Hands Of love [Romance Lésbico]

Capítulo 14

Angie

Nossa, ela parece uma barbie!

Penso, apesar de nervosa.

Ela tem um rabo de cavalo liso e está usando um vestido cocktail preto com um sobretudo rosa-bebê e sapatos da mesma cor, e se aproxima levantando os óculos escuros para fora dos olhos.

Detalhe: não está fazendo sol, e ela está saindo de um carro de vidros fumados. Acho que ela gosta de aparecer. Mas não posso negar, ela parece muito poderosa, dá uma certa inveja.

Quando ela olha para mim, seu aborrecimento é gritante e seu rosto assume uma expressão tão severa que eu acho que vai sair apertando minhas goelas, mas
para diante da gente e simplesmente cumprimenta:

— Boa tarde.

— Boa tarde. — respondemos em uníssono, e ela crava os olhos em Evan. Ela está maquilhada como uma estrela de Hollywood e exala um cheiro tão hipnotizante que o fato de Evan não estar babando me deixa admirada.

— Bem, a gente vai nessa, Evan. — digo, enrolando o braço ao de Maribeth e a puxando em direção a saída. Minha amiga não tira os olhos de Arianna, mas não tem uma expressão nada simpática no rosto.

Eu acho que ela está com tanta inveja quanto eu.

— Ok. Até mais tarde. — Evan nos dá um sorriso tenso, enquanto coloca as mãos no bolso de trás de sua calça, e assim nós afastamos.

Mas antes de entrar na minha casa com Maribeth, posso ver a barbie avançar, envolvendo o pescoço de Evan e começar a beijá-la apaixonadamente. Meu nível de inveja aumenta, e eu abano a cabeça, confusa.

Não. Não. Não. Eu definitivamente não queria estar no seu lugar, exceto pelas roupas e tudo mais.

Jamais, por que ela pode beijar Evan.

Evan

Levanto as mãos em transe, enquanto Arianna me beija. Meu cenho está franzido e eu estou imóvel devido a surpresa.

Ela me tratou feito lixo ontem e do nada vem a minha casa e sai me beijando desse jeito?

Acabo tocando sua cintura, mas não retribuo até que ela recua e nos encaramos.

Ela está séria, eu estou confusa.

— Oi.

— Já não está brava comigo?

— Estou, mas ninguém precisa saber. — ela diz passando por mim, e eu me giro vendo que vai para dentro.

Pego o prato do degrau e entro atrás dela.

— Eu não pensei que você iria aparecer tão cedo. — deixo meu tom transparecer minha mágoa, enquanto observo ela se dirigir aos cadeirões — Você fechou a porta na minha cara, lembra?

Ariana tira lentamente o casaco, largando no cadeirão, e então se vira para mim.

— Claro, eu não estou com amnésia, querida. E eu não vim aqui para fingir que não se passou nada.

— Então veio para quê?

Ela abre a boca, mas olha para o balcão ao meu lado e franze a testa.

— Você fez uma torta? — ela se aproxima e tira uma migalha, levando a boca para provar, chupando o dedo. Em qualquer outro dia, eu teria achado isso sexy, mas hoje não.

— Não… eu ganhei.

— Você entrou em algum concurso de ganhar tortas ou algo?

Se eu não estivesse tão brava com ela eu com certeza iria curtir muito esse seu sentido de humor, mas eu não estou no clima.