Muito além de você - CONLCUIDA

Capitulo 11:

 Foi quase impossível de irmos embora daquela boate, já eram quase três horas da manhã e Abby com Taylor haviam bebido exageradamente, eu tive que ir embora com o carro de Taylor levando-o e o Trevis com o seu carro levando a Abby, eu deixei o Taylor na sua casa por mais que ele insistia para que eu ficasse lá.

- Eu te levo amanha cedo, prometo. – ele disse quase cambaleando até a porta de sua casa.

- Trevis está me esperando. – eu disse me afastando, mas ele me segurou pelo braço.

- América... – Taylor não conseguiu terminar a frase, Trevis já estava o empurrando para dentro da sua casa.

- Eu vou levar as meninas embora, não esquenta a cabeça. – disse Trevis o empurrando para dentro da casa e pegando minha mão para ir para dentro do carro, eu olhei para trás e Taylor olhava da porta confuso para nós dois, eu não hesitei e apenas entrei no carro, o caminho foi todo em silencio, Abby já estava dormindo no banco de trás, graças a Deus!

Quando chegamos ao apartamento Trevis deixou o carro dele no estacionamento e levou a Abby no colo e o tempo no elevador parecia sufocador, queria conversar com ele, mas não queria arriscar que a Abby acordasse com a nossa conversa. Enquanto Trevis colocava Abby na cama eu fiquei na sala o esperando, demorou um pouco e ele apareceu na sala fechando a porta do quarto da Abby.

- Já vou indo. – ele disse, mas eu questionei:

- Você vai contar para ela algum dia Trevis? – eu perguntei.

- Eu não sei se ela entenderia, Abby é uma garota complicada. – falou Trevis se sentando ao meu lado no sofá. – Por mais que estamos namorando talvez seja cedo para isso.

- Trevis se ela realmente gosta de você ela vai entender, ou melhor, ela vai querer te ajudar e eu vou estar aqui também para te ajudar. – falei apertando a mão dele involuntariamente.

- E você iria querer que eu contasse sobre a gente? – ele perguntou me olhando, eu engoli em seco, não havia pensado nisso.

- Se for necessário... – ele riu.

- Eu estou brincando, isso é algo particular seu, ai essa parte quem deveria contar é você e não eu. – eu assenti e sorri fraco. Claro que queria que Abby soubesse de tudo, mas não queria me parecer desesperada e patética para ela por mais que ela fosse a minha melhor amiga.

- Como sua irmã conseguiu fazer essa divida Trevis?

- Ela se apaixonou por um garoto que trabalhava como garoto de aluguel, ele trabalhava para pagar o tratamento de câncer da mãe dele e também as dividas que o pai tinha com drogas, então minha irmã acabou ficando no meio desse rolo todo. – Trevis se sentou no sofá e mantinha a cabeça baixa, seu olhar parecia tão distante e apertei sua mão com a intuição de lhe causar conforto. – A mãe desse rapaz não sobreviveu, acabou falecendo e então ele ficou devendo esse pessoal e seu pai sumiu, minha irmã e ele decidiram fugir para outro Estado, mas foram pegos antes mesmo de chegar lá e me ligou desesperada, chorando. – ele explicou.

- E então você se ofereceu em prestar esse serviço para ela não sofrer as consequências?

- Na verdade eu acho que esse era o plano inicial do Andrew, a gente só acabamos fazendo exatamente o que ele planejava. – ele respirou fundo e era como se estivesse fazendo algo muito difícil, mas depois sua expressão parecia de alivio. – Você é a primeira pessoa, a saber, de tudo. – ele disse me olhando, estávamos mais próximos do que eu gostaria, eu sempre me via agora nesse caminho cruzado com Trevis onde um lado meu insano queria fazer coisas ao qual eu me arrependeria e que causaria sérias consequências para todos nós.

- Eu acho que já esta tarde. – falei soltando a mão de Trevis que se recompôs, ele sorriu sem graça e levantou-se do sofá.

- Espero que ela não acorde com ressaca. – Trevis disse colocando as mãos no bolso, Trevis era muito mais bonito do que eu havia reparado antes, ultimamente eu estava reparando tanto Trevis que me causava certo medo, me deixava tão assustada e eu não sabia se eu era a única que estava daquela maneira.

Quando Trevis foi embora pude perceber que eu estava segurando a respiração, sei lá por quanto tempo, eu sentia meu coração se acalmar e aquela eletricidade que passava por dentro do meu corpo cessou a partir do momento em que ele foi embora.