28. Esmeralda. Part - 2

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SEM REVISÃO

capítulo rápido só pra atualizar vcs, hm kk

***
— Camila, o pirulito! — ela avisou, rindo, segurando o palito do pirulito com rapidez para que a latina não se machucasse. — Você tem que prestar mais atenção nas coisas, lindinha.

Camila parecia atordoada, cambaleando para trás, dando meia volta. Droga, o que diabos ela fez?

— Eu preciso ir. — falou baixo, negando com a cabeça. Sentiu Lauren segurá-la pelo pulso e puxá-la em direção ao seu corpo, a outra mão ocupada segurando o doce que antes estava em sua boca.

— Não, você precisa terminar o que você começou. — resmungou, beijando-a de volta, a língua indo apressada e sedenta ao encontro da outra, sentindo o gosto que há anos não provava.

E houve o choque da primeira vez, onde a chama no obscuro e profundo dos seus íntimos se acendeu. Onde a briga entre gigantes se iniciava novamente, como o inverno após o outono.

Estavam esperando uma a outra aquele tempo todo.

Era isso.

Camila entreabriu os lábios, dando permissão para Lauren aprofundar o contato, sentindo as mãos dela descerem e se acomodarem em sua cintura por cima do casaco, enquanto as suas se alojavam entre os cabelos negros daquele ser indecifrável, nervosas, carentes.

(música on: conan gray - greek god)

Lauren caminhou com ela até a casinha de madeira, conhecia muito bem aquele parque. Parou de beijá-la apenas para subir as escadas que levavam até o interior da casa pequena, ajudando-a a entrar também e colocando-a em seu colo.

Elas então se encararam e aquilo era tão comum quanto estranho. A luz da lua entrava por entre as janelas do lugar, fazendo a pele de Camila reluzir feito um diamante, as mãos de Lauren em suas coxas quando ela voltou a beijar-lhe os lábios.

A cada toque, o beijo se tornava mais profundo, as línguas se uniam como há muito antes faziam, as peles fervendo ao se tocarem, fogo contra fogo. Foi olhando nos olhos de Lauren que Camila jogou o casaco no chão, junto da camisa de lã que usava por baixo, sentindo imediatamente os lábios quentes da maior em seu corpo, sobre seus seios, sua clavícula, seu ser.

O sutiã preto continuava no corpo latino, enquanto Camila se movia para frente e para trás, roçando suas intimidades da melhor forma possível, ouvindo e sentindo os suspiros de Lauren em sua pele. Ajudou-a a tirar o moletom que ela usava, respirando fundo ao ver o sutiã vermelho que ela usava.

Então de repente Lauren a deitou na madeira fria, colocando uma de suas pernas entre as dela, beijando-a de novo, massageando um de seus seios com as mãos, friccionando seu joelho na intimidade dela, sentindo tudo em si entrar em combustão. Tudo dentro de si queimava e saciava a saudade que, por mais que escondesse, ela sabia que sentia.

Seus músculos estavam tensos, o beijo tornando-se mais agressivo a medida que Lauren ficava excitada e Camila gemia baixinho, o joelho da maior movendo-se para cima e para baixo, as unhas da latina fincadas em suas costas com a sensação prazerosa.

— Eu não deveria estar fazendo isso. — Camila resmungou de repente, sentindo os lábios de Lauren descerem para o seu pescoço, fechando os olhos com força quando ela aumentou a pressão em sua intimidade.

— Ah, Camz. — ronronou com a boca grudada em sua pele, subindo até o lóbulo da orelha dela, abrindo sua calça e escorregando sua mão para dentro de sua peça íntima. — Escute uma velha amiga... — moveu os dedos em círculos sobre o clitóris da outra, ouvindo-a gemer. — Nós somos inevitáveis. — escorregou dois dedos para dentro de Camila, sem aviso prévio, sentindo-a completamente molhada, ouvindo-a gritar de surpresa.

Então a calça de repente não estava mais no corpo da menor e ela se via segurando firme nos ombros de Lauren, se deleitando com a sensação de tê-la dentro de si mais uma vez. Aquilo com certeza era o maior pecado que ela poderia cometer naquela madrugada, sexo com a filha do vilão de seu falecido pai em uma casinha para crianças.

Dane-se.

***

— Tudo pronto? — um deles perguntou, com o rosto coberto por um gorro preto, olhando os capangas adicionarem mais dinamites na parede da renomada joalheria.

Outro acenou positivamente com a cabeça e então todos correram para longe quando o capitão deles clicou no botão de explosão. O som soou por 5 quarteirões, ou mais. A parede estava destroçada e então eles entraram.

Tinham pouco tempo.

Foram até o centro do lugar, onde o pacote estava, onde a grande pedra de Esmeralda descansava seu brilho dentro de um cubículo específico.

Quando finalmente conseguiram o que queriam, todos os capangas saíram do local, e antes de ir embora, o capitão da missão tirou um sete de ouro feito, literalmente, de ouro e colocou sobre a almofada que antes ficava a Esmeralda.

***

O estômago de Camila se contraia em ansiedade, os lábios de Lauren sobre seu ventre, lentos, provocantes. Lauren segurava suas coxas, sentindo-a empurrá-la para baixo com as mãos.

Ela queria aquilo, muito.

E não era como se fosse apenas sexo. Não era, as duas sabiam disso. Por isso era tão assustador.

Talvez estivesse ligado à uma questão do passado, ou fosse algo que elas tinham e sequer podiam explicar o porquê. Mas tanto Lauren quanto Camila tinham consciência de que o que estavam fazendo geraria e iria desencadear diversos demônios em suas mentes. Demônios pervertidos que  diriam para que elas se vissem de novo, e de novo, e de novo. O fogo eminente e incontrolável dentro de Lauren tinha se acendido, no momento do beijo, no toque de lábios. E ela sabia que agora só Camila poderia resolver isso, só Camila poderia cessar as noites de febre, carência e necessidade que se seguiriam.

O lado sombrio de Camila estava ali, acordado, pronto para matá-la aos poucos, torturando-a, fazendo-a procurar por Lauren em noites como aquela, madrugadas nebulosas com a lua curiosa e viva sobre suas cabeças.

Mas uma se negaria, uma delas tinha o poder do controle. A dádiva de manter-se sã, mesmo com tudo que viria a seguir.

Lauren acreditava ser ela mesma.

Camila também acreditava em si mesmo.

E as duas morreriam enganadas, afogadas na praia do pecado, porque ambas eram mar sem fim e cheio de impurezas, prontas para demolir, destruir, quebrar.

Já tinha se passado muito tempo. Camila não era mais a garotinha mimada e sedenta por atenção, ela tinha realizado a proeza de doar à si mesma o poder da sedução. Não era mais a garotinha que chorava em todo aniversário, que perdoava a assassina do pai. Era outra, era mulher de sangue. Bombeando e seguindo por entrelinhas escuras e sem luz do universo, sentindo a maldade de ser quem era invadir-lhe. Porque ela era boa, mas era cruel.

E ela sabia.

Lauren não era a mesma. Talvez fosse, mas o gênio má e insensível parecia se esconder de maneira espetacular. Aquele rosto sabia muito bem performar um ar inocente, assim como pode transparecer perversidade e pecado.

Elas não eram as mesmas, mas o que tinham era.

Ou não.

Continuará...

***

bjs

PerversaWhere stories live. Discover now