- Sou seu mestre espião... Que espécie de mestre espião eu seria se não... Espionasse?

- Não tenho tanta certeza se isso tem haver apenas com honrar seu posto de trabalho, Az. - ele diz, me observando um pouco mais. Testando, minhas reações uma vez que ambos sabíamos, o escudo em minha mente estava sempre, sempre de pé mesmo com ele. Assim como a minha expressão desinteressada.

- O que quer dizer com isso? - questiono sob seu escrutínio.

- Sabe que antes de ser seu Grão Senhor sou seu amigo, seu irmão... E que pode confiar em mim para clfalar sobre o que tanto te perturba.

- Como descobriu, exatamente, que Feyre era... sua parceira? - questiono.

Eu sabia a história. Ele havia nos contado quando soube, depois de todas as atrocidades que fora obrigado a fazer, de todas as coisas sob o poder de Amarantha... Para nos proteger daquela maldita... Ele havia nos dito da mulher que ele via em seus sonhos e depois... Da voz doce e do cheiro mesclado que sentia e ouvia através do silêncio adamantino de sua mente... A sensação desesperadora de permanecer ao lado dela. Talvez fosse o mesmo sentimento que estava rastejando por mim esses dias... Eu não saberia dizer afinal. Eu não havia me sentido dessa forma nem mesmo com relação aos meus sentimentos por Morringan. E eu sabia bem quais eram. Sabia bem que a amava, a maldita fêmea que permaneceu em minha mente e coração, por mais obscuro que fosse, por mais de cinco séculos... Mas agora, essa sensação de algo faltando gritando por sobre meus instintos, era diferente de Mor. Algo mais profundo.

Rhysand parou de buscar informações nos livros e me encarou mais. O sorriso maldito estava ali, idiota até me desafiando a explicar e destrinchar a pergunta.

- Você, todos vocês na realidade, já não sabem a história? - rondou ele e eu dei de ombros voltando minha atenção para as páginas dos livros.

- Ah sim é verdade.

- Mas se isso tem algo com ela... Bem, se você ainda não descobriu, descobrirá em breve. - Rhysand apenas disse voltando o olhar para os livros em seu colo.

Reconheci os símbolos quase imediatamente quando os vi. Eram os mesmos que eu consegui ver rapidamente entalhados em negro na pele branca da menina. Símbolos estranhos, não era uma língua conhecida pelos Féericos ou humanos. Uma língua morta, semelhante aos símbolos que Amren desvenda a no Livro Dos Sopros, ao mesmo tempo que não eram iguais.

- Acho que encontrei alguma coisa. - digo mostrando as páginas do livro. Rapidamente encontramos mais informações, cada passagem levava a outra que levava a outra e que levava a outra. Juntando cada pequena informação.

Como Amren disse antes os símbolos eram de contenção e controle, quem quer que os tenha marcado na fêmea - a ferro quente na pele - tinha o intuito de poder controlar o que ela era

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Como Amren disse antes os símbolos eram de contenção e controle, quem quer que os tenha marcado na fêmea - a ferro quente na pele - tinha o intuito de poder controlar o que ela era. Que por descobrimos ser uma raça antiga de Manipulador. Que consistia basicamente em controlar e manipular o poder através do Caos, a substância mais poderosa. Aquilo que jazia dentro do próprio Caldeirão e que antes, pairava sobre o universo antes da Criação. Ao que parece ela era a única em milhares de séculos que tinha esse poder, e talvez por isso que ela...

- Bem... Ao que parece minhas suspeitas estavam corretas. - Rhysand diz depois de um tempo.

- E você sabia o que ela era todo esse tempo. - não foi uma pergunta.

- Eu não sabia, mas como disse tinha uma hipótese e acabamos de confirma-la. Uma Manipuladora.

- Pelo que diz aqui não se sabe muito sobre eles, nem se tem notícias de um em milênios desde a Criação. Além do mais agora só sabemos o que ela é, mas não do que é capaz ou se podemos confiar nela.

- Acha que não deveríamos confiar nela? - Rhysand questiona, enquanto deliberadamente toma um gole do chá deposto na mesinha.

Inspiro profundamente, antes de responder.

- Não sei.

- O que elas te dizem? - eu sei que ele se as sombras, que nesse momento sussurravam em meus ouvidos. Não sei se por conta de que ela também as sentia, as sombras corriam ao seu redor também, na maioria do tempo.

- Elas gostam dela. - digo sem perceber, o sorrisinho debochado de Rhysand se alargou com a afirmação.

- Como eu disse, se ainda não sabe o que ela é... Saberá em breve....

**

Olhando- a deitada sobre os lençóis negros da cama, eu entendi o que Rhysand disse, mesmo que eu não quisesse, mesmo que eu não merecesse, eu entendi.

Olhando- a deitada sobre os lençóis negros da cama, eu entendi o que Rhysand disse, mesmo que eu não quisesse, mesmo que eu não merecesse, eu entendi

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