Capítulo 20

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Bárbara dormia um sono agitado

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Bárbara dormia um sono agitado. Estava sonhando. No sonho, ela dirigia um carro em alta velocidade e em uma pista completamente encharcada pela chuva contínua. Era o início do pesadelo.

Olhou pelo retrovisor e viu sentada, e presa à cadeirinha, Júlia. Ao seu lado, no carona, estava um homem que falava alto ao telefone. Bárbara sabia que algo ruim estava acontecendo para que ele estivesse tão nervoso, mas sua mente parecia nublar seu entendimento.

De repente, o homem desliga o telefone e o escuta dizer que os planos de irem até o local onde estavam indo, haviam sido adiados, e que eles haviam recebido ordens para voltar. Ela sabia que não podia arriscar. Sabia que se voltassem, provavelmente ela e Júlia morreriam.

Acelerou ainda mais o carro, chamando a atenção do homem estranho a seu lado. Percebendo que ela avançava, sacou uma arma e apontou em sua direção. Júlia, assustou-se e começou a chorar. Em desespero, sentiu que tinha de fazer algo para tirá-las daquela situação, mas não sabia exatamente o quê.

O homem a seu lado, gritava mandando que ela desse a ré e voltasse, mas seguia sempre a diante. Sabia que estava perto de chegar aonde queria e precisava mais do que nunca chegar lá. Precisava falar com ELE! Esta era sua missão e mais do que nunca, queria dar fim a ela!

Júlia chorava atemorizada com os gritos do homem, mas a mulher ao volante não se intimidava. Continuava a acelerar indo sempre em direção contrária ao que o enfurecido queria. Por um momento, pensou em se jogar com o carro em movimento, mas temeu pela garotinha que ficaria.

O homem ficou cada vez mais agressivo à medida que o carro avançava e sua arma já encostava em sua cabeça enquanto, mais uma vez, gritava ordens.

Um carro do outro lado da pista, passou e jogou farol alto dentro do veículo, a cegando por alguns instantes, fazendo com que perdesse o controle do carro. Isto pareceu dar a deixa que o homem queria. Com brusquidão, agarrou o volante e quis rodá-lo para fazer o veículo dar meia volta, mas o efeito foi trágico. Por conta da chuva, o carro escorregou na pista e girou. Desesperada, viu uma espécie de alambrado que não permitia os carros passarem para o outro lado. Com urgência, virou o volante e acelerou. Sua intenção era fazer o homem parar com a agressão. A criança provavelmente se machucaria, mas pelo menos estaria a salvo pelos cintos de proteção.

Acelerou mais ainda com aquele pensamento, e quando o homem percebeu sua intenção, largou o volante e arregalou os olhos. Abriu a boca para falar, mas já era tarde demais. O carro ultrapassou a proteção e caiu no abismo.

Suada e ofegante, acordou sobressaltada e muito assustada. Ela não sabia ao certo se o que acabara de ter era um sonho, ou uma memória do dia do acidente. Olhou para os lados e demorou um tempo para reconhecer onde estava. Ficou ainda mais desesperada procurando a figura de Thiago, mas não o viu. Seu coração palpitava e ela sentia angústia e muita tristeza. Lembrou-se do episódio do escritório, o que fez seus olhos marejaram.

A Dama Sem Nome: Um Romance da Máfia- NOVA VERSÃO 2023Onde as histórias ganham vida. Descobre agora