmea rosna de raiva e avança contra mim novamente, a espada e as unhas da mão livre em garras, ambos passando próximo demais da minha pele.

Defendo o ataque de sua espada eu giro abaixo do gume afiado, levantando rodo a mecha grossa do cabelo de Valissa com a lâmina na outra mão, a fêmea então avança novamente, e eu apenas espero.

Mais próxima. Mais próxima. Até que defendo seu ataque, seguro a mecha de cabelo, giro sua espada junto com meu corpo e acerto a lâmina em seu peito, enfiando-a firmemente, sentindo-a atravessando o osso a medida que sinto o sangue – e as minhas forças — escorrendo.

Antes que eu pudesse dar o golpe de misericórdia, Valissa sorri – diabólica – antes que a soltasse e ela atravessasse com o que restou dos soldados.

Antes que a escuridão tomasse a minha visão e senti, senti sua voz em minha mente, satisfeito.

Ele havia me encontrado, e não desistiria de sua vingança. Ou de mim.

N/A: Fiz o melhor que consegui, tive um bloqueio no meio do capítulo, rodei, rodei, e deu nesse capítulo aí

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N/A: Fiz o melhor que consegui, tive um bloqueio no meio do capítulo, rodei, rodei, e deu nesse capítulo aí. Enfim, vocês gostaram? Gostaram né?

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Beijos da tia Nath e até amanhã.

P. S: Gente eu vou deixar um desfibrilador e um respirador pra vocês, aguardem surpresas e fortes emoções nós próximos capítulos. (mente maligna trabalhando muahahahaha)

Príncipe das SombrasWhere stories live. Discover now