Acordei ao outro dia de manhã com umas dores de costas enormes, dormir numa cadeira nunca foi muito confortável...
Afastei o casaco de Luke e coloquei-o pelas minhas costas assim que me levantei, saí daquela pequena sala e observei a dala em frente, tinham afastado as cortinas e podia ver através do vidro os pacientes que estavam naquela sala, entre eles, Niall.
Movi-me até ao vidro e pus-me a observar a maca de Niall, ele não estava lá, ele não estava lá... ELE NAO ESTAVA LÁ!!
O meu coração falhou por uns momentos e acabei por cair de joelhos no chão, levei as mãos à cara, a minha cara deve de estar uma lastima tal como o meu cabelo.
Senti uns minutos depois uma não pousar no meu ombro, virei a cabeça e observei Joana.
- Está tudo bem?
Levantei-me um pouco a custo, e com a ajuda de Joana.
Observei-a por uns momentos e ela continuo a interrogar-me.
- Já comes-te alguma coisa? É que... Estas tão branca.
- O Niall?
- O Niall está bem, mas tu tens de comer?
- Só depois de ver com os meus próprios olhos como ele esta!
- Não é possível! Primeiro tens de comer, só depois é que entras...
- Não vou comer!
- Não vale a pena insistir pois não?
- De nenhuma forma.
- Eu não queria que visses já o menino Niall, mas como insiste, nos mudámo-lo de sala, ele estava a enfraquecer.
Enquanto Joana falava lágrimas preenchiam os meus olhos como se estivesse prestes a perder a pessoa mais importante da minha vida, o rapaz com quem eu passei a minha infância e por consequência a minha adolescência, o rapaz que me salvou varias vezes e o rapaz que me trata como uma princesa, o rapaz dos olhos azuis do mar infinito, do sorriso contagiante e dos abraços mais fofos que existem.
- Missie, Missie! - colocou as mãos nos meus ombros e ergueu a minha cabeça - Ele está bem agora, nos estamos a tratar do caso dele, okay?
- O-okay... - respondi com o meu coração dorido.
- Para ficares mais descansada eu vou levar-te a ele, ele ainda está fraco, mas a sua audição ainda funciona bem.
- Obrigada Joana. - disse entrando já na sala onde estava Niall.
- Vou deixar-vos a sós, mas não se esqueça de vir tomar o pequeno almoço que preparei para si.
Joana saiu e eu dirigi-me ao pé da maca de Niall, arrastei uma cadeira para o pé da cama onde me sentei e peguei na mao de Niall levemente.
Tiver cuidado com todos aqueles fios pregados a ele, que pelo menos o estavam a ajudar.
Limpei as minhas lágrimas e beijei a sua mão enquanto esperava um sinal seu.
- Niall, sou eu, a Missie.
Niall não se mexia apesar de ouvir o som do bater do seu coração numa daquelas maquinas e ouvir a sua inspiração e expiração.
- Niall, consegues ouvir-me? - disse mas não senti qualquer ação sua.
- Por favor Niall, se me estavas a ouvir da-me um sinal.
Não senti nada, NADA, e eu estava a desesperar.
Pousei a minha cabeça sob a maca de Niall, ao pé do seu braço.
- Niall, passamos por tanto juntos na vida... Lembras-te quando eu te cheguei a beijar sem querer? Ou quando demos as mãos pela primeira vez? Ou ate mesmo quando nos conhecemos? Lembras-te das tardes que passávamos juntos a brincar ao esconde esconde? Ou às cartas? Tu fazias sempre batota... - sorri e funguei - Lembras-te quando fiquei a dormir em tua casa quando éramos crianças e saímos a meio da noite e viemos ate ao teu jardim, deitámo-nos na relva e começamos a contar as estrelas... E vimos uma cadente? Tu pediste-me para pedir um desejo para o meu futuro e eu pedi, sabes qual foi? - limpei as lágrimas - Que nunca nos separássemos!
Vi que nada fez Niall acordar, absolutamente nada, não se mexeu, não falou, não deu qualquer sinal.
Pensei que o melhor, fosse eu sair dali, levanto-me da cadeira e coloco-a no seu Situo inicial, volto ao pé de Niall onde lhe dou um beijo na testa.
- É um sinal de respeito - sussurro.
Estava prestes a largar a sua mão quando oiço um barulho vindo das maquinas do hospital que...
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DARE YOU : nh
FanfictionMissie voltou para a Irlanda depois de uma vida ao pé dos pais em Londres. Assim que ela entra na escola ela avista Niall e lembranças acerca da sua infância invadem a sua memória a cada minuto que passa. Niall está de volta. Mas já não é o mesmo. O...