Evan
Angie não diz uma palavra durante todo o caminho, e quando chegamos em sua casa seu silêncio está verdadeiramente me matando.
Meu coração está quebrado por ela e eu sinto muito pelo que aconteceu, mas não sei o que dizer. Ela está frágil, cabisbaixa, e me pergunto se será melhor eu ir embora e dá-la algum espaço. Sento-me silenciosamente no sofá da sala, enquanto ela vai para o quarto, e fico recapitulidando o que houve, sentindo uma verdadeira raiva do seu ex.
Quando Angie regressa, ela colocou seu pijama xadrez azul, pelo menos a calça, com uma blusa branca. Os olhos verdes me olham ocos, e então ela vem se instalar em meus braços, metendo os pés no cadeirão e se encolhendo como uma criança. Beijo seu cabelo e apenas a seguro forte, pousando o queixo em sua nuca.
Ficamos em silêncio, ouvindo nossas respirações, até que ela está pronta para falar.
— Me desculpe, amor. Você me perdoa?
— Pelo quê?
— Pelo que eu disse anteriormente. — ela olha para cima, seus olhos avermelhados e inchados de tanto choro encontrando os meus — Eu não quis dizer aquilo.
— Eu sei, pequena, e está tudo perdoado. — beijo sua testa e ela se espreme mais perto de mim, enquanto acaricia minhas mãos em seu colo.
Subitamente, ouvimos Birdy cantando, então ela vai para o quarto buscar o telemóvel. Seus olhos hesitantes me fazem querer perguntar quem é, mas logo ela se acomoda de novo em meus braços, colocando o celular na mesa de centro enquanto mexe.
— Charlene. — ela diz, me dando a entender que colocou no viva.
— Angelíque, onde você está? — sua irmã soa desesperada.
— Em casa.
— Me envie o endereço, estou vindo para aí.
Ela olha para mim, hesitante, antes de responder:
— Ok, vou enviar por texto.
A chamada corta e Angie se encosta nos meus braços de volta, enquanto envia o endereço a sua irmã. Depois, se aconchega nos meus braços suspirando.
— Não acha melhor eu ir embora? — pergunto com delicadeza — Digo, quando ela estiver chegando.
— Não, fica aqui. — ela pede, e meu coração sossega.
Um pouco depois, ela vai para a cozinha e retorna com um pote de sorvete de baunilha e duas colheres. Santo céu, como essa mulher ama sorvete! Abano a
cabeça quando ela me estende uma colher, e nós partilhamos olhando para a TV, onde está passando algum filme vulgar.Uma hora depois, escutamos a porta. As duas nos erguemos, mas deixo Angie abrir, e logo vejo sua irmã e sobrinho entrando. Me encosto no balcão, enquanto Angie pergunta se ela está com Bob, e ela diz que não, antes de apertá-la num abraço.
O menino logo se apossa da TV, colocando desenhos animados.
— Phil, nós não vamos demorar. — avisa Charlene, e olha na nossa direção bufando — Ele é viciado em TV! Uáu, que bonita a sua casinha, Angelíque, você a comprou?
— Você acha que eu tenho dinheiro para comprar essa casa, Charlene? — Angie solta, apesar de tensa — Não, eu apenas aluguei.
— Muito bonita. — sua irmã olha tanto para ela quanto para mim,
prosseguindo — Bem, a gente não vai demorar, então eu vou ser breve, antes que a Dona Olympia tenha outro chilique, pois eu não sei se o babaca do marido dela dá conta. Eu deixei Bob como garantia de primeiros socorros, embora eu ache que ela prefira morrer do que aceitar a ajuda dele.
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Hands Of love [Romance Lésbico]
RomanceEvan Grayson estava encantada com sua nova vizinha, e apesar de estar numa relação, cada vez que aqueles olhos verdes olhavam para ela, seu coração batia mais depressa. Angie não era exatamente seu tipo de mulher, mas não podia ignorar a chama cresc...