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Nos primeiros quinze minutos – ou talvez tenha passado mais tempo, visto que para Kai parecem-lhe horas –, ele não se mantém muito actualizado sobre o que está realmente a acontecer

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Nos primeiros quinze minutos – ou talvez tenha passado mais tempo, visto que para Kai parecem-lhe horas –, ele não se mantém muito actualizado sobre o que está realmente a acontecer. Corre contra todos os kakois que encontra, lamentando cada uma das mortes. Afinal, depois de Imogen, ele entende que eles não têm culpa do lugar que ocupam na cadeia. São apenas algo criado por outrem.

A sua espada corta vários deles, cobrindo-o de sangue, mas mesmo assim não pára. Já atravessaram as muralhas, e finalmente estão dentro do Quartel.

Quando consegue derrubar um último kakoi, aproxima-se de Annaleah afim de retirá-la da confusão. – Temos de nos começar a mexer agora!

A rapariga acena. – Lidera o caminho.

Annaleah e Theo, mas ambos se mantêm colados a si, nunca o perdendo de vista. Avançando por entre a confusão, Kai move-se o mais rápido que consegue, tentando sempre manter um ritmo a que seja fácil para os outros dois o acompanharem. Contudo a vontade dele é correr o mais rápido possível, chegar o mais depressa que consegue até Aidan.

Mais um grupo de kakois surge no seu campo de visão. Esconde-se, e puxa consigo os seus companheiros.

– Temos de arranjar uma forma de os despistar – diz a rapariga.

Mas como?

Eles parecem saber tudo o que vão fazer, como se alguém lhes tivesse passado a informação. Sabem exactamente onde todos estão lá fora. Pelo menos, aqui dentro a missão fica mais facilitada. As celas estão mesmo abaixo de si, somente precisam de conseguir chegar até às escadas. Depois, precisam de conseguir sair com Aidan, afim de conseguirem salvar as restantes crianças.

– Temos de nos separar – solta. É a ideia perfeita. Se se dividirem, não darão tanto nas vistas. Para além de que a particularidade dos seus olhos lhe permite uma melhor camuflagem para que consiga chegar com mais facilidade às celas.

– Theo, preciso que sigas em frente até aos quartos, com Annaleah. Preciso que tirem as crianças daqui o mais rápido possível. Estamos a perder número e força.

– Não – Annaleah abana a cabeça. – Não te vou deixar sozinho.

Kai coloca as mãos sobre os ombros pequenos da sua irmã. – Eu fico bem.

E abraça-a.

A rapariga não responde. Retorna o abraço, e depois fixa os olhos nos seus tão divergentes, não duvidando do que ele diz. Mesmo assim, ele próprio está tão habituado a lutar a seu lado que também está reticente em direccioná-la para o lado oposto ao dele. Contudo, não podem todos manter-se juntos. É necessário dividirem-se.

– Vão, agora – ordena. Sabe que eles têm de lhe responder, visto que Rick deixou-o responsável por eles. Embora não sejam realmente militares, todos sabem seguir as regras dos mesmos, pois no fundo eles são realmente um exército – o exército da revolução.

Filhos das RuínasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora