Capítulo 17

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Evan

Estou deitada em minha cama vendo futebol na TV, quando noto uma sombra na porta. Ao olhar para lá, meu cenho se franze, pois estou vendo Angie, com um vestido branco, parecendo um anjo, os cabelos vermelhos esvoaçando.

— Angie? — pergunto surpresa.

Sorrindo, ela solta a parede e se aproxima pegando a borda do vestido.

— Evan.

— O que você está fazendo aqui?

Sem me responder, ela senta no meu colo e começa a me beijar. Eu toco sua cintura com mãos ambiciosas e desço pelas coxas cremosas retribuindo afobadamente, antes de começar a chupar seu pescoço, e é então que abro os olhos.

Um pouco ofegante, eu encaro o teto branco, e passo a mão pelo meu rosto.

Foi só um sonho.

Olhar em volta do meu quarto vazio me devolve a noção da realidade, e passo a mão pelo meu cabelo, me sentindo um misto entre confusa e frustrada. O sonho foi breve, mas tomou tudo de mim, parecia muito real e agora meu sangue parece estar fervendo.

Que grande merda!

Eu não preciso cavar a fundo para saber a razão, e isso me desespera. É o meu desejo por Angie ganhando vida dentro de mim.

Eu com certeza estou ferrada!

Olho para o lado. Meu celular ainda está tocando a mesma música que eu adormeci ouvindo, e cubro o rosto com a mão soltando um gemido torturado.

Caramba, por causa dela eu estou a ouvir Birdy e tudo. Birdy!

Trato de desligar e espreito horas. Só são seis. Levanto para ir ao banheiro, coxeando um pouco. Meu pé está bem melhor que ontem, mas ainda dói quando coloco no chão.

Quando volto para o quarto, meu sono desapareceu, então pego o controle e ligo a TV. Fico assistindo um filme qualquer, quase sem som, para dar espaço aos meus pensamentos, e quando dou por conta são oito.

Franzindo a testa, eu olho para a janela aberta à minha direita. Eu não ouvi nenhum movimento de Angie. Geralmente eles começam as seis, ao mesmo tempo que eu estou me arrumando. A gente sai de casa quase sempre ao mesmo tempo, às sete e meia.

Ela ainda está trancafiada em sua casa?

Puxando o telemóvel, escrevo uma mensagem para ela.

Bom dia, Bela Adormecida. Você não vai trabalhar hoje?

Pouco depois, obtenho uma resposta.

Oh, meu Deus, Evan! Eu apenas acabei de acordar com sua msg! Eu deveria estar a caminho.

Rindo, eu escrevo outra.

O Sr. Glads vai comer você no café da manhã.

Ela não me responde mais, obviamente por que está se arrumando. Então eu vou até a minha porta, e não se passa meia hora quando vejo ela a sair, tão atrapalhada que deixa cair as chaves umas três vezes na tentativa de trancar a porta.

— Merda!

Tenho a impressão de ouvi-la xingar, e cruzo os braços rindo, enquanto bato minhas costas na parede.

Ela olha para mim, e seus olhos sorriem. Prendo a respiração. Ela está adorável. Com uma blusa branca de mangas caídas e jeans, o cabelo solto e uma tiara de flores. Suas bochechas rosadas se enrugam quando ela sorri para mim, e eu sinto isso no meu corpo inteiro.

Hands Of love [Romance Lésbico]Where stories live. Discover now