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Os alarmes começam a soar alto pelas ruas

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Os alarmes começam a soar alto pelas ruas. Um alvoroço instala-se em redor deles. Grupos e mais grupos de kakois abandonam o Quartel, dirigindo-se o mais rápido possível até à Casa Presidencial. Kai suspira em alívio ao aperceber-se de que Rick e Imogen conseguiram executar a sua parte do plano com sucesso. Nos seus pensamentos, agradece a Rick e Imogen, e implora para que estejam salvos. Mas agora, o que interessa é que o Presidente está morto. Chegou a altura de eles revolucionarem tudo. O momento da verdade deles chegou.

Kai ergue-se, mas não completamente, apenas o suficiente para que todos os que estão consigo tenham a possibilidade de o ver. O discurso poderia ser algo profundamente emocionante, ou sensível, relembrando a razão pela qual estão prestes a invadir o Quartel. Ele pode agradecer o esforço e o risco que todos estão a correr pelo seu irmão, contudo não é somente por ele. É sim por mais crianças como ele, ou pessoas como eles condenadas a viver nas margens das muralhas da Cidadela porque não encaixam nos padrões impostos por esta sociedade disfuncional.

Acena, incapaz de dizer uma palavra sequer.

Ninguém sabe quem estará vivo quando o sol amanhecer. Ninguém sabe quem voltará a abraçar quando voltarem para a base. Kai somente sabe que estão prestes a fazer história, a dar liberdade a todas as pessoas que não a conseguem alcançar. E para isso, para a antevisão de algo desse tipo, não há palavras que consigam descrever o que ele sente e que, de certo, todos os seus companheiros também sentem.

Annaleah levanta-se e coloca-se ao seu lado. Ela entende-o demasiado bem. Uma mão apoia-se no seu ombro quando começa a falar.

– O momento pelo qual tanto ansiámos chegou. Se não tivermos sucesso, que morramos a tentar e a lutar pela nossa liberdade. Que sirva a todos de exemplo, a todas as pessoas que acham que não têm força para lutar, mas que no fundo têm força de vontade. Meus amigos, hoje é o dia da revolução, e nós vamos ser os criadores. Agora, levantem-se comigo e lutem. Pois até ao amanhecer, há muito sangue para derramar. Quem está comigo?

Automaticamente, todos erguem as suas armas em direcção à rapariga.

Kai observa-a, e sem aviso prévio acolhe-a nos seus braços.

– Obrigada – sussurra-lhe por entre a cabeleira loira.

– Irmão, menos lamechice, por favor.

Somente ela para lhe retirar um sorriso numa altura destas.

Então vira-se para os seus companheiros. – Bem, Filhos, acho que está na altura de levarmos as Ruínas até estes demónios. Que dizem?

Ergue o punho no ar. Com os dedos gesticula os números. No momento em que atinge o três, todos começam a correr em direcção às muralhas do Quartel.

Kai mantém-se imóvel, deixando-os seguir todos à sua frente.

A olhar para as muralhas negras, respira fundo.

– Estou a caminho, irmão.

Hoje vão ser publicados dois capítulos

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Hoje vão ser publicados dois capítulos. Por isso, amanhã é o dia do último de todos dos Filhos das Ruínas.

Não há mais nenhum da Imogen. Agora somente teremos a perspectiva do Kai.

Não te esqueças da estrelinha.

Sigam a página no instagram: pattsemedo.

Até ao próximo capítulo,

a autora.


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