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Tenho sentido demasiada melancolia e tristeza nos textos que escrevo. Não entendo o porquê! Considero-me uma pessoa relativamente feliz. Ou então, quero acreditar que sim!
É interessante ver, em mim, a relevância do tempo na minha evolução como ser humano. Há uns meses, estava eu desamparado e de coração apertado por um menino que atormentava os meus sentimentos. Sentia a necessidade de o proteger, de adquirir um papel fundamental na sua vida. Mesmo que não o tenha, na realidade. Atualmente, ele já não tem, dentro de mim, o poder de outrora. Já não sinto dúvidas, já não sinto receios. Apenas é uma pessoa, como todas as outras que ainda não conheço. Chocante...
Mudei bastante, ao longo da minha vida. Aprendi a aceitar tanto, cresci, em termos de maturidade, precocemente! Não guardo rancor de quem me proporcionou este tipo de necessidade. É verdade que não escolhi não poder viver uma infância feliz e cor-de-rosa como a maioria das crianças! Mas aqui estou eu. Melhor que nunca! Sinto que o simples facto de finalmente aceitar que a vida não corre bem sempre me libertou de muita pressão. Pressão essa que ninguém colocava em mim. Porém, sempre foi necessário, em mim, o sentimento de conquista e de êxito. Hoje, não sou assim! Ambição ainda é uma das minhas grandes qualidades, mas sei que, se quero, tenho de falhar! Que piada teria se, numa bandeja, estivessem todos os nossos sonhos e desejos?
Numa breve reflexão, deixo um apelo. Não querendo criticar, nem julgar, não sou uma pessoa suficientemente importante para o fazer! Tentem ter tudo, mas sem ter nada! Não tentem possuir mais do que o têm, se sabem que, para o fazer, terão de atravessar caminhos austeros e soturnos! Não merecem isso...

What I Learned With MeOnde histórias criam vida. Descubra agora