DARE YOU : nh

quinquagésimo primeiro

#Missie #on

O que ele disse custou a engolir - disse com a voz tremida.

Observei Harry, estava sentado no sofá, com os dedos entre os caracóis e as mãos a tapar-lhe os olhos.

Assim que entrei totalmente na sala e me sentei ele olhou para mim, pude perceber nos seus olhos as horas de desespero que passou, o Louis era o seu melhor amigo.

- Tenho saudades dele - disse baixo.

- Eu sei - passei a mão pelo seus caracóis - Nós também.

- O Justin voltou a falar-vos depois do sucedido?

- Por acaso não...

- Ele veio falar comigo e as palavras que ele disse custaram a engolir - disse com a voz tremida.

- O que é que ele te disse?

- Ele disse que... - as lágrimas desciam pela sua cara violentamente - que não queria ter feito aquilo a Louis mas que também não se arrependia de o ter feito.

- O quê?!

- Ele disse que o Louis era um incompetente...

Dei um murro no sofá totalmente nervosa, levantei-me e fui em direção à porta, Niall seguiu-me e parou-me.

- Onde vais?

- Falar com Justin.

- És maluca?!

- Um bocadinho, por ti - beijei-o e saí de seguida batendo a porta.

Ouvi Niall chamar-se mas nem por um segundo para trás, eu estava decidida a acabar com a reputação do Justin.

Entrei no carro e dirigi-me à discoteca onde Niall tinha tomado as drogas que Justin o obrigara, confesso que estava com receio mas não me ia deixar ficar, não depois do que Harry contou. Eu já estava uma pilha de nervos.

- Midy! - chamou.

- É Missie otário! - rebolei os olhos.

- É a mesma merda amor - olhou para o seu cigarro e atirou-o para o chão.

- És um porco! - atirei.

- Oh princesa, as gajas gostam disto... - apontou para si.

- Eu não gosto...

- Porque não és uma gaja, és uma princesa! - sorriu-me e eu olhei para uma das poucas janelas que existiam ali.

- Cala-te! Eu quero respostas!

- Minhas? - apontou para si e depois abanou a cabeça negativamente - Eu não tenho de te explicar nada Midy.

- O que fez Louis para ficares de mal com ele, hum? Para que saibas ele tinha família, tinha amigos, tinha uma vida! - pausei e inspirei - e tu destruis-te tudo!.

- É verdade? Será? - começou a descer as escadas - Se ele tinha tudo então porque é que ele me procurou?

- E será que te procurou?

- Midy... Midy... - suspirou.

- Chama-me essa merda mais uma vez, só mais uma vez! - zanguei-me e cerrei os punhos.

- Mi... - interrompi-o.

Não aguentei mais e encostei-o a uma parede e agarrei uma faca aproximando-a do seu pescoço.

- EU QUERO RESPOSTAS!

- Não eras capaz...

Passei a faca ao de leve no seu pescoço causando-lhe um ferimento que rapidamente começou a sangrar.

- Testa-me e verás! - encarei os seus olhos.