Hands Of love [Romance Lésbico]

Capítulo 26

Evan

Sou lentamente arrancada do meu sono quando o corpo abraçado ao meu se mexe, e sonolenta vejo Angie esgueirar-se para fora dos meus braços.

— Hey, — chamo roucamente — o que há de errado?

Ela me olha com cara de sono e esboça um sorriso tranquilizador.

— Nada realmente, eu apenas estou com as narinas fechadas, por isso vou para a cozinha preparar algo quente.

Relaxo, mas à medida que ela sai da cama impulsiono meu corpo ao mesmo. Fico sentada a bocejar, enquanto aprecio o anjo ruivo e nu desfilando pelo meu quarto. Ela captura sua calcinha engraçada, depois vai até o banheiro e volta vestindo seu blusão. A forma como o cabelo cor de fogo se espalha sobre o linho branco é angelical, mas ela parece quente em todo seu contexto, e eu sinto que poderia apreciá-la o dia todo.

Que horas devem ser?

Puxo o meu telemóvel da banca e vejo. São três da manhã.

Quando Angie some do quarto, saco minhas próprias roupas. Deslizo dentro delas e vou encontrá-la na cozinha. Ela está revirando algumas gavetas quando a alcanço.

— Chá ou café? — pergunto, localizando a cafeteira na pia junto de uma pilha de louça suja, e ligo a torneira passando por água.

— Café. — ela me olha com afeto enquanto meto água no fogo e adiciono o café na medida. Eu me pergunto o que está em sua mente, mas depois do que houve ontem, e considerando a dinâmica turbulenta da nossa relação desde o começo, eu meio que tenho medo de perguntar.

Um silêncio tenso toma conta de tudo enquanto faço café para ela, então quando eu lhe estendo uma caneca quente ela recebe com um sorriso.

— Obrigada.

Respiro fundo, enquanto ela dá o primeiro gole.

— Queremos falar sobre o que houve?

Ela levanta os cílios para mim, me oferecendo os maravilhosos olhos verdes, e sinto um puxão em meu coração. Caramba, ela está muito quente em seu blusão branco e seus cabelos desgrenhados. Suas coxas cremosas são instigantes.

— Definitivamente. — murmura, antes de tomar outro gole, mas os olhos não me deixam durante esse tempo — Eu não posso simplesmente ignorar o conjunto de hematomas que você me deixou.

Ao ouvir isso, reparo nas marcas escuras em seu pescoço, preocupada.

— Há mais, — ela sopra a caneca, antes de a pousar na mesa e volta a me olhar — Nos meus seios, e nas minhas coxas.

— Eu sinto muito. — digo rapidamente, pois sei que algumas pessoas odeiam ficar com hematomas de sexo. Arianna odiava, mas ela gostava de sexo bruto, então era confuso.

— Não precisa se desculpar. — diz Angie, um sorriso brincando em seu rosto quando as bochechas começam a ficar rosadas, e afasta o cabelo para trás da orelha — Eu não sou fã de hematomas, mas eu não me importo, considerando que tenha sido você…

A forma intensa com que ela me olha me empurra a fazer a pergunta.

— Você gostou? Do que houve... você gostou?

Seus olhos verdes cintilam.

— Muito. Eu nunca pensei que sexo lésbico pudesse ser tão…

— Tão…?

— Completo. Tão satisfatório.

— Realmente, você não pode saber até estar a viver. — solto, aliviada, e ao vê-la assentir prossigo — Então você não está arrependida?