Capítulo 1

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H A R R Y

S T Y L E S

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S T Y L E S

— Harry, querido... – Anna parou em frente a minha mesa e suspirou. — Só estou tentando ajudar, tenho experiência suficiente para isso. – É claro que a porra da Anna Wintour tem experiência para lá de suficiente nisso. — Você tem várias modelos a sua disposição, as melhores. – Ela ajeitou seus clássicos óculos de sol. — E é o que você precisa para uma campanha desse nível, não um rosto novo. 

— Desculpe, já tenho minha decisão. – Joguei meu corpo para trás na minha cadeira e suspirei sabendo que iria ser algo muito difícil de fazer em tão pouco tempo. — Não quero nenhuma delas e nem que você tire a Gisele da aposentadoria. – Quis rir.

Anna estava tão desesperada sobre a minha decisão que propôs conversar com Gisele Budchen para que ela aceitasse ser o rosto da campanha.

A mais velha revirou os olhos e fez uma careta desgostosa para proferir as próximas palavras.

— Uma Victoria Secrets? Ouvi dizer que você gosta bastante delas.

Dessa vez eu gargalhei.

E alto.

— Você sabe que não, e não gosta do trabalho delas.

— Eu só quero que seja alguém. Alguém de nome. Alguém que arraste mais olhares ainda para isso.

— Não se preocupe, Anna. Quando eu a achar, ela trará mais olhares para essa campanha do que qualquer outra garota.

...

No dia seguinte eu estava exausto. Anna e os outros membros da campanha infernizaram minha cabeça o dia inteiro sobre minha decisão de querer uma pessoa nova.

Nada do que eles falem irá adiantar. A empresa é minha então, portanto, a última decisão é minha.

Desci a rampa do estacionamento com a mente nublada de pensamentos quando quase por um tris, não passo por cima de alguém. Freei o carro bruscamente e me deparei com uma menina de pele bronzeada, cabelos longos e ondulados, pareciam cabelos da porra de uma sereia. Desci meus olhos por seu corpo, suas pernas longas, seu vestido curto e florido de mangas baixas. Quando foquei em seu rosto arfei surpreso. Ela era... Simplesmente linda.

Estávamos em Florença, Itália. Todas as moças dali tinham uma beleza muito única, mas ela... Não era comum.

A menina se abaixou e recolheu algumas flores do chão. O que ela estava fazendo aqui?

Saí do carro e fui ajudá-la a catar o que tinha derrubado ao chão.

— Desculpe, meu bem. – Me abaixei ao seu lado e suspirei ao sentir seu perfume floral suave. — Não a vi aí.

— E claro que não viu. – Seu italiano doce foi como música para meus ouvidos. — O senhor é uma cabecinha de vento. – Como é?

Olhei para ela arqueando uma sobrancelha.

Estranhamente ela não deveria saber quem eu era e mais uma vez me perguntei o que ele estava fazendo ali.

— Peço desculpas mais uma vez. – Nos levantemos e entreguei o um pouco das flores que tinha pego.

— Tudo bem. – Ela me jogou um sorriso caloroso e tive de prender o ar.

— O que faz aqui? – Tive de perguntar.

— Ah! – Ela pareceu se lembrar de algo. — Eu tenho que entregar essa cesta de flores para um tal de... – Ela varreu a cesta com seus olhos castanhos esverdeados e parou assim quem os pousou em um cartão. — Mr Styles. – Seus olhos se voltarem para mim. — O senhor conhece?

— Faço ideia de quem seja. – Sorri para ela. — Porque não sobe comigo e eu te ajudo a achar?

— O senhor faria isso? Longe de mim querer incomodar o senhor!

— Você não será incômodo algum, amor. – Ah... Não mesmo.

Não sei no que minha mente esteva planejando, mas não podia perder essa menina de vista.

Pedi para o segurança que estava ali terminar de estacionar meu carro e a conduzi até o elevador.

— Quantos anos tem? – Perguntei assim que as portas se fecharam.

— Dezenove. – A encarei por alguns segundos vendo que aparentava ser menos. — E o senhor?

— Hm?

— Quantos anos tem? – Ela soltou uma risada bem humorada e se encostou na parede.

Estava gostando daquela conversa totalmente estranha. Desde que assumi a presidencia, todos ali se matavam por um pouco de antenção minha e alguns tinham até mesmo receio de olhar para mim. Era um cargo que pesava em todas as questões. Mas agora não parecia que algo assim importava. A menina bonita à minha frente não fazia ideia de quem eu era.

— Trinta e três. – Respondi e ela arregalou os olhos.

— Isso tudo? Não que senhor seja velho! Longe de mim dizer isso! – Se explicou corando e achei graça. — Mas é que não parece.

— Como se chama?

— Arabella, senhor. – Tinha de ser. Imaginei alguns nomes antes de perguntar mas nenhum cairia tão bem quanto este a ela.

— Não precisa me chamar de senhor, me chame de Harry. Apenas Harry. 

Pedi mais pela a minha sanidade mental.

— Ok. Harry, então. – Assim que ela falou, o elevador apitou indicando que tínhamos chegado ao andar.

— Por aqui, meu bem. – Botei minha mão na base de sua coluna e ajeitei meu blazer com a outra.

Assim que as portas se abriram o andar inteiro fez questão de olhar, assim como todos os dias.

Mas hoje era diferente.

Nunca chegava com alguém. Nunca cheguei nem com alguma de minhas modelos ou funcionários. Então, ao passar por elas com a mão nas costas de Arabella a guiando até minha sala, era bem visível o interesse de todos ali.

— Porque estão todos olhando para nós? – Arabella perguntou envergonhada.

— Não ligue para eles, vou te levar até seu destino.

Viramos o corredor aonde só tinha uma porta ao final dele.

— Está vendo aquela porta ali? – Apontei. — Pode entrar e ficar a vontade. Vou em um segundo. – A menina assentiu e continuou andando.

Dei meia volta e parei de frente a mesa de minha secretária.

— Mabel, não quero interrupções.

— Senhor Styles, quem é a...

— Entendeu? – A cortei e a loira assentiu rapidamente.

Talvez, só talvez eu tenha achado o que tanto procurava.

E talvez eu tivesse uma proposta a fazer para a menina em minha sala.

GUCCI GIRLWhere stories live. Discover now