Capítulo 37

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Angie

Evan coloca a mão na minha perna, e com um sorriso eu olho para a aliança em seu dedo, antes de voltar minha atenção na estrada.

— O que você está fazendo?

— Não entendi a pergunta. — ela se faz de ingênua, me olhando com um sorriso malicioso, esparramada no banco do meu Porsche, e acaricia minha coxa, me fazendo sentir uma certa agitação interna que eu conheço muito bem.

— O que essa mãozinha está fazendo aí na minha perna? Quer que a gente acidente? — quando ela tira a mão, eu fico emburrada — Não mandei tirar.

— O quê? — ela franze o cenho — Mas você estava reclamando...

— Isso é o que mulheres fazem quando querem que você continue. Esqueceu que mulheres falam com sinais?

Ela bufa.

— Eu sou mulher e falo com a boca mesmo.

— Você funciona como um homem, Evan, você não conta.

— Hey! — ela se finge ofendida — Retire o que você disse!

— Senão o quê?

— Senão... — ela pensa um pouco — Eu não toco mais em você.

Viro o rosto para ela e seu olhar me desafia, até que eu bufo.

— Ok, eu retiro o que eu disse, amor.

— Obrigada. — ela mantém as mãos para si mesma, rindo.

— Evan!

— O que foi, pequena?

— Você não está me tocando!

— Eu deveria? — quando eu bufo, ela toca minha perna e sorrindo começa a acariciar. Eu estou precisando tanto disso, precisando desestressar do trabalho.

Quando paro num sinal vermelho, separo melhor as pernas e Evan ergue sua cadeira, sua mão mergulhando de encontro com a minha calcinha. Uma onda de deleite circula pelo meu corpo enquanto seus dedos roçam meu clítoris e meus olhos começam a se fechar com prazer quando ela prossegue acariciando com movimentos circulares, mas uma buzina aguda soa e atrapalhada eu agarro o volante, vendo que o tráfego já avançou.

Evan desata a rir e me olha.

— Quer que eu pare?

— Não, continua, amor. — peço nessa voz mimosa que ela gosta, e ela morde o lábio inferior, antes de voltar às suas atividades.

Decido ligar música, "Ordinary Love" do U2, e é assim que eu dirijo pelas estradas de San Francisco com o olhar de uma cidadã exemplar e responsável, enquanto reprimo gemidos e meu interior queima de excitação. Evan assobia a canção, enquanto sua mão trabalha em meu sexo sem perder o ritmo, e eu sinto o prazer conduzido por esses dedos.

Cada vez que nossos olhos se cruzam, eu sinto um choque elétrico. Olho sua mão acariciar minha perna e se perder na minha saia, e só de pensar no que ela pode fazer com esses dedos grossos eu já sinto meus mamilos enrigecerem. Ela esfrega meu clítoris sobre a renda da calcinha, e tanto quanto isso é gostoso isso me enerva.

Eu quero mais. Eu preciso de mais. Mas preciso me controlar.

Engulo em seco e me limito a dirigir, olhando em volta do nosso caminho. Estamos em meados de Novembro e toda cidade já está enfeitada para a chegada do natal. As ruas estão lindas!

Quando chegamos ao nosso destino, não consigo achar uma vaga perto da escola, então estaciono na rua de trás e saímos do carro. Mas assim que lá chegamos, descobrimos que o portão está fechado.

Hands Of love [Romance Lésbico]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora